• Os empreendedores do lixo

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: Caso do Dia

     Vejam vocês como se encontra empreendedorismo em qualquer ramo de atividade. Em Porto Alegre, temos os catadores de materiais recicláveis fixos, que esperam os caminhões da limpeza urbana do DMLU, e os que vão à cata deles, seja como os caras de rua, seja com recolhimento ilegal de lixo com Kombi e outros veículos. A velha história de Maomé ir à montanha ou ela ir a ele. E digo isso sem nenhuma forma de troça ou por achar engraçado.

     Recentemente os fixos reclamaram que o volume de recicláveis vem caindo, talvez por questões sazonais, e acham que os culpados são os que se antecipam aos caminhões e ao arrepio das regras da prefeitura. Sim, pode ser. Mas, como em todo ramo de atividade, há os vivos e os mais vivos. Dá para dizer que, ilegais ou não, são empreendedores, os que de uma forma ou outra levam vantagem sobre os outros.

     Estranho mundo esse nosso. Como diz o povo, quem não corre, avoa.

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  • As cuecas do Marimbondo

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Marimbondo - foto de internet sem indicação do autor

    Marimbondo – foto de internet sem indicação do autor

      Xerife, o Homem dos Cachos, Maria Chorona, Alfaiate, Marimbondo foram alguns dos personagens que marcaram época na Rua da Praia de Porto Alegre entre os anos 1960 e 1970, talvez um pouco mais para os sobreviventes. Já se escreveu muito sobre eles, mas como ninguém mais lê o passado, erram o presente. Eu mesmo já escrevi sobre estas figuras, cada uma com suas bizarrices.

      O Xerife era um tipo sisudo e quieto que usava uma estrela de xerife pregado no paletó. A Maria Chorona passava os dias sentada nas praças do Centro chorando sem parar, e era um choro convulsivo com lágrimas de verdade, não essas fajutas dos filmes – dizíamos antigamente que era azeite. Acho que a Maria Chorona deveria ter uma hidráulica própria de tantas lágrimas que vertia.

      O Homem dos Cachos – e os tinha – levava a tiracolo uma caixa de vidro onde se viam cédulas e moedas que ele arrecadava. O Alfaiate era outro tipo singular, com terno, cartola, sempre de guarda-chuva, com dizeres incompreensíveis colados por toda a roupa. Mas tinha lá suas espertezas. Certa feita, cansado de sempre lhe alcançar uns trocados, dei a desculpa que estava sem dinheiro e que ia sacar no banco.

      – Teu banco fica pra lá! – disse com ar severo.

      E ficava mesmo. Já o Marimbondo era o joguete dos riquinhos na época, que o contratavam para fazer pegadinhas especialmente para as mulheres da sociedade. A Rua da Praia era a passarela da moda na época. Pois um dia uma colunista social escreveu no Correio do Povo que um bando de playboys irresponsáveis chocavam as mulheres com palavreado chulo e, pior, deu os nomes de alguns na coluna.

      Então veio a vingança. Os atrevidos pegaram o marimbondo e o encarregaram de uma ação. Na noite de sábado, saída da primeira sessão de dois cinemas lado a lado, rua cheia de gente, o Marimbondo se posta no meio da rua bem em frente ao edifício do Clube do Comércio, que tinha alguns andares com apartamentos. Em deles, o mais baixo, morava a tal jornalista. Ele pôs as mãos em concha na boca e berrou como uma possesso para ser ouvido por mais de uma quadra.

      – Minhas cuecas, devolve pelo menos minhas cuecas, joga pela janela!

     

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  • É destino do vidro se partir.

    • Provérbio francês •

  • Notas

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: Notas

    Sem surto

    Fosse em 2016 e até 2017 o país estaria pronto para o divã. Michel Temer tem sua vida complicada, agora como sendo investigado, a Justiça negou habeas corpus para Lula e a bolsa subiu e o dólar caiu. Evidentemente que fatores internacionais foram importantes tanto na Bovespa quanto nas verdinhas, mas, se fosse há dois anos, estaríamos em convulsão.

    Questão anatômica

    Tem uma coisa nesse fenômeno que não é fenômeno. De tanto a imprensa malhar o ferro que a esta altura já esfriou, a sociedade já cansou da repetição das mesmas coisas, mesmos remas. A Globo fala sobre a Lava Jato há três anos nos seus telejornais, dia sim outro também. O povo encheu o saco, para falar a verdade.

    A grande decepção

    Se você pegar a mídia nacional e a internacional nunca as redações foram tão de esquerda, principalmente nos (nossos) jornais. Um ET acharia que o planeta estaria dominado pela esquerda de sul a norte, de leste a oeste. Mas não. As urnas teimam em desdenhar a esquerda. Vide a Europa e até os EUA. Na eleição italiana de domingo passado, e antes na francesa e até na alemã, ficou claro que há decepção com a esquerda, como escreve o excelente repórter Rodrigo Lopes, de Zero Hora.

    Em se plantando, dá

    em se plantando dá brde odacir kleinO diretor financeiro do BRDE, Odacir Klein, assinou ontem, no primeiro dia da Expodireto 2018, em Não-Me-Toque, quatro contratos de financiamento que somaram R$ 33,2 milhões. É um bom dinheiro para duas cooperativas e duas empresas gaúchas, a saber: a Três Tentos (R$ 6,7 milhões -números redondos), a Cotrirosa (R$ 9,6 milhões), a Ipacol Máquinas Agrícolas (R$ 6 milhões) e a Coagrisol (R$ 10,6 milhões, todas com projetos inovadores.

    Sucesso do Marcas

    Para variar, sucesso absoluto do Marcas de Quem Decide do Jornal do Comércio, realizado ontem no Teatro do Sesi. O resultado completo da pesquisa em sua 20º edição está encartado na edição de hoje do jornal.

    O pônei como tratamento

    O cavalo é um animal impressionante em todos os sentidos. É um ser nobre. Não à toa que ele está presente em toda a história da humanidade. Nada mais natural que ele seja usado como terapia, a equoterapia para crianças doentes, pacientes com distúrbios mentais e outros humanos carentes. Pois essa modalidade de zooterapia teve um upgrade notável: em vez de usar cavalos grandes, usam miniponeis nos espaços fechados. Confira no https://gentlecarouseltherapyhorses.com/

    Cavalinho de mineração

    Nem sempre a humanidade tratou bem esses cavalos em miniatura. O minipônei descende dos pôneis Shetland, que eram usados na Europa do século XVIII nas minas de carvão quando mandar pessoas era perigoso demais.  Os Shetlands menorezinhos, naquela época, eram comprados pela nobreza e realeza pra servirem como pets.

    Espantoso mundo moderno

    Até os anos 1970, as meninas de até 16 ou 17 anos não ousavam nem falar a palavra pênis. Hoje não só sabem do assunto sexo aos 12 ou 13 anos como já engravidam e são a maior parte dos partos pelo SUS.

    Onde andará?

    O sarampo está voltando. Exportado pela Venezuela – por que não estou surpreso? Outras doenças comuns e que pareciam erradicadas estão voltando. Por falar nisso, nunca mais ouvi alguém falar que pegou bicho-de-pé na praia. Era comum quando o urbano caminhava descalço na areia. Tirava-se com canivete e usava-se álcool para esterilizar.

    Do velho e bom…

    …Grouxo Marx: “Lembro da primeira vez que fiz sexo! Guardei até o recibo!”.

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  • A futura crise nas finanças mundial 

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: Artigos

    * por Rodrigo Miranda, Coach Financeiro
    coach

    O mercado não se recuperou ainda. Depois da crise mundial de 2008, do subprime, onde havia muitos créditos podres, sem fundos no mercado norte americano, o incentivo à compra de imóveis era muito grande nos Estados Unidos, sem a exigência de muitos compromissos para comprovar renda. A aquisição de bens imóveis ficou fácil e desenvolveu-se uma bolha.

    Naquele ano, uma parte da pirâmide de consumo passou a ter problemas de pagamento. Houve um efeito cascata até chegar aos grandes bancos, que afetou posteriormente afetou os países europeus e chegou até o Brasil. Os mercados não se recuperaram 100%. Uma das estratégias foi imprimir mais dinheiro. Muitos países desenvolvidos, ainda, trabalharam com juros quase a zero para o crédito, o que fomentou ainda mais o consumo.

    Na verdade, alguns deveres de casa não foram realizados no sentido de buscar a sustentabilidade do mercado financeiro. Ou seja, de trabalho e distribuição de renda de forma igualitária e qualitativa.

    Hoje, no Brasil, estamos vivendo uma nova onda de otimismo no mercado financeiro. Recentemente a nossa bolsa de valores rompeu um pico de alta de muitos anos, fazendo com que muitas ações se recuperassem e voltassem a crescer.

    Porém, quando olhamos o nosso dia a dia, conversamos com amigos e familiares, percebemos que o desemprego é muito grande. Muitas pessoas estão fora do mercado de trabalho e não conseguiram se recolocar. Nos supermercados não vemos os alimentos mais baratos.

    Para agregar, a legislação tributária no Brasil ainda é muito arcaica. Estamos vivendo uma das piores crises políticas de todos os tempos em nosso País. E não vemos sinais de melhora. O que vemos são políticos, independente de bandeira partidária, acusarem uns aos outros para tentarem manter-se em seus cargos. Estados quebrados, endividados, crises na saúde, crise na segurança pública, e aí eu me pergunto: por que a bolsa de valores está subindo? Por que o mercado financeiro está em euforia se o nosso dia a ainda, na vida real, o que vemos não condiz?

    Isso tudo vai estourar lá na frente. Por isso que eu indico a mesma estratégia que os ricos ao redor do mundo estão desenvolvendo: que é comprar ouro aos poucos (você pode comprar moedas de ouro para guardar em casa) e, entre 2 a 3% da sua poupança, comprar moedas como os bitcoins e deixar guardado ao longo prazo.

    Não sabemos quando, qual dia, mês ou ano essa bolha vai estourar. Será a futura crise financeiramundial. Mas, quando estourar, será pior do que qualquer outra crise que já existiu. Espero que eu esteja errado e que outros analistas ao redor do mundo e empresários também estejam errados.

    Desejo que esta crise financeira nunca aconteça, mas que, se acontecer, eu, você, nossos amigos e familiares estejam preparados. Por isso a indicação sobre o ouro e os bitcoins, pois se essa crise estourar, o dinheiro de papel que nós conhecemos terá pouco valor ou valor algum.

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