Pixixi no pixoxó
Alguém mostrou uma foto de uma árvore morta na avenida Independência, e o assunto rendeu. Entrei nesse samba dizendo que eu passo diariamente pela Indepê, como diziam os colunistas sociais antigos, e achei que fosse a tal de Instalação. Essas coisas de arte que se colocam em lugar visível e que o leigo acha ser descarte de algo inservível.
A conversa evoluiu para lembranças do teatro de revista dos anos 1950 e 19660 a partir de um post do marchand Renato Rosa, que conhece mais de todos quem-é-quem. Teatro de revista no capricho só no Rio e São Paulo. Para cá vinha só a segunda linha.
Em resumo, era um monte de mulheres de perna de fora ao som de uma música com letras de duplo sentido, tipo O Xique Xique no Pixoxó ou algo parecido. Vi um no cine-teatro Ópera, na Rua da Praia.
No prédio colado, subia-se a escada em espiral mais traiçoeira que a humanidade conseguiu produzir, que terminava no bar Gauchinha. Quem trabalhava ali era o garçom Luiz.
O dono, Johann Passberg, ficava sentado num tamborete na entrada. Seu Johann também era dono do Restaurante João, na rua Arabutã, transversal à Farrapos, especialista em comida alemã em especial, pato.
Nunca gostei. Eu seria um canibal.