Ontem e hoje

6 maio • NotasNenhum comentário em Ontem e hoje

As comparações com a grande enchente de 1941 são inúteis. Podem ser cotejada no nível do Guaíba. Mas não nos efeitos.

A cidade era muito mais “baixa”. Mas sucessivas camadas de asfalto e calçamento a “levantaram”. No estado como um tudo há circunstâncias que também impedem comparações.

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Na época, o Rio Grande do Sul tinha menos habitantes, as cidades de hoje eram povoados ou pequenos aglomerados de casas. Em compensação, a comunicação era precária, ligações telefônicas levavam dias para ser completadas para escasso número de telefones, quadro que só mudou nos anos 1970.

Na segunda metade dos anos 1960, trabalhei em um banco com grande número de filiais no interior. Havia a figura da telefonista, porque quase 100% eram mulheres.

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Mesmo para ligar para cidades próximas, como Novo Hamburgo, eu tinha que esperar horas. E muitas delas se fossem solicitados em horários de pique de pedidos.

Boa ou má

A boa notícia é que ontem o Guaíba parou de subir e estabilizou na marca de 5m30cm. A má é que levará em torno de 20 dias para chegar à quota de 3 metros, o que é muito mas bem menos que hoje.

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Isso desde que não chova forte na Serra e no percurso dos afluentes – voltou a chover nas cabeceiras do Taquari. Cabe lembrar que o Rio Jacuí representa 70% da água que chega ao Guaíba, engrossado que é pelo Taquari antes de chegar.

Help

O governo brasileiro precisa  pedir ajuda internacional. Mas não algo circunstancial, e sim um projeto de longo prazo de reconstrução de cerca de 130 pontes vitais. Quanto tempo levaremos?

Confesso

Apesar de calejado na profissão, e de ter visto mortes e tragédias sem conta, confesso que me emocionei várias vezes ao ver relatos dos que perderam tudo. Só ficaram com a roupa no corpo.

Em especial ver um idoso com mais de 80 anos chorando, com um rosário na mão porque perdeu sua rocinha de subsistência. Essa cena me acompanhará até o momento da minha morte.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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