• O balanço das horas

    Publicado por: • 4 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    É nome de uma das músicas precursoras do rock. E dos anos 1950. Procura e acharás no canal competente. Entrementes, fizemos o balanço dos dias e depois meses trabalhando em casa ou na empresa DDP – Dias e Dias Parado. Fora do nosso Lebensraum, o espaço vital que nos resta, é grande o ruído entre bolsonaristas e os que odeiam o Capitão. É briga onde um grita “mata”, e outro, “esfola”. Existe também a guerra dos números.

    DOS FIÉIS SOLDADOS…

    Os fiéis soldados do presidente são em torno de 33% , enquanto os que querem vê-lo soldado raso, afirmam que é deles o restante percentual de 70%. No calor da refrega, a primeira vítima é a verdade, já disse o senador americano Hiram Johnson. Ai os vencidos, falou o imperador Júlio César. Só que ainda não há vencidos.  Fato é que, queiram ou não, o porcentual de Bolsonaro pode ser esticado.

    …À TURMA DO MEIO

    Ocorre que há uma faixa cinzenta em pesquisas de avaliação que pode ser servir para ambos os lados, o famoso “regular”, em torno dos 20%. Se vale para quem tem mais ou para o que tem menos só será decidido no dia do Juízo Final. E, mesmo assim, periga o Homem Lá de Riba pedir vistas ao processo. A turma dos 33 crê que se não aprovam o chefe, também não o desaprovam; o pessoal dos 70  pensa que estes 20% é deles.

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    Se Salomão vivo fosse, pegaria sua espada e racharia os 100% ao meio, como ameaçou fazer com um bebê no célebre episódio bíblico. A rigor, é isso mesmo que se passa. O porém de sempre é que os 70 têm boa parte da Lei e da imprensa ao seu lado. Sob essa ótica, “regular” não apita.

    SÍNDROME DE MACUNAÍMA

    A convicção da turma da arquibancada é que isso vai acabar mal. No mínimo, o Brasil vai ser repintado para iluminar o velho e humilhante selo Banana’s Republic que carregamos como se sinal de nascença fosse.

    QUEM GANHA?

    No final dos anos 1980, um rico empresário gaúcho patrocinou uma palestra para um pequeno grupo de empresários locais com um dos melhores analistas políticos que conheci, Valder de Góes. Eu estava lá, não me perguntem como. Teríamos eleições presidenciais e Leonel de Moura disputaria o cetro com Fernando Collor.

    Mal e mal palestrante tomou fôlego para iniciar a palestra, o empresário que o trouxe se levantou.

    – Quero saber se Brizola ganha!

    Pego no contrapé, um surpreso Valder disse que ele não fazia esse tipo de abordagem, que traçaria cenários à luz do entendimento da floresta e não da árvore isolada.

    – Quero saber se Brizola ganha!

    Não houve jeito, o homem bate pé. Desnecessário dizer que o contratante igualava o diabo ao político gaúcho. Constrangido, Valder fez uma longa curva analítica para dizer que não acreditava na vitória dele. Isso falado, o sujeito foi embora, satisfeito.

    Brizola perdeu a eleição. Tirando Brizola, e colocando Bolsonaro e os 70, quem ganha?

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  • Todas as doutrinas, todas as escolas, todas as revoluções têm um só tempo.

    • Charles De Gaulle •

  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 4 jun • Publicado em: Caso do Dia

    Meus dias são cópias xerox uns dos outros.

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  • O Brasil que funciona

    Publicado por: • 4 jun • Publicado em: O Brasil que funciona

    OAB/RS mantém sistema de plantão e retoma prazos dos processos eletrônicos e digitalizados. A OAB/RS, através da Resolução nº 09/2020, manteve o funcionamento do sistema diferenciado de atendimento e retomou os prazos dos processos eletrônicos e/ou digitalizados no âmbito da seccional, bem como do seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED). Os serviços prestados também permanecem funcionando no sistema diferenciado e devem ocorrer mediante agendamento prévio, desde que alegada urgência na solicitação.

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  • Cry for me, Argentina

    Publicado por: • 3 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    argentina-brunetti-f9d5e0e4-cb80-48a4-87f0-d9a1df31c48-resize-750Revi o clássico “A felicidade não se compra”, de 1946. No elenco está uma atriz cujo nome é Argentina Bruneti, nascida em 1907 e falecida em 2005. Viveu bastante, a senhora. Chamou minha atenção o seu prenome. Antes e depois da II Guerra Mundial, o vizinho pais gozava de grande prestigio. Além do tango, que era dançado em todo o mundo, suas carnes eram igualmente famosas, eles levaram décadas para criar o “churrasco argentino” e a cadeia de restaurantes europeus com o baby beef, de atração maior. Conheci um em 1985, em Berlim. Tudo isso foi para o brejo com uma sucessão de presidentes ruins, com o casal Kirchner ponteando a lista.

    Quando a guerra terminou, pouquíssimos países tinham mais reservas cambiais do que antes do conflito, entre eles os hermanos e o Brasil. No nosso caso, a maior parte foi gasta em importações inúteis, como celuloide, uma espécie de plástico mole, obra do presidente marechal Eurico Gaspar Dutra. Era piá quando ganhei suspensórios de  celuloide de cor azul.

    Quando li “Argentina Bruneti” fiquei matutando. Como pode dois países sair de uma situação cômoda para a desgraça em menos de 50 anos.  Certa vez em, 1971, fui a Libres, vizinha a Uruguaiana, e entrei em um restaurante para almoçar. Perguntei ao cordial garçom qual era o prato da casa.

    – Todos, señor, todos.

    Vocês precisavam ver o orgulho com que ele disse a frase. Dali para a frente viramos fumaça. Nós e eles.

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