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O psicólogo americano Abraham Harold Maslow foi o criador da famosa Hierarquia das Necessidades Humanas, que utiliza uma pirâmide para demonstrar como o ser humano busca satisfazer suas necessidades (fisiológicas, segurança, afeto, estima e autorrealização). Para ele, primeiro precisamos realizar nossas necessidades fisiológicas (comida, moradia, saúde, emprego) para depois buscarmos a satisfação em autoconfiança, reconhecimento social, autocontrole, criatividade, entre outras coisas.Para Maslow, o ser humano cresce, se desenvolve, consome e busca a felicidade quando tem planos para a realização de seus sonhos. Em pesquisa recente realizada pelo time de Insights & Analytics Integrated Brasil do Google, os pesquisadores estão sugerindo que, por conta da pandemia, os seres humanos e, portanto, consumidores, estão voltando ao mais básico, criando uma nova estrutura em termos de necessidades.Sem dúvida o consumidor pós-pandemia será diferente, mas me pergunto se será permanente essa mudança de cultura. Quando renda e produção voltarem ao normal, o que levará um bocado de tempo, creio que voltaremos aos velhos hábitos mesmo incorporando novos. Para mudar de vez precisa uma geração pelo menos.Uma coisa é certa. A insistência chata de operadoras de telefonia dificilmente deixará de existir. Até porque, de todos os hábitos, o de falar mesmo sem necessidade, e até contando capítulos inteiros para a vizinha que não pode asistir a novela das nove, vai precisar de duas gerações.Se no tempo da telefonia fixa operadoras já ganhavam dinheiro com a conversa dos outros, imagina o que as de hoje faturaram e ainda vão faturar com a pandemia.O megainvestidor George Soros anda comprando hoteis. Ele sabe que o que hoje dá prejuízo amanhã voltará a ser rentável. Eu e você sabemos disso, mas infelizmente não temos bala na agulha nem para comprar uma pensão tipo “aluga-se quartos” de última.A TV paga está exibindo toneladas de filmes ruins, na maioria de procedência asiática, com outras de países do Leste europeu. As séries policiais de além-mar até que são interessantes, mas, com o tempo, começa a cansar o arquétipo iniciado pelos americanos, histórias paralelelas à trama. Quase sempre conflitos entre personagens ou conflitos caseirosO que separa as séries (e filmes) americanos das produçőes desses paises é a piada constante. O cara está morrendo e larga uma, e o coveiro de prontidão conta outra. Sem falar no fuck you e shit a cada 20 segundos.
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Pensamento do Dias
Se alguém engana alguém uma vez, a culpa é dele. Se engana outra vez, a culpa é do outro.
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Mistura sogra com nora, pode ver que ali sai choro.
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Bondes e lambretas
Hoje publicamos um saboroso relato do leitor e amigo Davi Castiel Menda. Saudades dos três.
Davi Castiel Menda
Entre 1946/48 aconteceu um grande desastre de bonde na esquina da Av. Borges de Medeiros com Rua Demétrio Ribeiro (Porto Alegre). O trajeto do bonde era descer pela Borges e, ao chegar na esquina do Cinema Capitólio, deveria fazer uma curva de 90 graus à esquerda. Parece que o motorneiro perdeu os freios e foi algo terrível.
Eu tinha 4 anos e toda aquela região ficou completamente congestionada de pessoas e carros ansiosos por notícias. Desde aquele dia fiquei com a sensação de que morreria num desastre de bonde, o que não me impediu de tomar a famosa linha histórica 28 quando estive em Lisboa.
Em 1956, quase se cumpre a tragédia. Fui tentar apanhar um bonde Azenha em movimento, pela porta da frente, minhas pernas não conseguiram acompanhar a velocidade do dito cujo e me estatelei no chão, escapando de boa (o preço foi a quebra de dois dentes, muito pouco pelo que poderia ter acontecido).
Em 1960, (como podem ver, sou bom de datas…) estava no Hipódromo do Cristal e pretendia ir até à Praia da Alegria ao final dos páreos. Naquela época, a dificuldade deste intento poderia ser comparada como ir à Lua!
Milagrosamente, descobri que um amigo meu, o Chang, evidentemente de família chinesa, iria para lá na sua lambreta. Consegui a carona e, já noitinha, saímos para esta verdadeira empreitada. Bem, o Chang era gordinho e em consequência tinha o pé pesado. Sabe lá o que é estar na garupa de uma lambreta, à noite, não enxergando patavina, a mais de 100km por hora? O Chang sentiu isso e me perguntou se eu não estava com medo. Na hora, respondi a ele: “Não te preocupa que eu vou morrer num desastre de bonde. Pode correr a vontade!”.
Foi como se tivesse ligado o botãozinho do riso. O Chang começou a rir e não parou até chegarmos na Praia da Alegria. Eu não imaginava que a “piada” era tão boa, até que ele mandasse eu descer e olhar na frente da lambreta. Em letras pretas, garrafais, estava pintada a seguinte palavra: Bonde.
Escapei de mais esta!
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Abobrinhas & abobrões
Nunca achei que uma pandemia pudesse ser tão chata. Preso em casa é pior que estar preso-preso. Quer dizer, até por aí. O que venho observando é a nem sempre sutil volta às ruas. Entre tantas outras mudanças culturais, adeus conversa de elevador. E mesmo o tradicional papo sobre o clima, o maior catalisador de aproximações verticais e, eventualmente, horizontais.
NOVA ABORDAGEM
Há uma notável diferença no sentido das edições dos jornais. Os tradicionais infográficos de curvas ascendentes de casos do vírus sumiram ou foram deslocados para espaços menos nobres. Curvas descendentes interessam menos. É como alguém virar o oitavo carregador de moringo do safári. E se o infame atua com menos vigor, em seu lugar vem outra monotonia do dia a dia brasileiro: a corrupção.
Quem lidera esse safári é o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzler, o popular dabliú duas vezes. Parece que sua excelência abriu um canal de irrigação de mutretas usando os serviços logísticos da primeira-dama.
INTERVALO…
…não comercial. Se existe a primeira-dama deve existir a segunda, por supuesto. Fim do brake.
E OS OUTROS?
Existem às pamparras. Para nossa vergonha, lemos e ouvimos que há outros casos de desvio de dinheiro público da saúde para sem-vergonhas. Olha, mesmo que sejam minoria, e são, a quantidade de maçãs podres no barril vem aumentando assustadoramente. E dinheiro da saúde, dinheiro que é a diferença entre a vida e a morte.
Para mim, é tentativa de homicídio, e se alguém morrer por isso, será homicídio doloso.
SAINDO DAS MÁS…
…para as boas notícias. Devagar o mundo ocidental vem saindo e se arrasta para terra firme. As bolsas têm ido bem, suas antenas captaram sinais que medicamentos e vacinas se avizinham no horizonte, os restaurantes dos Estados Unidos têm mais movimento que o esperado e faturam entre 20% e 50% acima do ocorrido em março.
No ano passado, o número de restaurantes e afins em Nova Iorque ultrapassava 12 mil. E diferenciados. Faça as contas para saber quantos anos levaria para comer todos sem repetir nenhum. Gostaria de saber quantos sobreviveram.
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