• Pensamento do Dias

    Publicado por: • 28 maio • Publicado em: Caso do Dia

    Contra o vírus, mantenha a presença de espírito mas principalmente a ausência de corpo.

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  • Confia em Deus, mas mantenha seu camelo bem amarrado.

    • Provérbio árabe •

  • A história de Estevão

    Publicado por: • 27 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

    Estevão era um pobre burocrata que vivia dando murro em ponta de faca. Nasceu pobre, estudou até onde podia, mas nunca foi além de ser um burocrata de segunda linha num escritório de terceira. Várias vezes ouviu aquela imoralidade “vamos crescer juntos”. Estevão só conseguia crescer como cola de cavalo – para baixo.

    Ouvia falar de conhecidos que estavam mal e chegaram lá por serem pessoas certas na hora e lugar certos, mas nunca teve essa sorte. Estava sempre na hora errada no momento errado com a pessoa errada, torturava-se.

    Um dia, e sempre tem um. Estevão foi despedido. Despedido e despejado do seu humilde tugúrio de cama e banheiro. Imerso em tristeza e depressão,  procurou um amigo que era assistente da gerência de um grande banco e disse que não carregava nem um tostão furado no bolso, e que  não tinha nem como pagar o papagaio de pobre que tinha vencido, uma merrequinha de merda. Contou que ia para outro estado vender equipamentos para peões de construção civil, e que fosse o que Deus quisesse.

    Cerca de um ano depois, visitou seu amigo bancário. Sem maiores delongas, tirou da sua pasta de couro inferior – cheirando a suor e velhice – um conjunto de fotos que mostravam pés mergulhados em águas cristalinas e de praias maravilhosas e desertas. Toda comissão que ganhava com a venda era aplicada na compra de lotes a preço de banana destas e outras praias vizinhas. Vou ficar rico quando os veranistas descobrirem essas maravilhas, garantiu.

    E ficou mesmo. O que comprou por um vendeu por mil. Tornou-se construtor e invadiu áreas empresariais vizinhas sempre com sucesso. As praias hoje famosas ficavam em Santa Catarina. Estevão existiu, mas não com esse nome. A primeira conversa com o bancário foi em 1967. Dez anos depois era homem muito rico, riquíssimo.

    O bancário era eu.

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  • Samba de uma nota só

    Publicado por: • 27 maio • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Há um componente pouco conhecido na cobertura dos fatos do dia, que tem focado o mais do mesmo, pandemia, curvas do vírus, crise do governo Bolsonaro, STF blá blá blá. É verdade que a imprensa em geral não tem largado o pé do Capitão pelo que ele fez e pelo que não fez. É ir além do dever. Mas a cobertura de outros fatos, como ficou?

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    Mal. Antes mesmo desse bichinho tenebroso atanazar a vida do mundo inteiro os jornais já estavam com as pernas bambas por falta de oxigênio financeiro. E essa despressurização vem de anos, acentuada a partir e 2018.

    A primeira providência que uma empresa toma quando cai o faturamento é cortar gastos diversos, concomitantemente com cortes no pessoal. Os que ganhavam mais, justamente os que fizeram por merecer o salário mais alto, foram os primeiros ceifados. Depois, chegou a vez dos médios.

    CORTES PELO PÉ

    Quando uma matéria, artigo ou coluna tem mais toques que a página suporta e não há tempo para reduzir o conteúdo, o editor ameaça “cortar pelo pé”, mesmo que torne o texto sem sentido. É solução extrema abandonada depois que a diagramação resolvia o problema eletronicamente. Mas no caso de cortes de profissionais, não há eletrônica que resolva.

    QUERIDOS, ENCOLHI VOCÊS

    Cortes nessa dimensão significam cortar qualidade agregada ao produto, outra velharia que ainda é o melhor resumo da coisa. Então fomos perdendo qualidade. E quantidade. Não se pode multiplicar repórteres. Como é impossível cobrir tudo o que acontece, é mais impossível ainda com redução drástica nas redações. Então cortaram pelo pé. Sacou?

    ONDE MORA O CIFRÃO

    Antes da bronca, dizia-se que havia poucos países em que ainda se podia ganhar muito dinheiro. Bilionários, em suma. Não confundir com salários altos, falo de grana e de rico de verdade. Quase todas as fronteiras monetárias já foram exploradas. A tecnologia da informação foi a última. Comércio eletrônico também.

    As exceções se concentravam em países do Sudeste Asiático. Brasil ainda tinha espaço. EUA, só no show bizz, aquela turma que ganha oito dígitos por ano e torra nove em besteiras cromadas, com festas de 100 mil dólares para um grupo de amigos. Pois aposto que o Rei Midas voltou.

    Com a economia mundial resetada, tudo está barato. É uma nova corrida ao ouro. Depende de correr riscos altos para ganhar montanhas altas de dinheiro. Onde e como, seu sabichão, perguntarão vocês. Meu camaradinha, é só o que sei. Sei, mas não sou garimpeiro na Califórnia do século 19. Se soubesse onde e como, não seria mais um abnegado, mas pobre jornalista. Olhe a frase do dia de hoje.

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  • Quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro.

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