São quase 30 milhões
Aproximadamente 28.788.480. Não, não é saldo na conta bancária. É o número de caracteres escritos pelo Fernando Albrecht na Página 3 do Jornal do Comércio, até ontem, quando completou 21 anos de casa. Modesto, o piá de São Vendelino não quis colocar uma linha aqui no blog sobre as homenagens recebidas pelo JC ou pela Coletiva.Net – leia aqui. Mas o bom de ser assessora dele é isso: teimar com o chefe e publicar este marco importante não só para ele, mas para os leitores e colegas de profissão. Podem ficar com inveja.
Neste ano, Albrecht, também comemora 50 anos atuando na comunicação. Em setembro de 1968, começou na Redação da ZH, quando esta ainda se localizava na Sete de Setembro – onde hoje é a garagem Rex. O proprietário do jornal era Ary de Carvalho, e Fernando só chegou à redação porque o amigo e colega de faculdade Ademar Vargas de Freitas falou de uma vaga para a reportagem policial. “Boca braba na época”, como já me descreveu o próprio Albrecht numa noite em que fomos saborear a pizza na panela do Pedrini. Podem ficar com inveja de novo.
Outro dia, ele me contou que fazia faculdade no turno da manhã, trabalhava no Banco da Província, entre 12h30min e 19h. Logo após às 23h, tinha de estar na redação da ZH, a fim de cobrir os crimes da madrugada. Para comer e dormir, pouco mais de três horas. No final de semana, o plantão era dobrado. E você pensando que, atualmente, trabalha demais, na redação “multimídia”, onde tem de se virar nos 30, né? Pois Albrecht garante que aquele foi um dos períodos mais felizes da sua vida.
Fernandinho, como eu gosto de chamá-lo, recebeu convite do Maurício Sirotsky para produzir e coordenar o Campo & Lavoura na TV Gaúcha, em 1975. Vinha a ser o primeiro programa de agronegócios da TV Brasileira, depois copiado pela Globo. Ele passou por agências de publicidade, jornais, rádios, site de notícias. É ganhador de centenas de prêmios de Jornalismo, e acabou dando nome a um troféu do Prêmio Press.
Parabéns, guri, pelos 21 anos de Página 3 de JC, por seres esse baita profissional, amigo, cavocador de um bom furo, teres ética, e, como resultado, conquistado tanto respeito. Tenho orgulho de ser tua amiga. Por favor, não me demita pela minha teimosia. É uma baita admiração.
Foto: Claiton Dornelles