• São quase 30 milhões

    Foto: Claiton Dornelles/JC

    Publicado por: • 19 jun • Publicado em: Artigos

    Aproximadamente 28.788.480. Não, não é saldo na conta bancária. É o número de caracteres escritos pelo Fernando Albrecht na Página 3 do Jornal do Comércio, até ontem, quando completou 21 anos de casa. Modesto, o piá de São Vendelino não quis colocar uma linha aqui no blog sobre as homenagens recebidas pelo JC ou pela Coletiva.Net – leia aqui. Mas o bom de ser assessora dele é isso: teimar com o chefe e publicar este marco importante não só para ele, mas para os leitores e colegas de profissão. Podem ficar com inveja.

    Neste ano, Albrecht, também comemora 50 anos atuando na comunicação. Em setembro de 1968, começou na Redação da ZH, quando esta ainda se localizava na Sete de Setembro – onde hoje é a garagem Rex. O proprietário do jornal era Ary de Carvalho, e Fernando só chegou à redação porque o amigo e colega de faculdade Ademar Vargas de Freitas falou de uma vaga para a reportagem policial. “Boca braba na época”, como já me descreveu o próprio Albrecht numa noite em que fomos saborear a pizza na panela do Pedrini. Podem ficar com inveja de novo.

    Outro dia, ele me contou que fazia faculdade no turno da manhã, trabalhava no Banco da Província, entre 12h30min e 19h. Logo após às 23h, tinha de estar na redação da ZH, a fim de cobrir os crimes da madrugada. Para comer e dormir, pouco mais de três horas. No final de semana, o plantão era dobrado. E você pensando que, atualmente, trabalha demais, na redação “multimídia”, onde tem de se virar nos 30, né? Pois Albrecht garante que aquele foi um dos períodos mais felizes da sua vida.

    Fernandinho, como eu gosto de chamá-lo, recebeu convite do Maurício Sirotsky para produzir e coordenar o Campo & Lavoura na TV Gaúcha, em 1975. Vinha a ser o primeiro programa de agronegócios da TV Brasileira, depois copiado pela Globo. Ele passou por agências de publicidade, jornais, rádios, site de notícias. É ganhador de centenas de prêmios de Jornalismo, e acabou dando nome a um troféu do Prêmio Press.

    Parabéns, guri, pelos 21 anos de Página 3 de JC, por seres esse baita profissional, amigo, cavocador de um bom furo, teres ética, e, como resultado, conquistado tanto respeito. Tenho orgulho de ser tua amiga. Por favor, não me demita pela minha teimosia. É uma baita admiração.

    maioridade Fernando Albrecht no JC

    Anúncio publicado ontem pelo Jornal do Comércio

    Anúncio publicado ontem pelo Jornal do Comércio

    Foto: Claiton Dornelles

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  • Aprendi a andar com três meses, pois ninguém queria me pegar no colo, de tão feio que eu era.

    • Paulo Motta •

  • As duplas

    Publicado por: • 18 jun • Publicado em: Sem categoria

    O governador gaúcho, José Ivo Sartori, inaugurou um viaduto em Santa Cruz do Sul que foi batizado de Fritz e Frida. Adivinhem qual a etnia preponderante nessa bela cidade. Aliás, existe uma indústria de alimentos chamada Fritz e Frida. Nos anos 1960, a Brigada Militar criou o policiamento em duplas, copiando a PM carioca com o Cosme e Damião.

    A dupla gaúcha foi batizada de PP, ou Pedro e Paulo. Provavelmente, porque nos primórdios tínhamos o nome de Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O Paulo entrou de contrabando. Por sinal, ainda temos muito de Província. Não nas coisas bucólicas, mas no sentido de pensamento atrasado.

    O nosso conhecido bairrismo fez com que folgados da imprensa criassem o Bepe e Bepone para a região da colonização italiana. Hans und Fritz  para a região de colonização alemã. Para a Fronteira Oeste, foram várias sugestões, tipo Macanudo e Cuiudo, mas não vi nem como piada. Imagina botar isso no jornal naqueles tempos que a mãe da gente lavava nossa boca com sabão por ter falado “merda”. Escrito, levava ao inferno direto.

    Os alegres rapazes da banda entraram no jogo, batizaram informalmente a sua dupla preferida. Lembro que, já nos anos 1970, um gaiato criou Lulu e Frufru, mas era outro contrabando. Havia uma música em que Frufru era personagem feminina.

    Seu Libório tinha três vizinhas/Manon, Margot e Fru-fru/Saem todas as tardinhas/Carregando seu Lulu. Assista aqui.

    Agora vejam só como são as coisas. Quando digitei a palavra Lulu sabem o que o corretor lascou? Ele mesmo. Aquele que está vendo o sol nascer quadrado em Curitiba.

     

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  • Velhos novos tempos

    Publicado por: • 18 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O chargista gaúcho Sampaulo, que foi meu grande amigo, era um crítico contumaz da mediocridade em geral. Este cartum e a sacada do Sampa são atualíssimos. Ele chama a geração daquele tempo (1958) de “Copa-Cola”. Imagina se ele conhecesse a geração atual.
    Foto: Acervo Maria Lúcia Sampaio

    Feliz Aniversário

    O BRDE completou 57 anos de fundação nesta sexta-feira, dia 15 de junho. No primeiro quadrimestre de 2018, o Banco dos três estados do Sul já contratou R$ 433,5 milhões em operações de crédito, que apresentaram importante desconcentração de funding. O padrão histórico de 95% de recursos provenientes do BNDES recuou para 75%, complementados por 12% da Finep, 6% de recursos próprios, 3% do FCO, 2% do Fungetur e 2% de operações de Prestação de Garantias.

    Copos plásticos

    Em momento de recuperação da economia, o BRDE decidiu marcar o seu aniversário com o lançamento de campanha interna para a eliminação do uso dos copos plásticos descartáveis para café e água nas dependências do Banco. O diretor de Planejamento, Luiz Noronha, ressaltou que a instituição reafirma o seu compromisso com o futuro através de um gesto simples, mas que, em um ano, livra o ambiente de 400 mil copos.

    Homenagem

    Ronaldo Nogueira DIVULGACAO (2)A Reforma Trabalhista está completando um ano, que será comemorado com Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho em todo o País e, em 15 municípios do Rio Grande do Sul. Na comemoração da data, a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), formada por oito das maiores instituições brasileiras representativas da área de comércio e serviços, que são responsáveis por 15% do PIB brasileiro, homenageia o ex-ministro do Trabalho deputado Ronaldo Nogueira (PTB), considerado “o pai da reforma trabalhista”.

    Foto: Divulgação

    Briga de graúdos

    Duas grandes empresas do ramo de venda de veículos travam uma batalha judicial no RS. A Sul House, do grupo Car House, ingressou com ação contra a CAOA Hyundai alegando ser concessionária do grupo paulista no Estado, com base na Lei 6729/79, também conhecida como Lei Ferrari.

    Briga de graúdos 2

    Depois da sentença de procedência da ação, a 15ª Câmara Cível do TJ/RS, por unanimidade, deu provimento à Apelação do grupo paulista CAOA para reformar integralmente a sentença e julgar improcedente a ação, não reconhecendo a Sul House como concessionária CAOA Hyundai. A briga de grandes não foi só entre as partes, mas também no Tribunal.

    Briga de graúdos 3

    Duas das mais tradicionais e reconhecidas bancas de advocacia do Estado atuaram no processo. O escritório Arnaldo Rizardo, por seu titular, defendeu a Sul House e o Lamachia Advogados, por meio dos sócios Claudio e Leonardo Lamachia, defendeu a CAOA, que saiu vencedora no TJ. Briga de grandes mesmo.

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  • Copa, que Copa?

    Publicado por: • 15 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    É  claro que não dá para afirmar que a Copa do Mundo perdeu o interesse de boa parte da população (51%, segundo o Datafolha, não dão a mínima para ela) só com base no jogo de ontem. Mas, em competições passadas, o povo curtia muito mais. Não só a nossa seleção, mas também os jogos de outras seleções.

    Imagem: Freepik

    Café no capricho

    Fui ao Centro Histórico de Porto Alegre ontem e constatei que os clientes passavam quase que sem olhar para as imagens do jogo da Rússia com Arábia Saudita nos telões e TVs gigantes das cafeterias e restaurantes. Meu morredouro no Centro é uma das mais caprichadas cafeterias da cidade, o Café à Brasileira, na rua Uruguai. A proprietária, Ana Paula, é daquelas empreendedoras que está sempre fuçando para melhorar produtos e serviços. Fecha parênteses. E fiquei lá mais de uma hora observando o vai-e-vem. Poucos olhavam a partida de futebol.

    Qual é a tua, Putin?

    Achei engraçado uma cena de bastidores e a reação do Putin quando a Rússia marcou o terceiro gol – golo, como se fala em São Vendelino. Um figurão saudita sentado ao lado dele levantou e dirigiu-se ao rei da Rússia. Presumi que podia estar dizendo “Pôxa, mermão, manda tua turma baixar a bola!) Ato contínuo, Putin abriu os braços como a dizer “É da vida, companheiro, não posso fazer nada”.

    Tiro meu chapéu

    Para a empresa Mercur, de Santa Cruz do Sul, que completa 94 anos nesta semana. Ela oferece produtos escolares e para e saúde. No início, fabricava material escolar, como borrachas e outros. Mas há dez anos mudou profundamente sua gestão, acentuando o foco na sustentabilidade e relacionamento com empregados.

    E tem mais…

    …dos 691 funcionários da Mercur, 20% estão lá há 20 anos ou mais. Nas sextas de tarde, a empresa não opera, dando tempo ao seu pessoal para resolver compromissos particulares. E ainda diminuiu a diferença entre salários mais baixos e mais altos.

    Umbigo deslocado

    Tenho observado que empresas que são exemplares na inovação e especialmente na relação com seus colaboradores quase sempre são do interior do Rio Grande do Sul. Porto Alegre pensa que é o umbigo do mundo, mas não é. Atualmente, é a Capital do Ranço. Principal avenida é a “Não dá”.

    O escritor iluminado…

    Começa hoje na Rua Coberta a Feira do Livro de Gramado, que tem como Patrono o fotógrafo Leonid Streliaev. Ele pergunta e ele mesmo responde: “Como pode um retratista ser Patrono de uma feira do livro? Minha resposta: escrevo com a luz (do grego: photon (luz) + graphein (escrever).

    …do tempo do onça

    Eu e o Uda, como o chamávamos, formamos uma dupla na Zero Hora do final dos anos 1960, quando o jornal ainda era do Ary de Carvalho. Cobríamos a área policial. No início, durante a madrugada; depois, entre 19h e meia-noite, não raro muito tempo depois. Às vezes o russo (seu pai era russo) dava uma escapada para quebrar algum galho e me dava a máquina caso tivesse alguma emergência, como acidentes, homicídios etc. Matava-se e morria-se duas ou três vezes por semana. Acho que hoje é por hora. Então eu era repórter e fotógrafo com aquelas máquinas pesadonas e complicadas. Bons tempos.

    Passarinho de muda

    Quando até o Neguinho da Beija-Flor, 69, anuncia que vai se mudar para Portugal por causa da violência, é sinal que tudo escapa do controle. E ele pretende arranchar de vez em terras lusitanas porque sua mulher é neta de portugueses, então facilita tudo.

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