As duplas
O governador gaúcho, José Ivo Sartori, inaugurou um viaduto em Santa Cruz do Sul que foi batizado de Fritz e Frida. Adivinhem qual a etnia preponderante nessa bela cidade. Aliás, existe uma indústria de alimentos chamada Fritz e Frida. Nos anos 1960, a Brigada Militar criou o policiamento em duplas, copiando a PM carioca com o Cosme e Damião.
A dupla gaúcha foi batizada de PP, ou Pedro e Paulo. Provavelmente, porque nos primórdios tínhamos o nome de Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O Paulo entrou de contrabando. Por sinal, ainda temos muito de Província. Não nas coisas bucólicas, mas no sentido de pensamento atrasado.
O nosso conhecido bairrismo fez com que folgados da imprensa criassem o Bepe e Bepone para a região da colonização italiana. Hans und Fritz para a região de colonização alemã. Para a Fronteira Oeste, foram várias sugestões, tipo Macanudo e Cuiudo, mas não vi nem como piada. Imagina botar isso no jornal naqueles tempos que a mãe da gente lavava nossa boca com sabão por ter falado “merda”. Escrito, levava ao inferno direto.
Os alegres rapazes da banda entraram no jogo, batizaram informalmente a sua dupla preferida. Lembro que, já nos anos 1970, um gaiato criou Lulu e Frufru, mas era outro contrabando. Havia uma música em que Frufru era personagem feminina.
Seu Libório tinha três vizinhas/Manon, Margot e Fru-fru/Saem todas as tardinhas/Carregando seu Lulu. Assista aqui.