• A cidade como ela é…

    Publicado por: • 22 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Saiam cidade afora e voltem no final da tarde com uma matéria sobre o que a cidade tem de ruim, não o que ela tem de bom. Em síntese, é uma forma eficaz para um prefeito tomar conhecimento dos problemas da cidade que administra de forma rápida. Quem fará essa matéria-relatório, como se fosse uma reportagem, serão os jornalistas da prefeitura e das secretarias.

    …e não como deveria ser

    Há décadas, quando as cidades não estavam tão inchadas, essa tarefa era feita pelo subprefeito (regionais, no caso de São Paulo) e seus colaboradores, o que hoje é insuficiente. Sempre se discutiu como poderia o administrador geral e ordenador de defesas conhecer melhor sua jurisdição. Mas nem sempre dá. Em resumo, o que o prefeito precisa é a real, por isso a sugestão. Loucura? Loucura é um alcaide não conhecer bem sua cidade.

    Ricos e pobres

    Recebi um release sobre uma pesquisa sobre felicidade de casais ricos e pobres. A sublime conclusão é que os ricos são mais felizes que os pobres. Isso sim que é jogar dinheiro fora. E desconfio que muitos casais pobres se dizem felizes mais para salientar que dinheiro não traz felicidade, ou que o que vale é a “riqueza interior”. São as tais palavras que consolam.

    De qualquer maneira, quem sempre foi rico ou sempre foi pobre não tem como comparar seu status com outros. A não ser que casais que já foram ricos e ficaram pobres ou casais pobres que ficaram ricos. O resto é lero-lero.

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  • O que realmente deixa um homem lisonjeado é o fato de você o considerar digno de adulação.

    • Bernard Shaw •

  • Vida e morte de uma frase

    Publicado por: • 21 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    O jornalista Melchíades Stricher e eu aprontamos um bocado nos anos 1980. Mel, como era chamado pelos amigos, fazia um comentário na Rádio Gaúcha geralmente sobre temas políticos, ciência que ele também trazia para a ponta dos dedos que acionavam as teclas das máquinas de escrever. Ele era um pândego. Poderia perfeitamente ostentar no peito um adesivo com os dizeres “Meu nome é Sacanagem”.

    Certa vez, encanzinamos com um cronista que terminava suas filosofias com o Pensamento do Dia, geralmente frases de autoajuda ou que não diziam nada ao fim e ao cabo. Durante nossas – estas sim – filosofadas no bar Porta Larga sugeri que ele também fizesse algo parecido no final do seu comentário tanto na rádio quanto no jornal.

    Depois de um brainstorming molhado a cerveja ele criou o título, Pensamento do Dias, e eu inventei a frase, que ficava assim: todos os rios correm para o mar, salvo prova em contrário.

    Foi o primeiro e o último Pensamento do Dias.

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  • Momento professor

    Publicado por: • 21 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Quando um estudante de jornalismo ou um estagiário me pergunta o que pode fazer para aprimorar seu texto sempre respondo da mesma forma: consiga sintetizar a informação em uma nota mais curta que coice de porco.

    Coisa de louco

    O governo venezuelano fechou a fronteira com a Colômbia para evitar a entrada de ajuda humanitária. Sabem todos que a população não consegue comprar nada nem mesmo papel higiênico, o que dirá medicamentos. É, literalmente, uma coisa de louco.

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  • Alíquotas da Previdência

    Publicado por: • 21 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A progressividade das alíquotas da Reforma da Previdência em até acima de 20% lembram um caso dos anos 1980. Em conversa com este colunista, o presidente de uma multinacional de tabaco contou que contribuía com 30% do seu salário para seu fundo de pensão, mas que só receberia 60% do salário (seco, sem bônus) quando se aposentasse.

    Lembro que, na época, fiquei espantado com a informação do executivo. Puxa! Disse a ele em almoço no restaurante Terraço da Itália, em São Paulo.

    Bolero televisivo

    Quando Maurice Ravel compôs no início do século XX o seu Bolero https://www.youtube.com/watch?v=dZDiaRZy0Ak, uma peça erudita que repete quase a mesma frase musical quase que sem alterações, não podia prever que seria um retrato fiel dos programas da TGV brasileira nos dias que correm. São variações mínimas em torno do mesmo tema. Ô coisa mais chata!

    Por falar em chatice…

    Do jornalista Clóvis Heberle no Face:

    Pão sem glúten,

    leite sem lactose,

    café sem cafeína,

    cerveja sem álcool,

    vida sem graça.

    A gente não deve tentar melhorar o texto dos outros, mas desta vez e só desta vez eu acrescentaria antes o ”politicamente correto”.

    Que o diga…

    …o autor da Frase do Dia de hoje, o escrito e pensador moçambicano Mia Couto em uma Feira do Livro de Porto Alegre, o politicamente correto está tirando até a naturalidade das conversas. Os adoradores desta vertente mal e mal publicaram algumas linhas sobre a entrevista em que ele teceu o comentário.

    Vale o escrito

    A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou por unanimidade, em julgamento realizado ontem, pedido de reinterrogatório do ex-deputado federal Eduardo Cosentino da Cunha na segunda ação penal dele relativa à Operação Lava Jato, que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba.

    No processo, Cunha é investigado por suspeita de ter recebido propina relativa à contratação pela Petrobras do navio-sonda Petrobras 10.000 com o estaleiro Samsung Heavy Industries, na Coréia do Sul.

    E dizer que houve tempo em que Samsung era conhecida apenas por fabricar celulares de qualidade…

    Sistema S

    Sobrou para todo o Sistema S a informação sobre mau uso de um dos esses, o Sesi, atribuído ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os outros entraram com o Pilatos no Credo. Cada “S” tem uma confederação a cuidá-la. Por exemplo, o Senar é da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) assim com como o Senac está sob o guarda-chuva da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Do jeito como cunharam os títulos, botaram todos os esses no mesmo saco.

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