• Um distrito erótico

    Publicado por: • 12 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    No mesmo lado esquerdo, pouco adiante, ficava o Carcará, do jogador de futebol Cará, do Cruzeiro F.C., e do seu amigo Serginho. O nome veio da música cantada por Maria Bethânia, aquele que pega, mata e come, que por sua vez foi assim batizada por causa de uma música com esse nome cantada por Nelson Gonçalves. Imagino que seja por isso.

    Pois o Carcará foi vendido para um bajeense chamado Waldemar, e então se transformou em casa noturna de fato.     Do outro lado da rua ficavam em sequência a Nega Teresa, o Isidoro e mais para o posto de combustíveis na esquina com a Alberto Bins quedava o Sans Chiquè. Que pertencia um sujeito cujo apelido era Dezoito. Era amigo de Chico Anysio com quem tinha sociedade em um haras, vejam só.

    Mais para além da quadra final ficava o proletário Monte Blanco, cujo dono tinha esse sobrenome, e do lado oposto ficava o Poodle Room, cuja proprietária era uma ex-miss muito bonita, casa dirigida para a alta burguesia. Nunca faltou diversão carnal para a reta final da rua Cristóvão Colombo. E acreditem, nunca teve gangue ou assaltante naquelas bandas. Se aparecesse um, provavelmente amanheceria com a boca cheia de formiga.

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  • Seu Olavo tinha razão

    Publicado por: • 12 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Criança! Não verás país como este, escreveu Olavo Bilac. Talvez ele fosse premonitório, até porque era chegado numa ironia e em fuzarca, como se lê num soneto que terminava com “obedeci”. Obedeceu ao combate de Eros com uma linda dama, explique-se. Os detalhes do poema é que contam. Mas isso é papo para depois do recreio, vamos continuar com esse Brasil que é uma fuzarca histórica.

    Ilegal, mas legal

    Leio que o ministro Gilmar Mendes disse que provas obtidas ilicitamente podem ser usadas licitamente, citando o caso do celular grampeado do Sérgio Moro, grampo feito por uma empresa que tem nome, sobrenome e cujo dono também é conhecido. Leio também que o STF está decidindo sobre se pode ser preso alguém condenado em segunda instância.

    Free again

    Permitam que eu faço uma correção nesta coisa de doido: no Brasil, você pode ser solto mesmo sendo condenado – não só em última instância como também nos 36 ou mais recursos judiciais disponíveis. O que nos torna um país que pode ser definido pelo título de um livro de Erasmo de Rotterdam: elogio à loucura.

    Seu Afonso não tinha razão

    Também me valho do título de um poema de Afonso Celso, porque me ufano do meu país. Permitam-me desacompanhar o poeta: eu não me ufano e tenho certeza que não estou sozinho.

    Os impagáveis

    No rio fundo de loucura em que se transformou o Brasil – na realidade, nada de novo, nasceu assim – navego com minha piroga e me deparo com um projeto que avança no Senado da República, que obriga o governo a pagar dívidas das pequenas e microempresas. Cáspite! diriam Bilac e Celso, mas precisa uma lei para que o governo pague seus compromissos? São impagáveis, esses senhores de Brasília.

    Mare nostrum

    Vou procurar um senador de respeito para sugerir que ele entre com outro projeto, um que obrigue o governo a pagar também as dívidas das grandes empresas. Aliás, o projeto correto seria obrigar o governo a pagar todas as suas dívidas. Que mar de mediocridade esse em que navegam nossos senadores e deputados. Nossa mãe!

    A burrice como benção

    Infelizmente não nasci burro. E sei ler e escrever. Não tivesse essas aptidões, meus pobres neurônios seriam poupados de tanta besteira que sempre assolou este país, ouviu Stanislaw Ponte Preta? Não foi só nos anos 1960 não, foi muito antes. Desconfio que os índios deram a Pedro Álvares Cabral e seus marinheiros algo como a raiz do Santo Daime, em grau de entortar de vez o cristão que o ingerir. Só pode.

    Jogo heroico

    Mas que timaço essa seleção de Honduras, não? Caiu de pé ante a gloriosa Seleção Tite, que nos redimiu de verde e amarelo ao golear esse espetacular time de futebol.

    Palestras

    Acontece hoje o III Ciclo de Palestras de Direito Tributário – Liquidação de Crédito Judicial Tributário e o Caso da Exclusão de ICMS da Base de Cálculo do PIS e da COFINS, com a advogada Paola Masi Celiberte – Sala de aula do IARGS 5° andar.

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  • Pierre Chordelos de Laclos

    Publicado por: • 12 jun • Publicado em: Frase do Dia

    O nosso ridículo cresce na proporção que precisamos dele.

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  • Criatório de cobras

    Publicado por: • 11 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Além dos 25 (ou 28) partidos políticos já perfilados na arena do circo de busca de votos, há outros 75 na lista de espera, como se lê em boa matéria do jornal Zero Hora. Setenta e cinco, cáspite! Nenhum sistema eleitoral do mundo aguenta tamanho despautério, nenhum. Embora alguns sejam bem intencionados, mesmo ingênuos, outros estão é de olho no dindim, o dinheirinho do Fundo Partidário.

     Controle relativo

    Uma campanha eleitoral é um bom negócio para partidos pequenos. E para outros nem tanto. Quem controla a aplicação desta verba são os Tribunais Regionais Eleitorais, mas o fundo propriamente dito é o TCU. Sei não se funciona. Conheci lideranças partidárias que viviam muito bem, viajando em primeira classe e comendo lagosta em casas caras.

    Carguinho, obrigado

    Muito bem, como é que saímos desse atoleiro de cobras entrelaçadas? Mudança nas regras, quem sabe, mas não vejo congressistas nem partidos especialmente preocupados com esse quadro. Nos anos eleitorais, os pequenos – eles detestam a expressão nanicos – procuram alianças com os grandes sempre de olho em cargos nas administrações eleitas.

    Que contrato?

    A alemã Fraport, que administra o Aeroporto Salgado Filho – e muito bem, por sinal – está sendo instada a bancar os custos da recolocação de centenas de famílias que arrancharam na área que será a extensão da pista. Só tem um pequeno problema: isso não está previsto no contrato que os alemães assinaram. Não à toa que somos conhecidos como rasgadores de contratos.

    A lógica do apostador…

    A Mega Sena acumulada deve pagar em torno de R$ 80 milhões no sorteio desta quarta-feira. O acumulado do sábado foi de R$ 63 milhões. E olha que o dia do pagamento foi na sexta-feira dia 5. Em circunstâncias normais, prêmios acima de R$ 60 milhões aumentam em torno de R$ 8 a R$ 10 milhões quando as apostas se dão em seguida ao dia do pagamento, que foi o caso. Deu bem menos. O que houve?

    …e o coice do porco

    A explicação que me ocorre, depois de décadas observando a dinâmica das apostas maiores ou menores: as filas nas lotéricas na sexta e no sábado foram para pagar quase que apenas as contas do mês. Quando o dinheiro não estava escasso como nestes tempos bicudos, o cara pagava as contas e arriscava um dinheiro a mais na Mega acumulada. Se não jogaram, é porque o dinheiro está mais curto que coice de porco.

    Imunoterapia premiada

    dr. João Isaacsson Velho recebendo premio ASCO (1)O médico do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento e Fellow da Johns Hopkins Hospital, Pedro Isaacsson Velho, recebeu o prêmio de Global Young Investigator da The Conquer Cancer Foundation da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Ele conquistou a condecoração por seu estudo clínico que avalia o tratamento com imunoterapia em pacientes com câncer de próstata.

    Foi o único brasileiro na história a vencer nesta categoria.

    Mundo Novos Danos

    Considerado o maior evento jurídico do sul do país, a XXIV Jornada Internacional de Direito será realizada nos dias 14 e 15 de junho, na Expogramado, em Gramado (RS). No primeiro dia, às 14h30, o advogado Eduardo Lemos Barbosa palestrará sobre o tema “Indenizações no Mundo. Novos Danos”, no qual evidenciará as maiores indenizações internacionais com suas consequências jurídicas. Mais informações: https://www.jornadadedireito.com/

    Namoro & namorados

    Fabrício CarpinejarNo mês dos Namorados, o BarraShoppingSul vai trazer o poeta e escritor gaúcho Fabrício Carpinejar e a youtuber e jornalista Kika Gama Lobo para um bate-papo sobre amor e relacionamentos. A segunda edição do Barra em Movimento acontece nesta sexta (14), às 19h30, na Praça Rosa dos Ventos, com entrada gratuita. Entre os temas que serão debatidos, está a confiança e a intimidade, aspectos que Carpinejar explorou em seu mais recente livro “Minha Esposa tem a senha do meu celular

    Músicas que eu gostaria de ter feito

    Leonard Cohen e Natasha Rostova. Pungente, trágica e belíssima.  Veja https://www.youtube.com/watch?v=-Otg5w4l8ZI&list=RDXoXsxccZi3M&index=3

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  • A história será gentil comigo, já que eu pretendo escrevê-la.

    • Winston Churchill •