Futebol-empresa
Foi aprovada ontem a lei que permite aos clubes de futebol transformarem-se em empresas. Poderão captar debêntures, por exemplo. Em compensação, podem quebrar como qualquer outra. Hoje, todos estariam falidos, quebrados de direito e de fato, sem estádios e outros bens, inclusive passes de jogadores.
Vai encarar?
Como é opcional, acredito que só dirigentes corajosos e profissionais encarariam essa, e em clubes em boa situação. Seria o fim do QI, “quem indica” jogador ou treinador. Ser conselheiro de clube seria conselheiro e zé fini. Em resumo, fim do amadorismo.
Os 15 maiores clubes de futebol do Brasil devem R$ 10 bilhões, o dobro da receita.
Esporte nacional
É empurrar com a barriga. Além da profissionalização citada acima, a lei que reduz a maioridade penal está em coma há 28 anos, informa Cláudio Humberto, no site Diário do Poder. É a irresistível vocação para as gavetas. Até que sejam esquecidas.
Ronha impressa
Hoje o voto impresso ou auditável deve ser votado em plenário. O esforço foi do presidente da Câmara, deputado Artur Lira, do PP das Alagoas. Fico na dúvida se ele ressuscitou o que parecia estar morto ou é às veras, como diz a molecada.
Agora se lembraram que Leonel Brizola sempre quis o voto impresso. Vamos ser francos. O esforço para auditar votos sempre foi desculpa de candidato derrotado.
O fim, ou o começo
Não entendi até agora a fúria assassina dos que são contra ele. Tipo ser “atentado à democracia” ou bobagens assemelhadas. Qualquer interesse contrariado no Brasil é atentado à democracia. Falta de argumento ou estoque reduzido de palavras.
Perigo Delta
O Sindicato Médico do RS (Simers) intensificou suas visitas técnicas aos hospitais e postos de saúde do Estado. A ideia é colocar diretores do Sindicato em contato com médicos e gestores municipais para saber se há medicamentos e equipamentos de proteção individual em caso de novo surto. No final, será feito um relatório com o mapa da situação.
O espanto do ET
Se um extraterrestre tivesse chegado nas Olimpíadas de Tóquio, mandaria uma mensagem urgente para sua galáxia de origem. Traduzido do extraterrês, seria assim: “Programamos nossa viagem com um ano adiantado. Na Terra, o ano não é 2021, é 2020. Acertem esse maldito calendário”.
O vestido do século
Que maravilha o vestido da mulher que entrou com as crianças na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos. As dobras de tecido descendo e tomando toda a base. Nunca tinha visto algo dessa forma. Ou muito me engano ou vai virar moda ocidental.
Gastronômicas
O comando suicida das sobremesas do canal Food voltou a atacar no final de semana. Para ver qual a melhor receita de doce incluíram nos itens fígado de pato. Diga-me alguém o que isso tem a ver com sobremesa. Como se recorda, no mesmo concurso colocaram sorvete e creme de baunilha misturados com azeitonas.
Achei engraçado que, no julgamento, um dos jurados referiu-se a uma dizendo que sentiu muito sabor de azeitona. Queria o quê? Gosto de mel?
Pizza de vinagre
Algumas pizzarias de Porto Alegre vendem pizzas de vinagre. Explico: botam azeitonas em conserva. Meia azeitona já contamina todo o prato.
Prazer em sofrer
O consumidor brasileiro é o mais otário do planeta. Gosta de sofrer. Em dias festivos como o Dia dos Pais, entram em filas e vão almoçar às 16h. Antes, bebem e devoram tira-gostos que tiram a fome. A casa agradece.