• Manchete da manchete

    Publicado por: • 20 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    mancheteA Revista Manchete, da Editora Bloch, rivalizava em tiragem com a Revista O Cruzeiro, que rodava um milhão de exemplares. O Cruzeiro morreu antes, com o esfacelamento do Diário e Emissoras Associados, a Globo da época. A edição comemorava a vitória dos militares em abril de 1964. Na capa, o ex-governador e deputado Carlos Lacerda, uma das línguas mais ferinas do Brasil. Primeiro apoio, depois rejeito o Movimento. Ele queria que os militares saneassem o país então adernado e o devolvessem aos civis. Adivinhem quem seria ou queria ser o candidato à Presidente da República? A Manchete ganhou muito dinheiro com matérias hoje chamadas de conteúdo editorial.

    Lacerda foi um caso raro de legislador e chefe de executivo bem-sucedido. Nos discursos que fazia na Câmara dos Deputados, mirava desafetos com suas frases desconcertantes. A maioria é conhecida. Certa vez, ele vituperou contra um adversário com seu estilo cáustico. O alvo pediu um aparte.

    – O que vossa excelência fala entra no meu ouvido e sai no outro.

    A resposta levou décimos de segundo.

    – Impossível. O som não se propaga no vácuo!

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  • Atire a primeira pedra

    Publicado por: • 20 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Quando Bolsonaro falou que a Noruega era aquele país que mata baleia só arranhou de leva a reputação. No Brasil, uma mineradora norueguesa lançava rejeitos tóxicos no rio Muripi, no Pará. E admitiu isso. A informação original é da BBC Brasil.

    JÁ OS ALEMÃES…

    Dizer que a Alemanha deveria reflorestar mais em vez de criticar o desmatamento da Amazônia tem um óbice. O país da Frau Merkel faz isso há décadas. Vinte anos depois do fim da II Guerra Mundial, a Alemanha já tinha mais árvores do que no início do conflito.

    …PLANTAM COM GEL

    Os espertos e criativos engenheiros florestais teutos desenvolveram, em meados dos anos 1970, uma forma de plantar árvores até em encostas íngremes e taludes formados na construção de rodovias. As sementes selecionadas de acordo com vocação para cada solo eram envoltas em uma espécie de gelatina e lançadas por helicópteros nestas áreas. O gel “grudava” nas encostas e as sementes germinavam em boa proporção.

    AS VISITAS DE EDUARDO

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro tem vindo com frequência para Porto Alegre. Há algum tempo, almoçou na Churrascaria Barranco. Explicável, porque sua mulher é de Novo Hamburgo. No domingo à tardinha, esteve em uma cafeteria na charmosa rua Dinarte Ribeiro, bairro Moinhos de Vento, um oásis nessa contaminada Porto Alegre.

    Aparentemente ele não tem seguranças a cercá-lo, mas só aparentemente. Bastou ele levantar da mesa que eles surgem como num passe de mágica.

    GUARDA PESSOAL I

    Faz lembrar um episódio da Legalidade, em 1961, episódio liderado por Leonel Brizola para garantir a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros. A tensão durou alguns dias, houve boatos que a FAB usaria os caças Gloster Meteor para bombardear o Palácio Piratini, mas no fim foi quase uma Batalha de Itararé.

    GUARDA PESSOAL II

    Um prefeito de cidade localizada a mais de 500 Km da capital gaúcha, pôs-se em marcha com um mini-exército para ajudar o engenheiro. Juntou centenas de voluntários dispostos a morrer pela causa. Na marcha, requisitaram comida, abateram bois das fazendas por onde passavam e mandava que cobrassem do governo. A fervura já tinha terminado, então Brizola mandou um emissário para dar um recado ao alcaide, não precisava mais.

    GUARDA PESSOAL III

    A contragosto, porque queria dar tiro de qualquer jeito, mandou um telegrama para o Palácio Piratini vazado nos seguintes termos:

    DISPENSEI TROPA VG SIGO GUARDA PESSOAL APENAS 10 HOMENS PT

    PT era ponto e VG vírgula

    SEU FERREIRA TINHA RAZÃO

    Em muitos episódios de valentia em plagas gaúchas cabe um poema do poeta Pernambucano Ascênsio Ferreira:

    GAÚCHOS

    Riscando os cavalos!

    Tinindo as esporas!

    Través das coxilhas!

    Sai de meus pagos em louca arrancada!

    — Pra quê?

    — Pra nada!

    E-book

    Recomendação do blog: sob o comando do consultor Harry G Fockink, abra o E-book gratuito sobre empresa familiar no www.fockink.com.br

    Na batida de Hollywood

    calçada da faunaEm tempos de Festival de Cinema, a Calçada da Fauna do Gramadozoo ganhou uma nova pegada. O projeto de educação ambiental gravou a pata do mão-pelada. O simpático animalzinho entrou para a galeria, ao lado de outras 16 espécies da fauna brasileira. Conforme a bióloga Tatiane Nunes, a educação ambiental é o principal objetivo da Calçada da Fauna.

    O BRASIL QUE FUNCIONA

    Consolidada como um evento para empresas de todos os tamanhos e dos mais diferentes setores da economia, a Expoagas 2019 – 38ª Convenção Gaúcha de Supermercados reunirá 48 mil pessoas ligadas à cadeia do abastecimento, entre hoje e dia 22 no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre. Serão expositores, supermercadistas de todo o Brasil e de outros 11 países

    Entre as palestras magnas, realizadas sempre pela manhã no Teatro do Sesi, os destaques deste ano serão a jornalista Glória Maria, com o tema É preciso reinventar-se; o consultor canadense Mike Ross, que abordará o comportamento dos consumidores no ponto de venda; o filósofo, professor e escritor Clóvis de Barros Filho, propondo reflexões de vida e carreira ao público; o jornalista Alexandre Garcia, abordando perspectivas para o Brasil; e o educador físico Márcio Atallar.

    Capitaneando as programações das tardes, amanhã às 15h, a atriz e bailarina Cláudia Raia contará detalhes de sua trajetória e motivará os participantes na programação feminina do Agas Mulher, com a palestra, “Nas raias do empreendedorismo!. No terceiro dia (22), será a vez do Agas Jovem.

    ARBITRAGEM

    A arbitragem, uma das principais alternativas para resolução de disputas empresariais, cresceu em média 10% ao ano no Brasil entre 2010 e 2017. Com o aumento da demanda, o escritório Souto Correa, já reconhecido por sua atuação na área, está reforçando a equipe com o ingresso do sócio Luís Peretti, que atuava como secretário-geral da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Ciesp/Fiesp.

    TESTAMENTO VIRTUAL

    Será realizada hoje palestra a cargo da advogada Ana Lúcia Piccoli, no Grupo de Estudos de Direito de Família do IARGS, sobre o tema “Testamento, Testamento Vital e Testamento Virtual – Inovações”, no quarto andar do instituto, a partir das 12h. Entrada aberta. Mais informações: 3224-5788.

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  • Palavra falada não é como um pardal. Quando ela voa, não se pode pegá-la de volta.

    • Provérbio russo •

  • Besteira engarrafada

    Publicado por: • 19 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Na edição de sexta-feira, comentei os lanches mais comuns dos anos 60 em Porto Alegre, alguns extintos. O melhor era o sanduíche de pernil de porco servido no Matheus, na Rua da Praia, defronte à Praça da Alfândega de Porto Alegre. O segredo era fatiar o pernil na hora; caso seja estocado, seca e fica sem graça. Esqueci de mencionar que o Matheus colocava no sanduba molho do cachorro-quente. Molho comum, nada rebuscado como hoje, alguns verdadeiros atentados.

    Curioso que, naqueles tempos, era comum beber uma taça (ou um copo) de vinho no almoço. Hoje, só quem tem moleza de tarde pode se dar a esse luxo. Além disso, pega mal no serviço beber de dia. Outra bebida comum nos almoços era leite. Sim, um copo de 300 ml de leite. Ou então refrigerantes. Tirando Coca, Pepsi, Guaraná e assemelhados. O diferencial é que se bebia muito Soda Laranjada ou Soda Limonada, fabricadas pela Minuano e Charrua. Aliás, boa parte das cidades do Interior tinham a sua versão local. A Água da Pedra, de Lajeado, era a melhor por usar sua água mineral. Claro que o sabor era artificial. Mas era bom.

    Em 1974, o Ministério da Agricultura fez uma daquelas besteiras que tanto nos caracterizam. Obrigaram os fabricantes de bebidas com sabor artificial a colocar 20% da fruta correspondente. Imaginem o problema logístico das empresas. Ficou uma droga, porque os 20% do suco adicionado quase sempre tinha muita polpa. Não raro azedava na garrafa. Perdia todo sabor. No mínimo, era um Frankenstein líquido.

    É para vocês verem que besteira não tem idade.

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  • Visita guiada

    Publicado por: • 19 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    No auge do poder do Império Soviético, anos 1950, os camaradas da Praça Vermelha acharam que estava na hora de abrir um pouco a Cortina de Ferro para turistas selecionados. Além da triagem minuciosa, as visitas eram guiadas e só para locais previamente determinados pelos cardeais do Kremlin. Levaram um americano que gostava de teatro ao Bolshoi.

    CULPA DO ALABAMA

    Entusiasmado pelo ofício e pela precaução, o guia russo levou o turista por todo o teatro, mostrando a riqueza da construção e os detalhes do extraordinário trabalho feito pelos construtores desde 1855. A alturas tantas, o americano olhou em volta e observou que não havia nenhum russo visitando o teatro, e mencionou o fato ao guia. Ele fechou a cara e disparou uma só frase.

    – E vocês por acaso não enforcam negros no Alabama?

    ALHOS POR BUGALHOS

    É a mesma coisa quando colunista critica Bolsonaro. Na página 3 do JC, registro, como aqui, meu espanto pelas frases bobas e saias justas que o Capitão cria para ele próprio e, ao fim e ao cabo, comprando briga com Deus e todo mundo, e de graça. Aliás, eu e trocentos outros colunistas. O que vem de troco são e-mails irados de leitores, que perguntam se eu por acaso prefiro a volta de Lula e Dilma que tanto embrulharam o país. É o Alabama.

    SEM QUERER QUERENDO

    Sempre digo que, mais que as transformações mundiais e domésticas, espanta-me a velocidade como elas se sucedem. E acelerando. Até nisso o Capitão é parecido. Era uma bronca por semana, depois diária e ruma para várias por dia. Fico me perguntando se o presidente não está cometendo diatribes de propósito. No popular, suicídio político sem querer querendo.

    BORDER LINE

    Apesar de criticá-lo pelo que fala, o governo acerta no atacado, com as reformas e tudo o mais. Graças a Deus o Paulo Guedes está aí para recolocar a locomotiva nos trilhos, ele e seus auxiliares e outros ministros em postos-chave. Bolsonaro vive pisando no limite, e para mim ele vai ultrapassá-lo quando mexer no time que comanda a Economia. Neste momento, adeus tia Chica.

    TEMPERATURA MÍNIMA

    Quando – não é nem se – o ministro Sérgio Moro cair de banda, atirando ou não, vai ser um baque na credibilidade do governo. Recorde-se que recentes pesquisas mostram que o prestígio do Ministro da Justiça não sofreu abalos com os vazamentos das mensagens sobre a Lava-Jato. A recente fervura com a Polícia Federal mostra que não é uma guerra de improviso, é uma guerra pensada.

    O BRASIL QUE FUNCIONA

    MODELOS MENTAIS

    O comunicador Dado Schneider e o estrategista de marcas Cassio Grinberg são os convidados da sexta edição do Seminário Caminhos para o Futuro, promovido pela Fundação CEEE. O debate será sobre a necessidade de mudar modelos mentais e tendências para algumas áreas, e por isto, o tema reforma da previdência também estará na pauta. “Após a reforma, as pessoas terão mais dificuldade para viver somente com a aposentadoria do INSS. Nesse sentido, terão que buscar alternativas para manter seu padrão de vida. A Previdência Privada é um caminho para suprir as necessidades financeiras futuras de uma parcela maior da população”, afirma Rodrigo Sisnandes Pereira, diretor-presidente da Fundação CEEE.

    O evento gratuito acontecerá dia 27/08, a partir das 13h30, no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, em Porto Alegre. Inscrições no www.familiaprevidencia.com.br/caminhos

    ELE MERECE

    Entregue anualmente pela AGAS a um fornecedor do varejo que, com sua lisura, dedicação e relacionamento, tornou-se modelar para o segmento supermercadista do Rio Grande do Sul, a Medalha Don Charles Bird – que leva o nome do primeiro presidente da Associação – neste ano, será entregue ao presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogério Bruno Sauthier, um líder que atuou decisivamente na consolidação do modelo cooperativista e, com isso, contribuiu em diversas frentes para o crescimento da economia do Estado.

    “Queremos saudar o exemplo de Rogério Sauthier, um líder muito à frente do seu tempo, que desenvolveu os pilares do associativismo para incentivar o crescimento dos cooperados”, sublinha o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. A medalha será entregue ao homenageado na solenidade de abertura da Expoagas 2019, marcada para as 9h desta terça-feira (20), no Teatro do Sesi.

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