Publicado por: Fernando Albrecht • 15 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas •
O futuro embaixador brasileiro nos EUA, deputado Eduardo Bolsonaro, disse que diplomacia sem armas é como música sem instrumentos. A frase não é dele, é do Chanceler de Ferro Otto von Bismarck (1815-1896). Sempre é bom dar a fonte.
…ME DÁ UM PORRETE AÍ
Talvez fosse o caso de lembrar o general prussiano Carl von Clausewits: “A guerra é a continuação da diplomacia por outros meios”. No contexto da época, ambas as frases faziam sentido. Hoje, é mera provocação. O inventor da diplomacia guerreira foi o presidente americano Teddy Roosevelt: Fale manso, mas sempre tenha um bom porrete (big stick) à mão.
O CASO FRAPORT
Houve um debate no Tá na Mesa da Federasul sobre insegurança jurídica. O mote foi a remoção das famílias que estão na área do prolongamento da pista do Aeroporto Salgo Filho, a ser construída pela concessionária alemã Fraport. O MPF entendeu que o custo deve ser deles. No contrato, há controvérsias.
ETERNA INSEGURANÇA
Depois de hoje cristalizei mais que mel minha posição, o Brasil nunca terá segurança jurídica. Não é possível com tal emaranhado jurídico. Aposto que os alemães devem estar arrependidos em investir – até agora US$ 1 bilhão no Salgado Filho, com obras entregues antes do prazo e sob elogios gerais dos passageiros.
ME TIRA O TUBO!
Mesmo sendo em área invadida, soube que alguns dos 1,3 mil moradores podem requerer usucapião e que outros terão o sagrado direito de continuar morando na área. Com isso, adeus ampliação da pista.
O PULO DO GATO
Coloque-se no lugar de um morador bem instruído por advogados: quando restar só ele, a concessionária vai ter que pagar os tubos para que ele saia da área.
O NEGOCIADOR QUE…
Houve um caso parecido no Rio de Janeiro, início dos anos 1970. A então poderosa construtora Gomes, Almeida Fernandes queria construir um prédio luxuoso em Copacabana. O obstáculo era um prédio antigo habitado por pessoas idosas, que não queriam papo. A empresa então isolou o morador líder da tchurma, o condômino-alfa. Disseram a ele que se ele conseguisse que os outros aceitassem a (boa) oferta da construtora pagariam a ele o dobro do valor. Ele topou.
…VIROU MALANDRO
Levou um certo tempo, mas todos os moradores aceitaram a oferta, bem acima do valor de mercado. Então todos eles assinaram o OK com a empresa. Como ato final, pediram ao negociador que assinasse o contrato para liberar e depois demolir o prédio. Adivinhem o que aconteceu. Isso mesmo, ele pediu não só o dobro do valor pago aos outros, queria três, quatro ou mais vezes, ninguém ficou sabendo do valor final.
Esse comportamento virou escola. É aplicado especialmente nas desapropriações para fins de obras públicas
O FUTURO ASSUSTA O PASSADO
O dinheiro de papel vai desaparecer. O caixa dos bancos vai ser o celular, salvo para miudezas. A dúvida para o futuro – que está cada vez mais perto – é como a grande massa dos brasileiros vai lidar com esses novos meios de pagamento. Não é de se duvidar que ele volte a botar dinheiro embaixo do colchão.
SEM PALAVRAS
O que dizer de um País que muda as placas automotivas e um ano depois diz que elas não são obrigatórias? Digam vocês, porque eu desisto
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