• Não olhe onde você caiu, mas onde você escorregou.

    • Provérbio africano •

  • A mostarda da Margô

    Publicado por: • 12 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    Meu amigo Henrique Fuhro, se vivo fosse, estaria hoje com 80 anos, e esse foi o nome da exposição de suas obras no Memorial do RS, curadoria de Renato Rosa. Quem prestigiou o evento foi seu grande amigo, o ator Paulo César Peréio. Fuhro e eu trabalhamos juntos na agência de propaganda Publivar, em 1978, mas já nos conhecíamos antes. De fato, lembro dele com sua vasta cabeleira branca na segunda metade dos anos 1960. Guardo as melhores recordações do Gordo, uma figuraça inteligente e divertida.

    Não tive muita intimidade com Peréio, embora a mãe dele, dona Maria de Campos Velho e minha sogra, Leda, fossem muito amigas e, em certa época, vizinhas de prédio. Quando o ator vinha ao Rio Grande do Sul, logo procurava o Fuhro e, naturalmente, iam aos bares. Um deles, era o Bar Arthur, na rua Alberto Bins perto do viaduto da Conceição. Foi fundado ainda nos anos 1930 e, na época em que o frequentei, pertencia ao seu Heinz, cuja irmã Margô cuidava da cozinha. Era pequeno, não mais de sete mesas. Comida supimpa, especialmente o sanduíche aberto, o sültzen e outros petiscos alemães.

    Peréio gostava de mostarda forte. Num início de noite, estávamos nós três em libações, comendo o famoso sanduba da casa. O ator reclamou que a mostarda era fraca. A Margô veio com uma mais forte. Espalhava a mostarda no dorso da mão e a lambia.

    – Muito fraca. Margô, não tens nada mais forte?

    A irmã do seu Heinz ficou ofendida. Foi na despensa e tirou o pó de um vidro de mostarda extra-forte. Tão forte que bastava abrir uma frestinha no vidro para que você chorasse sem parar. Pois ela botou o vidro na mesa com o nariz encoberto com a mão de tão forte que era o cheiro.

    Peréio deu uma senhora lambida no produto amarelo e, sem lacrimejar, deu o veredicto.

    – É, não é bem muito forte. Mas tá de bom tamanho.

    Só de olhar para ela quase tive uma coisa. Se comesse, morria.

    Publicado por: Nenhum comentário em A mostarda da Margô

  • O varejão do Clóvis

    Publicado por: • 11 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Varejão no bom sentido. O Grupo Tramontina inaugurou ontem, em Carlos Barbosa (RS), sua T factory store, loja-conceito na cidade onde tudo começou há 107 anos. Clóvis Tramontina lambe sua cria de R$ 30 milhões, que no seu ventre disponibiliza 10 mil itens. A empresa do seu Clóvis possui 13 destes centros e dez fábricas. Não há lar ou cozinha que não tenha alguma vez usado um produto da Tramontina.

    O Signo dos 4

    Escrevi na página 3 do Jornal do Comércio uma nota com o título acima sobre o assunto, também livro que Arthur Donan Doyle escreveu para Sherlock Holmes. Pode também ser chamada para a história do atentado contra Jair Bolsonaro perpetrado por Adélio Bispo Oliveira. Como é que alguém que vive de bicos eventuais consegue ter quatro celulares e também quatro advogados para defendê-lo é um mistério.

    O milagre

    Os advogados teriam sido contratados por uma Igreja de Minas Gerais, que nega seu envolvimento. Talvez estejamos na frente de um milagre da multiplicação de celulares e advogados, tal como Jesus Cristo operou o milagre da multiplicação dos pães e peixes. Obra divina reforçada porque Bispo vivia de empregos eventuais, portanto, era homem de baixa renda. Então, tudo a ver.

    DEVE TER FOTOS/REPRODUÇÃO DE CAPA DE JORNAIS COM O CARLOS LACERDA COM PÉ ENGESSADO SENDO CARREGADO

    Mar de lama

    lacerdaFalar em atentados, o mais famoso da história do Brasil ocorreu em 1954, ação radical que visou o assassinato do jornalista e político Carlos Lacerda, ocorrida na madrugada do dia 5 de agosto de 1954, em frente à sua residência, no número 180, da rua Tonelero, em Copacabana, Rio de Janeiro.

    O tiro que matou o guarda

    Culminou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz e no ferimento do guarda municipal Sálvio Romeiro. O Governo Vargas rateava, falava-se em um Mar de Lama em que ele estava mergulhado. Começou aí a derrocada fina do presidente da República Getúlio Vargas, levando-o ao suicídio, 19 dias depois. Brigar com Carlos Lacerda nunca foi uma boa ideia.

    Eles nunca sabem

    Tal como hoje, os governantes nunca sabem. Saquearam estatais na ordem de bilhões de reais e eles não sabem. Quem sabe, não queriam saber. No caso de Getúlio Vargas, a TV Cultura apresentou uma série de programas sobre a trajetória do Pai dos Pobres, desde a Revolução de 1930 até sua morte. A ditadura do Estado Novo (1937-1945) cometeu atrocidades comuns a ditaduras do terceiro mundo. O Chefe de Polícia, Felinto Müller, obviamente agia de forma a dar ao patrão “eu não sabia”.

    E nem querem saber

    Curioso como esse período tenebroso da nossa história não seja ensinado nas escolas. Os presos políticos eram torturados de todas as formas, como arrancar dentes, arrancar unhas, entre outros “interrogatórios” radicais. E o Anjo Negro, Gregório Fortunato, guarda-costas de Getúlio, movia-se livremente, e seria dele a ordem de matar Lacerda.                      

    Efeito sonoro

    A 99, empresa de mobilidade urbana que está bem esperta no mercado gaúcho disputando o mesmo público do Uber, integra a gigante chinesa DiDi Chuxing. Ontem ela disponibilizou a ação “Vai e Volta 99”, que dará desconto por geolocalização em estações de ônibus e trem na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eu gostei é da sonoridade da dona, Didi Chuxing, didichuxinbg, didichuxingue como dia o ex-governador Alceu Collares.

    Jornal do Comércio

    Leia e assine o JC clicando aqui.

    Publicado por: Nenhum comentário em O varejão do Clóvis

  • A História é contada pelos vencedores.

    • George Orwell •

  • Publicado aqui há quatro anos

    Publicado por: • 11 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    A Apple lançou iPhones com telas maiores, de 4,7 e 5,5 polegadas. Em um futuro próximo, poderemos ter celulares com as dimensões dos antigos notebooks e, em seguida, do tamanho de um PC. Então, em algum ponto do Vale do Silício um gênio vai criar telefones cada vez menores, até chegar às dimensões dos antigos “Nokinhas”, os pequeninos que resolviam.

    Quando chegarmos a este estágio, outro gênio vai criar um celu com tela maior, em seguida outro vai criar um maior ainda até chegar ao tamanho de um PC. Em seguida a Apple vai lançar iPhones com telas menores e depois…

    Publicado por: Nenhum comentário em Publicado aqui há quatro anos