Novo exército
Aumentam consideravelmente as tropas do exército dos que não acreditam mais nas pesquisas. Eu não iria a tanto, embora não acredito nelas como oráculo definitivo de 2022, que a vitória de Lula sejam favas contadas. Pesquisas, aprendi com o panamenho Homero Icasa Sanches, que trabalhou com o Ibope nos anos 1980, variam muito. Mas quem varia mais ainda é a cabeça do eleitor. Não à toa Homero era chamado de El Brujo neste círculo.
O que suspeito, isso sim, é que as perguntas feitas pelos entrevistadores não deixam opções ao entrevistado, um brete adrede preparado. Isso também aprendi com o bruxo.
Alvo colimado
A essa altura do campeonato, acho difícil Jair Bolsonaro sair dessa enrascada. Acho que não dá tempo de ele ser impedido, mas está sangrando bastante. Creio que o objetivo inicial era esse, aliás.
O porém de sempre é que Capitão ainda tem fatia considerável do eleitorado, em torno de 28/30%. Ocorre que há outra fatia que os calculistas nunca levam em conta, os que acham seu governo “regular”. Se não é bom, também não é ruim, e não pode ser somado às forças lulistas.
Os perigos do planejamento
Por último, mas não por fim, se Bolsonaro realmente sofrer impeachment, assume o vice Hamilton Mourão, respeitado pelos meios castrenses, os militares, como por considerável parte da sociedade civil. Mesmo com pouco tempo no Governo, faz a cama para ser forte candidato em 2022. Se assim for, e se ele quiser, estraga os planos da esquerda. Neste caso, seria ele a terceira via com chances reais de vitória.
Como diz um provérbio iídiche, o Homem faz planos e Deus ri.
A última dose
Durante a ditadura do uísque em Porto Alegre, anos 1970, era costume dizer não garçom que lhe trouxesse “a saideira”, a última dose da jornada. Agora a polêmica sobre a necessidade ou não de uma terceira dose poderia perfeitamente ser chamada de “saideira”.
Porém…
Só que não. Devemos nos acostumar com uma dose anual contra a Covid assim como na vacina contra a gripe. O porém de sempre é que é questão de tempo, talvez até no curto prazo, o aparecimento de medicamentos poderosos contra a doença.
Acho até que eles já existem. Ainda estão na reserva não-remunerada porque vacina dá mais dinheiro por ora. Assim caminha a humanidade.
A vez dos pequenos
Os fabricantes de televisores e as redes que os comercializam estão oferecendo descontos em conta para quem quiser comprar um novo. Fico me perguntando se parte dessa moleza não se deve à concorrência das TVs em miniatura, celulares e tablets e notebooks, o que deve ter diminuído a demanda pelas grandalhonas.
O último reduto
Creio também que tenha a ver com portabilidade. Não se leva um televisor pelos cantos da casa- incluindo o banheiro. O vaso sanitário é o último refúgio seguro da humanidade. Provisoriamente.
Mas cá entre nós e a comadre da vizinhança, pode alguém se contentar em assistir filme ou documentário pelo celular?
« Você conhece o poder do não? O esperto doutor Camacho (*) »