• As pedras do dominó

    Publicado por: • 30 jun • Publicado em: Notas

      Tudo vai desmoronando neste mundo que já foi de Deus. O Cardeal George Pell, terceiro na hierarquia do Vaticano, foi formalmente acusado de abusar de crianças. O tanque de lavar roupa suja das mais honoráveis instituições extravasou.

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  • Nem tudo que reluz é ouro

    Publicado por: • 30 jun • Publicado em: Notas, Sem categoria

     O Supremo Tribunal Federal jamais deveria ter aberto as suas sessões. Se o Judiciário como um todo já sofreu profundos cortes na sua imagem, o STF deveria se preservar. A Corte e seus ministros. O que virou rotina é o que o povão chama de barraco. Noves fora as vaidades.

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  • Eu fora!

    Publicado por: • 30 jun • Publicado em: Notas

     Outro dia, ouvi alguém da redação comentar que procurou na sua editoria quem redigisse um texto de 15 linhas para fechar a edição, um resumo de fato conhecido de todos. Ninguém se ofereceu. Ao contrário, foram se escapando de fininho dentro da melhor filosofia do quem não é visto não é lembrado. Parecia um escritório qualquer e não uma redação de jornal, que sempre foi algo efervescente.

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  • Clima de hospital

    Publicado por: • 30 jun • Publicado em: Notas

      Esse clima de entusiasmo deu lugar para um ambiente morno, asséptico. Ora, se no passado, um foca que fosse recusaria um convite desses. Novatos e veteranos se esguelhariam para redigir as tais 15 linhas. Ninguém perderia a chance de escrever um texto curto que fosse, era uma questão de orgulho profissional abrir o jornal no dia seguinte se extasiar peito inflado de orgulho para dizer “olhem, esse texto é meu!”.

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  • A maldição do pinheiral

    Publicado por: • 29 jun • Publicado em: Caso do Dia

     Tudo que eu gosto de comer apresenta diversos graus de dificuldade até que chegue na minha boca. Foi assim com os pinhões que a presidente da Fundação Fernando Albrecht cozinhou para mim antes de viajar. Na minha ignorância, deixou a panela na geladeira. Alguém devia ter me dito que pinhão frio é difícil de abrir. Parto de pinhão é um parto.

     Cada desses frutos da araucaria brasiliensis contém tanto ferro que pode interessar até a siderúrgica do seu Jorge. E cada um contém 22 calorias, portanto, senhoras, ele engorda. Retomando a história: levei um saco plástico cheio deles para a redação. Para abrir o primeiro, levei 10 minutos usando uma faca homicida; nos seguintes, levei metade do tempo. Parei lá pelas tantas porque precisaria a tarde inteira para comê-los todos.

     Certa vez, ganhei de presente uma engenhoca de madeira para abrir pinhão. Na realidade, mais esmagava que abria, mas quebrava o galho, embora fizesse uma sujeirada – já viram como ficam as unhas depois de abrir alguns? Enfim, em algum momento da criação, o nosso pinheiro nativo lançou uma praga, tornando seus frutos mais difíceis de abrir que caixa preta de seguradora.

     A maldição bíblica do Adão está errada. Comerás o pão com o suor do teu rosto foi liberdade poética. O certo é comerás o teu pinhão a duras penas. Não tem como ser feliz neste mundo de Deus. Se a melancia ainda nascesse com alça…

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