• A petulância da crocância

    Publicado por: • 10 jul • Publicado em: Notas

     Em compensação, não tem prova de prato ou degustação ou crítico culinário Chef que ressalte a crocância de diversos alimentos. Até quando eles não a tem. Para mim, quem precisa ter crocância é croquete, aquela capinha por fora. Pastel também, mas não em exagero. Basta aquele barulho de folhas secas quando se mastiga. Até hoje, prefiro o Pastel Perfeito. É o meu Santo Graal.

     Croque não consta no dicionário, salvo em náutica, mas era a arte de dar um croquete com os dedos de punho fechado na cabeça de alguém. Se usava muito em décadas anteriores. Geralmente, eram adultos dando croque nas crianças malcriadas. Hoje, eles seriam presos. E levariam croques dos colegas de cela.

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  • Aliás

    Publicado por: • 10 jul • Publicado em: Notas

    …nunca confunda croque com escroque. A diferença, como falei acima, é que quem dá croque pode ir preso. Já o escroque costuma se safar.

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  • Gaúchos reforçam aproximação com instituições japonesas

    Publicado por: • 10 jul • Publicado em: Notas

     O governo do Estado do Rio Grande do Sul participou do 3º Diálogo Brasil-Japão sobre Agricultura e Alimentos, realizado nesta sexta-feira, 7, em São Paulo, com as presenças do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, e do vice-ministro Parlamentar de Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Kenichi Hosoda.

     O diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein, que representou o governo do Rio Grande do Sul no evento, acompanhado de Marcelo Baumgarten e Astrid Schünemann, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência  e Tecnologia (Sdect), falou a 60 empresários e investidores japoneses no painel “Melhorias na infraestrutura de transportes de grãos no Brasil”.

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  • O Betting das lavadeiras

    Publicado por: • 10 jul • Publicado em: Artigos

     Esses dias, deparei com o número 111 numa imagem na Internet e este simples fato me remeteu à década de 50, século passado, quando, ainda muito jovem, comecei a frequentar o Hipódromo dos Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Abrindo um pequeno parêntese, é interessante relembrar que, final do século 19, início do século 20, Porto Alegre contava com quatro hipódromos regularmente funcionando: Boa Vista, Riograndense, Navegantes e Independência (Moinhos de Vento). Atualmente, Porto Alegre conta com o Hipódromo do Cristal.

     Do pradinho da Independência, hoje transformado numa imponente praça (Parcão), restam as agradáveis lembranças dos craques que ali atuaram. Destaque para Estensoro, o melhor cavalo de todos os tempos, dos jóqueis Antonio Ricardo, Mário Rossano, José Fagundes, Clóvis Dutra, Roberto Arede, Oraci Cardoso e tantos outros. Suas vitórias e seus recordes, suas tantas alegrias e tristezas, foram substituídas, hoje, por um público ávido na condição física ao praticar o seu jogging, nem imaginando que, aquele mesmo, mesmíssimo local, há 58 anos era o palco de tantas e tantas emoções, visita obrigatória de políticos famosos e das mulheres mais charmosas da cidade, com seus vestidos e chapéus exuberantes e multicores, nos Grandes Prêmios que ali eram realizados.

     Um dos tantos atrativos das tardes turfísticas daquela época era o desafio de acertar os vencedores dos 3º. 4º. e 5º. páreos, aposta conhecida por Betting pequeno, ao custo de 5 cruzeiros (moeda à época), ou os três últimos páreos, 6º. 7º. e 8º. – o Betting grande – este custando 10 cruzeiros. O público adorava estes dois concursos e, mesmo aqueles que não os acertavam, se misturavam aos ganhadores junto aos guichês onde era feita a demorada conferência manual (computador, nem pensar naquela época!) ansiosos em saber quantos eram os felizardos e o valor do prêmio a ser distribuído.

     Considerando que, normalmente, os números 1 eram os mais prováveis ganhadores dos páreos, quando ocorria a vitória de três deles, formando o Betting 111, criava um clima de euforia geral e contagiante, pela ocorrência de um grande número de acertadores e, em consequência, um rateio bastante baixo. Quando isso acontecia, o comentário geral – e, algumas vezes, até a manchete dos jornais do dia seguinte – era que acontecera o “Betting das Lavadeiras”, numa clara alusão ao baixíssimo valor cobrado por aquelas humildes senhoras que iam de casa em casa, buscando as roupas para serem lavadas e as entregavam, dias depois, impecavelmente limpas e engomadas.

     Aproveito para homenagear à todas elas, na pessoa da saudosa Dona Ambrósia, que atendia lá em casa.

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  • Torturadores de alface

    Publicado por: • 7 jul • Publicado em: Caso do Dia

     Estou dizendo que, um dia, ainda vão descobrir que o cigarro faz bem para alguma coisa. Senão, vejamos. Estava eu em posição zen deitado na minha cama comprada de um rei de Pasárgada, vendo o programa Primeira Página no canal SIC, a TV portuguesa, quando levei um susto. O programa exibe as capas das principais e revistas portuguesas e europeias, e, em um dado momento, não quis acreditar no que lia. A apresentadora mostrava as capas das publicações e em uma delas estava: “Um copo de vinho por dia pode causar cancro”, ou câncer na língua de Camões.

     Esfreguei os olhos. A não ser que tenha sido erro de quem fez o título, ou quem sabe uma parte da frase escondia algum “evita” o cancro, mas não estou tão maluco nem tão cego assim. Valha-me meu bom José de Arimateia. Até tu, flavonóide, até tu estás a semear a cizânia no universo dos alimentos saudáveis? Olha que algum tomate ou brócolis pode te processar! Plantas sentem dor e alegria como os humanos, vocês sabem. Pode-se ouvir o grito de dor dos alfaces quando são mastigados, os uivos dos vegetais cozidos no vapor. Yes, verduras e legumes estão sendo exterminados pelos naturebas radicais.

     Quando eu fazia o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, que Deus o tenha, o Affonso Ritter teve um ataque e disparou, em sequência, lemas apocalípticos.

     – O ar que respiramos está poluído, a água que bebemos está contaminada, frutas e verduras estão cheias de agrotóxicos…

     Neste ponto eu o atalhei:

     – Se assim é, como vivemos cada vez mais tempo?

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