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Falar em bebida, vi no programa Booz Travel (Drinques pelo Mundo), da Sky, que o país que bebe mais do que os EUA, Inglaterra e Rússia juntos é a Coreia do Sul. Já vi uns 30 episódios deste programa, em que o apresentador percorre países conhecidos e desconhecidos descrevendo usos, costumes, comidas e bebidas, na maioria destilados, não por esta ordem. Cheguei à conclusão que bebemos pouco no Brasil. Pelo menos, começamos mais tarde e não cedo de manhã.
Toda comparação que se faça com a Coreia do Norte deve ser aceita com reservas. Não que eu goste dessa ditadura, ao contrário. Mas por tudo que já li e ouvi de turistas não existe povo mais narcotizado pela lavagem cerebral que os norte-coreano. Como a censura é total, eles acham que tudo que se fala dos países desenvolvidos é mentira. Ou então eles bebem mais que os sul-coreanos.
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre derrubou o veto do prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) e ampliou o prazo até 2020 para que os chamados carrinheiros continuem a usar essa forma arcaica de recolher restos. Somos uma cidade estranhíssima, ou pelo menos o nosso legislativo é.
O que mais polui numa cidade são os automóveis carburados, velhas jaburecas que empestam o ar com forte cheiro de gasolina não queimada ou, pior, junto com a fumaça do óleo queimado de um motor que está nas vascas da agonia, a descarga dos motores diesel desregulados de ônibus, caminhões e vans. Pois nesses os nobres vereadores nem cogitam em dar um basta.
Já contei e vou contar de novo: nos anos 1990, um executivo alemão que percorreu o país, contou-me que invejava o Brasil.
– Ué! – falei, – É ironia?
– Nenhuma – disse ele. – Aqui falta fazer tudo.
maio 3 •
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