• Politiquim

    Publicado por: • 10 ago • Publicado em: Politiquim

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  • Se quiser se perder, siga a sinalização

    Publicado por: • 10 ago • Publicado em: Caso do Dia

     Todo mundo é valente no trânsito com um navegador à mão ou no painel. Parágrafo primeiro: valente, mas com um pé atrás com temor do traçado incluir a Vila Cruzeiro de Porto Alegre, por exemplo. No meu mundo, a cidade ideal seria aquela em que você poderia ir de uma rua qualquer na Zona Sul para seu destino em rua da Zona Norte guiando-se apenas pela sinalização viária horizontal e vertical, incluindo placas com nomes das ruas nas esquinas e respectivos bairros. O que evitaria que se entrasse em zona de alto perigo. Mesmo sem conhecer a Capital gaúcha, como um turista.

     Teoricamente – nunca se usou tanto essa palavra –, isso deveria ser obrigação da prefeitura, ou das prefeituras. No Brasil inteiro, a sinalização nas cidades e nas rodovias é um desastre. Até pontos turísticos. Matutei muito sobre isso. Placas indicativas de cidades ao longo das rodovias são quase sempre colocadas, quando são, em cima do laço. Em boa parte, quando se lê o aviso, já se passou do acesso.

     Descobri por quê. A placa é pintada por alguém da região. Então ele sabe e, na cabeça pequena dele, todo mundo também deve saber.

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  • Morar na água, ou como desistir de acelerar

    Publicado por: • 10 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

     Até chegar o primeiro choque do petróleo, em 1973, a gasolina era barata como verdura murcha de quitandeiro. O barril custava US$ 2,00 e pulou para US$ 11,00 de um dia para outro. Todos os países entraram no modo econômico. Com reservas mais estreitas que fio dental, o governo brasileiro tomou alguns providenciamentos, como dizia o coronel Odorico Paraguaçu. Limitou os horários de funcionamento dos postos e ordenou até o fechamento deles nos finais de semana.

     A ideia mais estapafúrdia para obrigar os motoristas a pegar leve no acelerador foi da VW. A Brasília, carro-chefe de vendas da montadora, passou a ter uma mola diferente no curso do pedal do acelerador. Nos primeiros dois centímetros, a mola era fraca, mas, em seguida, deixava o pedal cada vez mais duro. Para trafegar a 70 Km/h ou mais você tinha que ter pé de atleta, e não falo no sentido clínico, a infecção dos pés, mas literalmente. Para ultrapassar um carro, você quase tinha que ficar em pé usando o peso do corpo para aumentar o giro do motor.

     Os clubes náuticos de Porto Alegre, Veleiros do Sul, abrigavam lanchas potentes com motores beberrões, com cabina, bar, beliche e uma salinha. A mais famosa era a Cabrasmar. Encher o tanque custava uma babilônia de dinheiro, então, saíam de vez em quando. Na maior parte do tempo, ficavam ancoradas no píer, uma do lado da outra. Nos finais de semana, os donos passavam horas dentro delas com ou sem família ou amigo.

     Um deles tinha o apelido de Capenga, por ter defeito em uma perna. Gente fina ele. Não se amofinava pelo apelido e fazia troça do defeito. Fosse hoje, com essa mania de politicamente correto, até ele seria processado por se apresentar “Prazer, Capenga”.

     Certo sábado, ele me convidou para comer peixe frito que ele cozinhava no barco. Lá pelas tantas, apontou a fileira de lanchas Cabrasmar com a popa descoberta.

     – Sabes como é o apelido dessas lanchas?

     Eu não sabia.

     – Porta-copos.

     E arrematou:

     – Como custa muito caro encher o tanque, os donos passam os dias bebendo no barco parado. Só servem para isso.

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  • Barulho não prova nada. Uma galinha bota um ovo e cacareja como se estivesse botado um asteroide.

    • Mark Twain •

  • A notícia

    Publicado por: • 10 ago • Publicado em: Notas

    Não haverá aumento de impostos. (Michel Temer

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