Um nome chamado Olina

27 fev • A Vida como ela foiNenhum comentário em Um nome chamado Olina

Certa vez, um colega jornalista dizia que um povo que reza cinco vezes ao dia não podia dar certo. Mas o que dizer de um povo que bota nos filhos nomes estrambólicos como Dionatan ou Dienifer? E acrescido de Steice?

Nos anos 40 e 50, foram batizadas muitas Olina (elixir para combater cólicas e dor de estômago) e Analices. Segundo um antigo escrivão, Analice vinha de “análise” nº tal das embalagens de alimentos.   

No bar Pelotense dos anos 70, havia um advogado famoso, muito divertido, o doutor Pacheco, que tinha uma técnica especial para escolher clientes. Tipo tolerância zero.

Assim que alguém assomava na portas do escritório, Pacheco perguntava o nome do vivente. Se saísse uma esquisitice, fazia um não com o dedo indicador em movimento bem largo, bem lento. Não pegaria o caso. 

– Mas como, doutor, o senhor nem ouviu meu caso?   

 – Não tem conversa. Teu pai já não prestava.

Nome é coisa complicada, já dizia o falecido jornalista Melchíades Stricher, que se pronunciava “Melquíades.”

E não poucos negócios e amizades foram estragados porque alguém riu do nome de alguém.       Aquela coisa de perder o amigo, mas não a piada.

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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