• Bem de troco, é?

    Publicado por: • 26 out • Publicado em: Notas

     Durante algum tempo, divertia-me ao observar a reação dos caixas quando queria facilitar o troco. Por exemplo, se o valor da compra dava R$ 23,00 e eu passava uma nota de R$ 50,00, alcançava R$ 3,00 para ela me dar os R$ 30,00. Na maioria das vezes, coçavam a cabeça e diziam que estavam bem de troco, que não precisava. Bem de troco uma ova.

    Publicado por: Nenhum comentário em Bem de troco, é?

  • Cartão Banrisul

    Banrisul Mastercard -cartão Busines Platinum-

    Publicado por: • 26 out • Publicado em: Notas

     O Banrisul lançou o cartão de crédito Mastercard Business Platinum direcionado às empresas dos segmentos da indústria, comércio e serviços. O novo produto oferece as principais funcionalidades de um cartão de crédito e os benefícios de um cartão Platinum.

    Publicado por: Nenhum comentário em Cartão Banrisul

  • Inovação na construção de empregos

    Publicado por: • 26 out • Publicado em: Artigos

      Analisando o cenário econômico brasileiro, constata-se uma redução da produção na construção civil, tendo como um indicador a drástica redução das contratações no setor. De acordo com o relatório mais recente do IBGE as empresas deste ramo registraram, em termos reais, retração de 16,5% dos postos de trabalho, na comparação de 2014 e 2015. Sendo setembro de 2014 o início da crise deste mercado. Mas a que se deve o retrocesso de um dos setores que mais gera empregos aqui no Estado? Existem indícios de que a situação político-econômica seja um dos fatores determinantes para as dificuldades em que se encontra a construção civil. Entretanto, será necessário esperar a economia para dar retomada ao desenvolvimento?

     É visível que a situação das grandes empreiteiras, atuantes em obras públicas e envolvidas em escândalos de corrupção, alterou a estabilidade do mercado da construção. Este quadro afetou a realidade das contratações. O cenário fica visível ao compararmos as pessoas contratadas e demitidas no setor. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) registrou 12.018 admissões contra 11.217 desligamentos no ano de 2014. Já no mês de julho de 2017 os números de contratações foram de 5.085 e as demissões atingiram 5.796 pessoas; nítida retração do mercado de trabalho.

     Para o engenheiro civil e diretor de Meio Ambiente do SINDUSCOM – Vales, Ricardo de Araújo Ramos, até alguns anos os lançamentos eram absorvidos pelo mercado de forma rápida, então o objetivo era ter uma estrutura veloz de lançamentos. Isso devido ao crédito farto, e pela segurança que os compradores possuíam nos seus rendimentos e empregos, afirma o engenheiro. A realidade da falta de crédito e a redução de pessoas dispostas a se comprometerem alterou a viabilidade de muitos empreendimentos. Ricardo Ramos é um dos responsáveis pelo Programa Foco Empresarial, que tem por objetivo contribuir na disseminação de conhecimentos fundamentais para promover a competitividade das empresas da construção civil.

     Enquanto o cenário econômico não retoma muitas empresas fazem a sua parte. O setor não precisa aguardar uma resolução político-econômica como um todo para voltar a contratar. Nesse sentido o Programa Foco Empresarial propõem uma integração das empresas desse mercado, visando estimular a busca constante de melhorias e inovações. Para o engenheiro Ricardo Ramos, um dos responsáveis por esse Programa, além do crescimento, espera-se resultados eficazes no desenvolvimento urbano sustentável, através da educação e do aprimoramento constante.

    Renato Araújo – Estudante Jornalismo

    Publicado por: 1 comentário em Inovação na construção de empregos

  • Um estranho no ninho

    Publicado por: • 25 out • Publicado em: Caso do Dia

     – Mário, que é esse gajo que sentou no nosso banco?

     – É um sujeito meio caladão, Drummond. Sentou e só disse que se chamava Ives Barros. Tentei puxar conversa, mas ele nem me dou bola. Taciturno como tu eras Carlos. Bem antes de ser gauche na vida.

     – Ô Quintana, visto do meu ângulo quem é estátua é ele. Nós, pelo menos, estamos vivo. Figuradamente, é claro.

     – Certo, somos mesmo. Somos seres sobrenaturais, creio.

     – Mas tu mesmo disseste que não existe o sobrenatural. Como era mesmo a  frase?

     -Tudo é natural, inclusive o sobrenatural.

     – Bela sacada. Aliás, uma entre tantas outras, Mário.

     – E o que fazemos? Pedimos para algumas pombas fazerem alguma arte com ele?

     – Deixa assim, Drummond. Conheço os caboclos da aldeia. Não demora e ele vai embora.

     – E certamente sem se despedir…

    Publicado por: Nenhum comentário em Um estranho no ninho

  • O Corcel do Hélio

    Publicado por: • 25 out • Publicado em: A Vida como ela foi

     O Hélio era um sujeito simpático, na casa dos 50 anos, meio careca, sempre de terno e gravata. Sentado, cruzava as pernas com elegância, puxando as mangas da camisa para conferir as abotoaduras de ouro. Gravata Hermès, quando ninguém sabia o que era Hermès. Sapatos reluzentes, modelo clássico, sem fivelinhas e outros que tais. Enfim, um dândi.

     Apesar do ar blasé, eu sentia que o Hélio nunca relaxava. Como conhecia os 9 Passos de Reid de interrogatório criminal, a linguagem corporal diz mais que a linguagem verbal, senti o que a plebe ignara chama de “aí tem!”.

     Tinha. Certo dia, convidei-o para almoçar em uma grande galeteria. Ele se esquivou mais rápido que mangusto fugindo do bote da cobra. Nada de lugares abertos, disse Hélio.

     – Corro riscos.

     Alguma coisa a ver com queixas registradas contra ele na Polícia. Em lugar mais discreto, ele abriu o jogo. Tirou do forro do paletó uma raspadinha já raspada. Apareceram três fotos do Corcel LDO em sequência, ou seja, premiado com um. Parabéns, eu disse, mas qual a relação?

     – Olha bem –falou ele.

     Olhei com olhos de olhar, mas não vislumbrei nada de errado. Então, ele explicou porque não queria ser visto. Nas cartelas apareciam imagens dos prêmios, e, para ganhá-los, tinha que ter três imagens iguais. Ocorre que, para seduzir o raspador, vinham na maioria dos casos uma ou duas imagens dos prêmios, raramente as três. Estas imagens o Hélio recortava com precisão cirúrgica para decalcá-las em outras, as “premiadas”. Para encurtar o causo: como era bom de trova, seduzia solteironas e viúvas. Contava a elas que tinha que viajar no mesmo dia e oferecia a elas a cartela “premiada” em troca de um cheque com metade do valor do carro, uma pechincha.

     Descontava o cheque e se mandava.

    Publicado por: Nenhum comentário em O Corcel do Hélio