• Saudosas histórias

    Publicado por: • 3 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

     Um dos melhores contadores de histórias, se não o melhor, é o jornalista Sebastião Nery. Em qualidade e quantidade. Convivi com ele quando das saudosas pescarias que a General Motors promovia para jornalistas no Pantanal. Partindo de Corumbá, o barco Princesa do Pantanal subia o rio Paraguai por mais de 300 quilômetros, sem falar nas incursões pelos afluentes. Eu detesto o calor, mas o Pantanal é mágico.

     Nery é uma figuraça. Baiano de nascimento, conseguiu a proeza de ser vereador na Bahia, deputado estadual por Minas Gerais e deputado federal pelo Rio de Janeiro, pelo PDT, até que o Brizola conseguiu sufocá-lo politicamente. Nenhuma novidade. Nas madrugadas no restaurante/bar do barco, o esperto baiano me contou as mil e uma noites do folclore político. Você dizia “pão” e lá vinha um causo envolvendo um político e pão.

     Pois foi numa destas madrugadas que Sebastião contou casos do general Barata Ribeiro. Após a morte de Stalin, desiludiu-se com o PC e se auto-exilou em Salvador, Bahia, para dar um tempo. O general gostava de frequentar a redação do jornal A Tarde, onde Nery trabalhava e, em seguida, Barata teve caso com uma repórter. Certa noite, a repórter telefonou assustada da garçonière onde estavam para o editor, dizendo que o homem estava tendo um troço. Imediatamente, mandaram um médico para o hotel.

     Quando ele lá chegou, Barata Ribeiro estava deitado na cama, suando, já com a boca torta. Falou com alguma dificuldade.

       – Doutor, eu sei que estou tendo um derrame, meu lado esquerdo está paralisando. Por favor, me bota o membro pro lado direito…

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  • Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética.

    • Fernando Henrique Cardoso, sobre Lula •

  • O futuro

    Publicado por: • 3 jan • Publicado em: Notas

     Os previsores, videntes, bruxos e paranormais de antigamente, que lotavam as páginas dos jornais para contar como seria o ano novo, estão minguando. Os economistas tomaram seu lugar.

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  • A voz isolada

    Publicado por: • 3 jan • Publicado em: Notas

     Nos almoços e balanços de 2017 e previsões econômicas para 2018 quase todos os economistas das entidades empresariais calcularam que o PIB brasileiro seria em torno de 2,5%, com os mais otimistas cravando 2,7%. Chamou minha atenção a previsão do economista-chefe do Banco Fíbria, que cravou 4%. Exagero, disseram.

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  • Recálculo

    Publicado por: • 3 jan • Publicado em: Notas

     Tal qual o navegador do seu carro quando você não segue o curso marcado pelo GPS, estão todos recalculando o Produto Interno Bruto. Em meados do final de 2017 falava-se em 1%-1,5% e agora se fala em 2,7%. Então quero ver no final de 2018 quem acertou.

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