• Quem ama o feio enxerga mal.

    • Provérbios revisitados •

  • Antecipação de bronca

    Publicado por: • 24 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    As convenções dos partidos que vão se sucedendo guardam algumas surpresas. Uma delas foi o discurso ambivalente da advogada Janaína Paschoal, cotada para ser vice de Jair Bolsonaro. Ela meio que chutou o balde do candidato antes mesmo de ser ungida. A não ser que Bolsonaro e partidos aliados tenham fortes traços de bondade, ela não emplaca.

    Parágrafo único

    Se Janaína emplacar, vou dizer, pela milésima vez, que já não entendo mais nada. Ou, como dizia o seu Pacheco, capataz de estância ao começar a enxergar mal, “já não DEVULGO mais nada”.

    Onde andarão?

    As famosas PPPs no Rio Grande do Sul parecem a música “Conceição” cantada por Cauby Peixoto. Se subiram ninguém sabe, ninguém viu. É o único instrumento capaz de transformar este país, mas cadê elas? Sim, a legislação é complicada, mas o que neste Brasil não é complicado?

    Queijaria de siglas

    A França tem cerca de 300 tipos de queijos. O General De Gaulle disse, nos anos 1960, que era impossível governar um país que produzia 246 tipos de queijos. Agora me digam como se pode governar um país como o Brasil que tem 45 partidos políticos registrados – e aumentando.

    Vai encarar?

    Foto: Maria Ana Krack/PMPA

    Foto: Maria Ana Krack/PMPA

    O porto-alegrense é um personagem esquisito. E muito reclamão. Recém-inaugurada, a Orla do Guaíba tem, entre outras atrações, um passarela que adentra o Guaíba, uma espécie de mirante. E o fato da lotação máxima ser de 20 pessoas deu até capa de jornal. Gente reclamando do fato.

    Foto: Maria Ana Krack/PMPA

    20 metros rasos

    Só tem um detalhe: ela avança apenas 20 metros rio adentro e fica a um metro de altura da água. Pareceu-me o título de uma peça do Bardo, Muito Barulho por Nada.

    Salgadinhos

    Em épocas anteriores o sonho do porto-alegrense era um teleférico que unisse o Morro Santa Teresa a algum ponto da orla do Guaíba. Alguém fez os cálculos e concluiu que para ter viabilidade econômica a empresa que o operasse teria que cobrar um preço salgado.

    O exemplo de Canela

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    Depende do que seja preço salgado. O teleférico de Canela, reinaugurado com tecnologia de ponta de uma empresa norte-americana do ramo, cobra um preço em torno de R$ 35,00. Mas não é uma tirolesa comum, dessas de ficar a céu aberto sentando num banco, como nas pistas de esqui, é bondinho mesmo.

    Foto: Divulgação

    Moral da história

    Não é bondinho ou teleférico que é caro. Nós é que ganhamos pouco.

    Lei da Migração

    O BRDE será sede, nesta sexta-feira, a partir das 8h30min, do evento Nova Lei de Migração: uma janela de oportunidades – iniciativa do Governo com o apoio do banco e várias entidades internacionais ligadas ao tema. Entre outros assuntos, especialistas explicarão como aplicar a legislação trabalhista para imigrantes contratados por empresas.

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  • Brigar por causa de política, hoje, é como ter crise de ciúmes na zona.

    • Carlos Brickmann •

  • A cobra Catarina

    Publicado por: • 24 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    As cidades estão cheias de pessoas que se postam perto de um camelô ou artista que promete um número sensacional, mas nunca o apresenta. Caso dos caras que fazem um falatório anunciando que atravessarão – com o torso nu – um arco cheio de facas pontiagudas, deixando um espaço mínimo para o cara atravessar. Enquanto isso, vendem um peixe qualquer. Na Montenegro dos anos 1950, havia um personagem que anunciava uma cobra, a cobra Catarina. Deixo o relato a seguir para meu amigo e contemporâneo Ernesto Lauer.

    Certa feita, apareceu um camelô, com uma grande mala, onde escondia a cobra Catarina. Ele começou a fazer grande propaganda: “A Catarina vai fumar”. O homem era bom de lábia, e começou a juntar gente. Batia na mala para acordar a Catarina e dizia maravilhas da cobra. Com esta conversa, ele distraía a atenção das pessoas. Eu estava por ali olhando e ouvindo. De repente, ele tirou uma caneta do bolso e perguntou:

    – Quem me dá um pila pela caneta?

    Uma pessoa deu (certamente comparsa) e recebeu uma caneta. Depois de um tempo, ele devolveu o dinheiro, dizendo que não o queria, pois dado de coração. Continuou com a história da cobra… Logo após, apanhou outra caneta e perguntou:

    – Quem me dá cinco pilas pela caneta?

    Muitos deram e receberam canetas. Pouco tempo depois, ele devolveu o dinheiro para essas pessoas. Na terceira oportunidade, exibiu canetas e pediu 10 pilas. Eu saí correndo e surrupiei o dinheiro no caixa da loja. Entreguei ao camelô e recebi uma caneta. Fiquei esperando ele devolver o dinheiro. Ao invés disso, ele encerrou os trabalhos, agradeceu a todos, apanhou a mala e foi para a rodoviária.

    Acabei levando uns “lambaços de cinta”.

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  • A crônica perfeita

    Publicado por: • 23 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Façam um favor a si mesmo e leiam a crônica do jornalista Eduardo Bueno, na Zero Hora de sexta-feira passada. O homem bota o dedo na ferida no que atrapalha e piora o jornalismo atual seja qual for a plataforma. Começa analisando a pobreza intelectual expressa em comentários. É de chorar, afirma ele, o que eu tenho repetido aqui, ao longo dos anos. Mas o furo da bala vai além.

    Os detestáveis

    Ele pergunta por que os jornais, TVs e rádios se pautam pelos comentários de leitores geralmente brigados com o mundo, gente que já tem parte tendo má vontade com o veículo para o qual endereça sua ira. Por que linhas editoriais – digo eu – precisam ser definidas por esses pretensos gênios da comunicação como se espelhassem a maioria dos leitores/ouvintes/telespectadores? Você tem dezenas de milhares de leitores e dá bola para meia dúzia e sua bílis derramada?

    Que rei sou eu?

    O resultado é esse Frankenstein editorial que aí está, pelo menos por estas bandas. Eu sempre elogio o Estadão, não porque ele tem uma linha que me agrade, mas porque tem tenência, nem norte, tem posição e diz isso abertamente. Não fica dando uma de fuinha, sussurrando nos becos da comunicação e mudando o tom de acordo com quem passa por ele.

    Os borrões

    Mesma coisa nas galerias dos legislativos. Bastam algumas dezenas de militantes para que suas excelências se borrem de medo e acabem votando a favor dos pleitos dessa minoria, como se a maioria representassem.

    Grande minoria

    Há anos, eu conversava pelo telefone com a secretária de um diretor de indústria calçadista na cidade de Campo Bom, quando ouvi um alarido feroz entrando pelo bocal do aparelho. Perguntei a ela do que se tratava. “É uma grande minoria”, falou, explicando que era um piquete grevista composto de meia dúzia de gatos pingados com um carro de som potente. Perfeito. Grande minoria.

    Deu no Tecmundo

    Por meio de ferramentas maliciosas, hackers mal intencionados podem usar uma rede WiFi não segura de aeroportos para pegar informações pessoais de dispositivos conectados — a interceptação de dados pode até favorecer o roubo de dados bancários e fotos íntimas. Já tivemos muito isso nos nossos aeroportos, lembram? Depois não se ouviu mais falar.

    A lista

    A publicação enumera os 10 aeroportos americanos mais e menos vulneráveis a esses ataques. Entre os mais lidera San Diego Airport, na cidade do mesmo nome da Califórnia. Também estão na lista cidades como Dallas, Phoenix, Detroit e outras menos conhecidas. Nas menos perigosas lidera o aeroporto de Tampa, seguido de Miami.

    Os cinco alfaiates

    Lembrei da história dos cinco alfaiates que tinham loja na mesma rua. Um deles colocou uma placa com os dizeres “a melhor alfaiataria da cidade”; outro botou “a melhor do estado”, um terceiro botou “melhor do país, o quarto radicalizou “a melhor do mundo”. Que os matou a pau foi quem botou na placa “a melhor alfaiataria da rua”.

    Grenal Vero

    A VERO, líder no setor de adquirência no Rio Grande do Sul, passa a estampar as mangas das camisas do Grêmio e do Internacional a partir da 14ª rodada do campeonato brasileiro. O patrocínio se estenderá até dezembro de 2021. A VERO, adquirente multibandeira, pertence ao Grupo Banrisul.

    Mas que tal essa?

    O Rio Grande do Sul é o único estado que o PRTB não vai participar das eleições, afirma o coordenador da sigla em São Paulo. E explica: “Todo mundo que a gente coloca aí tenta negociar o partido. De corruptos, estamos de saco cheio. No próximo ano, vamos começar o partido do zero. Seu estado é difícil, todo mundo que a gente coloca aí, a primeira coisa que faz é tentar conseguir cargo em prefeitura e governo estadual”.

    De bem com elas

    Beto Albuquerque é confirmado pelo PSB como candidato ao senado - foto de Fernando MüllerNo momento de divisão de gênero que o Brasil enfrenta, a ala feminina do PSB entregou seu total apoio à candidatura de Beto Albuquerque ao Senado. A recíproca é verdadeira. Elas têm a confiança dele. No RS, 52% do eleitorado é composto por mulheres. Beto sempre foi parceiro das lutas delas.
    Foto: Fernando Müller 

     

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