• Amor é uma insanidade temporária que pode ser curada com o casamento.

    • Anônimo •

  • O casório no Plazinha

    Publicado por: • 3 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Lua de mel em países europeus ou asiáticos ou de cenários paradisíacos são banais hoje devido à facilidade de viajar, não só pela oferta como facilidade de pagar em ene vezes, e, principalmente, pelo baixo valor do custo em relação a décadas passadas. Eu e pelo menos um quinto da população de Porto Alegre tínhamos outro cenário à disposição para a lua de mel.

    A festa de casamento para a classe média-média (mas não pela classificação do IBGE, classe média alta é quem ganha mais 3 mil reais…) e alta precisava ser no hotel Plazinha, na rua Senhor dos Passos – o São Rafael só foi inaugurado em 1973.  A noite dos prazeres também era na suíte nupcial do hotel, incluída no pacote.

    Mas vejam como era diferente aquele tempo. Estrogonofe de carne e fricassé de galinha era coisa de elite, vejam só “imagina, tinha até estrogonofe no jantar nupcial, ai que luxo”! diziam as comadres. A champanhe era uma só, a Peterlongo. Outras (pouquíssimas) menos votadas davam azia até em copo de bicarbonato.

    Como milhares e milhares de gaúchos, a cidade que escolhemos para a lua de mel foi Ana Rech, na Serra Gaúcha. Nos quartos, não havia calefação, pelo menos no meu, e no interior das gavetas casais escreviam timidamente “eu estive aqui”, “assim começou nosso amor” e o inevitável coraçãozinho trespassado por uma flecha.

    Com a fama que tinha, Ana Rech passou a ser conhecida por “Cemitério das Virgens”. Acreditem, naquela época existiam virgens. Não era lenda urbana.

    Publicado por: Nenhum comentário em O casório no Plazinha

  • Agora sim

    Publicado por: • 2 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A imagem de um homem curvado e apoiado em uma bengala para sinalizar vagas ou preferência para idosos é de uma insensibilidade atroz, ainda mais hoje, em que se vive cada vez mais e se praticam atividades físicas. Terminou aquele conceito de “coitado do velhinho”. Sem falar que é homem – não existe, idosas por acaso? Em boa hora, o Lindoia Shopping de Porto Alegre substituiu as placas pictóricas desastradas por esta. De parabéns o gerente-geral Fábio Irigoite.

    Procurando vices

    Por incrível que pareça, a procura por candidatos a vice-presidente chamou mais atenção que a pré-campanha dos pré-candidatos – campanha mesmo só depois do dia 5. Pré-candidato é outra hipocrisia linguística. Se ele não pode ser chamado de candidato, a gente escreve “presidenciável” e estamos conversados.

    Pessoas jurídicas

    Na realidade, o candidato escolhido para ser vice de um presidenciável é uma pessoa jurídica, não é pessoa física. Vice é um partido ou uma coligação deles, e como tal é escolhido. Não interessa o nome, a pessoa, interessa o que ela representa como moeda de troca.

    Tá na mesa

    O evento da Federasul de ontem saiu da rotina de palestras de empresários ou executivos e reuniu três ases, os médicos Fernando Lucchese (cardiologista), a coach Carla Lubisco e o oncologista Gilberto Schwartsmann. O tema era estilo de vida/saúde/envelhecer bem. Lucchese  citou o fato de que temos 35 trilhões de cédulas e elas não podem ser substituídas. Então, adeus vida eterna.

    Sal, açúcar estresse…

    Gilberto fez o que sabe fazer muito bem, contou histórias sobre pacientes e suas doenças. Foi interrompido por palmas várias vezes. Carla Lubisco desenvolveu o tema da palestra focado entre a procura de vida saudável e simples versus vida moderna. Precisa de determinação para mudar hábitos, falou ela. No popular, a velha e boa força de vontade. Os vilões, apontou Lucchese, são o sal, o açúcar, o estresse, entre outros.

    Longevidade e medicina

    Um dado curioso pinçado pelo cardiologista foi que os fatores que contribuem para a longevidade a medicina, os médicos, respondem por apenas 10% do sucesso, ao passo que 17% chegaram lá por fatores genéticos e 20% é o fator meio ambiente.

    A saída, onde fica?

    Na coletiva que deram antes do almoço, perguntei a eles como podemos sair do automatismo, pois nem vidros do carro abrimos mais manualmente e nem um mísero andar subimos sem apelar para o elevador ou escada rolante. Pois é, responderam, o exercício físico é solução até nos detalhes.

    Furacão na Nicarágua

    O assassinato da brasileira Raynéia Lima, 31 anos, em Manágua desencadeou uma série de manifestações inclusive religiosas. A Conferência Episcopal da Nicarágua convocou um jejum coletivo para condenar a violência. Os bispos dizem que será desagravo pelas “profanações” dos últimos meses.

    Por falar em profanação…

    …é de desanimar o mais do mesmo que acontece em países latinos, africanos e alguns asiáticos. Sempre surge um salvador da pátria que tira o tirano de plantão e acaba se tornando outro. São os países de um só dono, até que surja outro tirano alfa que o substitua.

     Recesso ou retrocesso?

    IMG-20180801-WA0001 (2)

     O Congresso Nacional, em pleno recesso, com os deputados e senadores percorrendo os Estados em busca de votos para a eleição que se aproxima está praticamente vazio. Ontem, na Câmara dos Deputados, não havia quase nenhum funcionário e quase nenhum deputado, com jornalistas ligando e percorrendo os gabinetes em busca de informações. Deram sorte. O deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) estava em seu gabinete, reunido com sua equipe para fazer um balanço das Jornadas Brasileiras da Legislação Trabalhista no RS. Dia 17 será a vez de São Paulo receber as Jornadas.

    Trio maravilha

    Para não cometer injustiça, além de Nogueira, estavam nos gabinetes outros dois parlamentares, João Rodrigues, do PSD, de Santa Catarina; e Júlia Marinho, PSC, do Pará.

    Expoagas

    Principal ponto de encontro, qualificação e negócios entre varejistas e fornecedores do Cone Sul, a 37ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2018 reunirá cerca de 48 mil pessoas ligadas à cadeia do abastecimento no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, entre os dias 21 e 23 de agosto. A indústria deverá lançar mais de 800 produtos.

     

    Publicado por: Nenhum comentário em Agora sim

  • “O dinheiro não é importante para quem o tem de sobra.”

    • F. A. •

  • No tempo do rabo quente

    Publicado por: • 2 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    O nome da procuradora-geral da República é Raquel Dodge, sobrenome ilustre que, em outras épocas, renderia uma boa propaganda para a Chrysler, cujo modelo mais conhecido é justamente o Dodge. Nos anos 1940, até o final dos 60, a marca disputava mercado com os carros da GM, Chevrolet em especial, e o genérico Ford.

    Um amigo do meu irmãos mais velho Werner gostava de caçar, e os três principais cachorros que levava chamavam-se Chevrolet, Ford e Dodge. Acho que perguntei a ele, no frescor dos meus 12 anos, qual deles era melhor na função de embretar a caça, mas não recordo qual foi a resposta. Uma coisa é certa: não foi Ford. Se fosse, eu lembraria.

    Naquele tempo, como diz a Bíblia, a gurizada tinha suas preferências centralizadas nestas três marcas. Minha era Ford, um primo mais chegado “torcia” pelo Chevrolet. Existiam poucos automóveis naquela época, todos importados. Em 1954, Getúlio Vargas proibiu a importação de automóveis com valor superior a U$ 1,5 mil, que permitia comprar apenas carros de montadoras menos votadas.

    Resultou que todos os importados antes desta data, e não foram poucos, passaram a ser muito valorizados mesmo com alta quilometragem. Quase idosos, eu diria. Havia os europeus de baixa cilindrada e potência como o Renault JUva4, chamado de rabo-quente por causa do motor traseiro, o Austin A40, Citröën, Anglia (Ford inglesa) e o polonês Skoda.

    Pequeno e frágil, nem preciso dizer como foi aqui rebatizado o carrinho importado dos polacos.

    Publicado por: Nenhum comentário em No tempo do rabo quente