• A diplomacia é como a pornografia: é melhor participar do que assistir.

    • Roberto Campos •

  • O resultado da pesquisa

    Publicado por: • 16 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Tenho observado algumas normalidades no Facebook ao longo dos últimos dois ou três anos. Postagens e leituras são mínimas na segunda-feira, se estendendo em parte das terças. Entre 19h30min e 20h ocorre o mesmo em praticamente todos os dias. Ou é deslocamento, ou horário do jantar. Faz lembrar uma pesquisa de audiência de TV por bairro do Rio de Janeiro feita nos anos 1980.

    Quando tabularam os dados levantados pelo pessoal de campo de um instituto de pesquisas – acho que foi o Gallup –  observou-se algo estranho nos sábados de noite, uma enorme quantidade de televisores desligados entre 20h e 22h nos lares na Zona Sul. Convém lembrar que a grosso da população só tinha uma TV em casa. Quebraram a cabeça para achar a causa, e foram à luta. Depois de novos trabalhos e pesquisas paralelas, queda de consumo de energia e de água, fez-se a luz. O velho e bom Jornal do Brasil fez bela matéria contando o caso como o caso foi.

    Entre 20h e 22h os aparelhos eram desligados porque, nos sábados, neste intervalo de tempo, os casais cariocas faziam o sexo semanal.

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  • O enigma: quem leva?

    Publicado por: • 15 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Quem ganha, que pode surpreender, quem parece que poderia ganhar mas não vai, quem é azarão, como vota a vila e como espalha o eleitorado. Foram assuntos discutidos em agradável almoço com colegas e cientistas sociais ontem no NB do seu Lemir Magnani. Estavam lá o cientista político Leo Voigt, o consultor Leonardo Camargo e o João Ruy, da Braskem, entre outros. Ouvindo os dois mais minha colega Rosane Oliveira – acreditem, ela sabe das coisas de ontem e de hoje – entendi que concordo com boa parte do que foi conversado.

    Cada cabeça uma sentença

    A questão dos debates e do horário de TV visto por mim e você tem um diagnóstico, esse ou aquele teve melhor ou pior desempenho, avaliação em quem nem sempre concordamos. Cada cabeça uma sentença, como diz o provérbio. Mas o eleitor do subúrbio vê o mesmo debate que nós vemos? E o do interior, como reage? Leo Voigt deu uma clareada no que achava ser verdade: a classe média acaba influenciando o eleitor de baixa renda. Não se falou em nomes, mas eu o chamaria de efeito tambor. O som daqui é perfeitamente ouvido lá.

    Os rumos da campanha

    Falamos sobre os prós e contras de cada candidato. De uma maneira geral, concordamos que Alckmin tem grandes chances, mas precisa arrumar a sua forma de se comunicar. E num embate com Jair Bolsonaro, no segundo turno, o ex-governador levaria os votos do PT pragmático só para evitar a vitória do capitão. E quando se fala em PT, fala-se de militantes fora do “quanto pior, melhor” da ala mais radical, como falou o consultor Leonardo Camargo, da Factual Consultoria.

    O temor dos extremos

    O fato, que era negado lá atrás, é o temor de que Bolsonaro não só chegue ao segundo turno como que ele tenha uma real possibilidade de ser eleito 0 presidente. A estratégia do tucano, disse Leonardo, é chamar o eleitor à razão se o capitão mantiver a chance de ser eleito.

    O poste divino

    Fernando Haddad saiu muito mal da prefeitura de São Paulo, mas tem que considerar o fato de que ele é um poste de respeito. Lula falou, o petista fervoroso nele votou.

    Nenhuma Brastemp no Sul

    Nós do Sul sempre tivemos uma vaga ideia sobre a distribuição do eleitorado brasileiro, acertando apenas que a maior concentração se dá no Nordeste. De fato, a Região tem 28% dos votos. Pois acostumem-se, gaúchos e gaúchas de todas as querências, dos 147 milhões de eleitores do Brasil os três Estados do Sul contam com apenas 15,2% dos colégio eleitoral. São dados oficiais do TSE.

    O caboclo da aldeia

    Nem vou entrar em voto jovem, voto feminino etc, mas para ter uma ideia de como a população cresceu, basta dizer que o Centro Oeste e o Norte têm mais eleitores do que a Região Sul, é mole? Nossa ideia era de vastas extensões com pouca gente e muita lavoura de soja na primeira e floresta na segunda, com um caboclo em seu casebre de vez em quando.

    O tiro na mosca do poeta

    E se acontecer uma surpresa lá e aqui, um fenômeno? Pois eu vos digo que fenômeno é uma consequência natural que nós da imprensa não detectamos a tempo. Parafraseando Mário Quintana, tudo é natural, inclusive o sobrenatural.

    Centro de excelência

    O Hospital São Francisco da Santa Casa leva, em primeira mão, ao Congresso Socergs (16 a 18/08) a divulgação da parceria entre o hospital gaúcho e Josep Brugada, cardiologista espanhol que descobriu e dá nome à Síndrome de Brugada. Em uma ação inédita no Brasil, a atuação em conjunto possibilitará a criação do maior centro de referência no tratamento de fibrilação arterial e arritmias complexas do país. À frente da iniciativa, estão os médicos Fernando Lucchese e Carlos Kalil.

    Sai de baixo

    O sempre bem humorado Miguel Falabella será um dos palestrantes da 37ª edição da Expoagas. O evento, promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), acontecerá entre os dias 21 e 23 de agosto, no Centro de Eventos FIERGS. Inscrições pelo site www.agas.com.br. Mais informações sobre a Expoagas 2018 pelo fone (51) 2118-5200 ou pelo e-mail expoagas@agas.com.br.

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  • Nada é tão duradouro quanto a mudança.

    • Ludwig Borne •

  • O papel de vaso

    Publicado por: • 15 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

    Nas eleições dos anos 1950, falo do que me recordo, embora pirralho – não havia cédula eleitoral. O santinhos, como nós chamamos o material de campanha hoje, eram usados para votar. Por isso que, naqueles tempos, a boca de urna era tão importante. Os candidatos pagavam cabos eleitorais para que se postassem perto das zonas de votação e distribuíssem a propaganda aos eleitores.

    O problema para os contadores de votos é que não havia tamanho único nestas propagandas. Parte era quase do tamanho de um pôster em material de todas as cores. Os com pouca grana distribuíam papeluchos no formato dos santinhos de igreja, daí o apelido. As urnas tinham que ter uma fenda de respeito para enfiar as “cédulas” para dentro.

    Quem gostava muito do dia da eleição eram as donas de casa. Como as ruas e o chão das zonas eleitorais eram tapetes de papel, as mães pediam e a molecada sobraçava o que podia de propaganda para levá-los para casa, operação repetida durante o dia todo.

    E sabem por quê? O verso era usado para anotações, mas principalmente fincados em um prego ou arame para uso no vaso sanitário.

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