Como o diabo gosta
Só dói quando rio, como diz o Dias. Mas de um tempo para cá, não é época pra dar risada. Tudo destrambelhou ou está a caminho.
As sete pragas do Egito se renovam com a versão brasileira. Estiagem severa cá embaixo, água demais lá em cima.
Na economia, os efeitos ainda não chegaram com força total com o terremoto Americanas. Tem mais de onde a quebra veio.
Quem se ferra invariavelmente são os pequenos, empregados, fornecedores, toda a cadeia que não tem conta corrente pra mais de metro. Bilionários sempre dão um jeito de não gastar seu próprio dinheiro.
É o que está acontecendo com a Americanas. E vem mais tremores secundários. A Marisa, outro peso-pesado que foi atingido abaixo da linha d’água, fecha lojas e enxuga pessoal.
A imortal
Ai meu Jesuscristinho! Precisa mesmo sempre castigar os pequenos e poupar os grandalhões? Que ninguém se iluda, o aparente bem-estar da economia está dando lugar a uma parada na roda.
Na esteira desses grandes eventos o pequeno comércio sofre com a fatal queda de renda. E isso decreto presidencial nenhum resolve. Sem falar na inflação que não morre nunca.
Os dois Diários Oficiais
Os jornais estão cheios de releases de organismos públicos, do Ministério Público Federal ao Estadual, órgãos do governo, órgãos do Judiciário como se fosse obrigação da imprensa divulgar todos os textos que deles vêm. E publicam com gosto porque vem tudo mastigadinho. A preguiça mais a falta de jornalistas nas redações completam o status atual da mídia, ser Diário Oficial.
Mesma coisa com o noticiário que vem dos governos, o federal em especial. Chega nos finais de semana e o que lemos são rescaldos dos textos publicados durante a semana. Na maioria das vezes, requentando os escritos com pinceladas de opinião e sem nenhuma informação adicional.