• De Voto a Vote

    Publicado por: • 4 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A poucos dias do primeiro turno, a revista VOTO lança uma edição especial sobre as eleições. Para estimular a participação das pessoas, mudou até de nome na capa: é VOTE. “Vá e vote por nosso futuro. Para que, em 2022, quando reencontrarmos as urnas, tenhamos um Brasil que nos orgulhe”, escreve a publisher Karim Miskulin, no editorial.

    Outra eleição

    Repito, segundo turno é outra eleição. Nada mais enganoso que achar que a mesma lógica do primeiro vai funcionar no segundo. Até porque tem muita água a passar embaixo do moinho. Três semanas de campanha é muito tempo. Tempo demais, acho. Duas seriam de bom tamanho.

    Questão de competência

    Cada vez que algum candidato se queixa que não subiu na tabela de classificação por culpa de adversários, detecto aí uma grosseira manipulação. Fernando Haddad é um belo exemplo dessa cultura do coitadismo. Foi o PSDB, foi o Alckmin, foi não sei quem. Mas será isso mesmo? Com todo o peso do Lula, o boneco do ventríloquo não está à frente nas pesquisas por um simples fato: ele é ruim de voto. Ou não tão bom quanto o PT desejava.

    Mais do mesmo

    A pesquisa Ibope divulgada ontem à noite confirma os números do mesmo instituto no trabalho cujo resultado saiu na terça-feira, dentro da margem de erro. Fernando Haddad cresceu de 21 para 23% e Bolsonaro cresceu 31%, para 32%, mesmo porcentual do Datafolha. Ou seja, nos últimos dias o capitão manteve trajetória ascendente enquanto o petista subiu um pontinho. Mais do mesmo para ambos.

    E os outros?

    Confesso que nunca na minha vida uma campanha tão polarizada – para presidente. Em segundo plano, vem a trajetória para governador, e mesmo assim nas ruas e cafeterias quase não se fala neles. Pior ainda, ninguém discute e nem se ocupa, pelo menos em Porto Alegre, das campanhas para deputado estadual e federal.

    Deputados ausentes

    Em outras eleições, a imprensa já teria entrado nesse campo há muito tempo, mesmo sem palpitar sobre quem entra ou se reelege. Só no Interior do Estado que as proporcionais são motivo de análises e até de escaramuças, geralmente verbais.

    Os infiéis

    Mais falida que o sistema eleitoral brasileiro está a fidelidade partidária. Mesmo com os partidos fechando oficialmente em torno de um nome para a Presidência da República, os parlamentares que tentam a reeleição, principalmente, não estão nem aí para as ordens da cúpula. O que é ruim para os partidos.

    Semblantes carregados

    Ultimamente, o humor nas redações dos jornais não está lá essas coisas. O bom humor, esclareço. Por que será?

    Amenidades…

    A surfista carioca Maya Gabeira acaba de entrar no Livro Guiness de Recordes: foi reconhecida pela Liga Mundial de Surfe como a mulher que surfou a maior onda já registrada na História. Maya pegou uma onda de 20m72cm, na Praia do Norte, Nazaré, Portugal, no dia 18 de janeiro. A demora no registro se explica: o Guiness Book confirma todos os detalhes.

    …perigosas

    Quando faço esteira no União, uma TV que está bem na minha frente costuma estar ligada no canal Off, que lida com esportes radicais ou quase, como o surfe. É comum ver os caras cavalgando essas ondas monstruosas e fico impressionado como a rapaziada as encara. Mas 20 metros? Não à toa que o número de mortos neste esporte é alto.

    O mínimo do mínimo

    Meu amigo Henrique Raizler, que lida com turismo com sua empresa Mapa Mundi www.mapamundiweb.com e que eventualmente colaborava com a pg3 do Jornal do Comércio e com este blog, deu entrevista para a Zero Hora sobre as oportunidades que Portugal oferece. Uma passagem chamou atenção: “Portugal não é local para ser empregado. O salário-base é de 580 euros, o que se transforma em R$ 2,5 mil mais ou menos. É um nível baixo de salário para os brasileiros das classes A e B”, disse ele.

    Olha, para o brasileiro de salário-mínimo isso é um belo de um dinheiro. Só que salário-mínimo não dá nem para viajar para Portugal.

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  • Nem todas as verdades são para todos os ouvidos.

    • Umberto Eco •

  • Como era grande meu quarto

    Publicado por: • 4 out • Publicado em: A Vida como ela foi

    Há tempos, um jornal publicou um caderno especial sobre imóveis, mostrando tudo para quem quisesse comprar, vender ou só dar uma espiada no que rolava nessa área. Muito bom por sinal. Mas uma matéria em especial não aguentei. Falava sobre a última moda de contêineres servindo de moradia. Título: “Toda a sofisticação de um contêiner”.

    Ai meu Jesus Cristinho, essa foi braba! Como até dependência de empregada e banheirinho que seria apertado para uma pulga vira minisuíte, não duvido que o próximo passo do encolhimento físico dos apartamentos enseje uma matéria com o título “Toda a sofisticação de um caixão de defunto”.

    Lembrei disso ao dar uma espiada em um desses edifícios modernosos, cuja sofisticação começa no nome e também para por aí. Sacadas grandes e quartos pequenos, o que houve com o quarto do casal que costumava ser amplo? Será que o vapt-vupt hoje é tão vupt assim?

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  • Reações financeiras

    Publicado por: • 3 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A intensidade das críticas a Jair Bolsonaro criam percepção de eleição no 1º turno. A frase é do economista Sidnei Moura Nehme, da NGO Câmbio News, que analisa o dia a dia do mercado cambial e bursátil. “Difícil acreditar, mas a veemência do movimento crítico da mídia e seus analistas em torno da candidatura de Jair Bolsonaro deixa transparecer que há certo apressamento no foco de desconstrução do candidato, ao mesmo tempo que acentua a perspectiva que poderá haver decisão já no primeiro turno.”

    Bater em morto

    E prossegue Nehme: “Afinal, “ninguém bate em morto”, como diz o dito popular. A severa reação ideológica que se presencia por parte de todos os demais candidatos contra o presidenciável do PSL sinaliza o grau de preocupação predominante e reafirma a viabilidade da inesperada possibilidade, até há pouco tempo não ventilada. E o que se observa é até a interferência pontual de agências de rating e alguns jornais internacionais de credibilidade, arremata o economista.

    A confirmação

    A pesquisa Datafolha, divulgada ontem à noite, confirmou a do Ibope do dia anterior, com alguns acréscimos. Não só Jair Bolsonaro cresceu para 32% e Fernando Haddad permaneceu nos 21%, como viu aumentar a sua rejeição. Esta é uma observação muito interessante. Teria sido porque José Dirceu falou naquele negócio de tomar o poder ou o motivo foi a delação do Antônio Palocci?

    O culpado

    Pode ser, mas só em pequena parte. O eleitorado comum não capta bem esse negócio de Poder ou pelo menos não faz ilação com algum tipo de regime de exceção ou ditadura de esquerda. Quem sabe foi o próprio desempenho de Haddad em debates, entrevistas ou outras manifestações públicas? Eis aí algo a considerar.

    O ausente

    Nos últimos dias, Lula não tem sido notícia, a não ser que ele é que comanda a campanha, ele é o ventríloquo de Haddad. Mas isso era sabido. O que se pode dizer é que, por enquanto, as pesquisas indicam o tamanho do PT no Brasil: 22%.

    30 anos da Constituição

    OAB 30 anos constituição

    A OAB Nacional promoveu ontem homenagem às três décadas de promulgação da Constituição Federal de 1988. A solenidade contou com a presença de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): o vice-presidente Luiz Fux, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Lamachia destacou “a importância do simbolismo de reunir a advocacia, que é a voz constitucional do cidadão, com os ministros do STF, casa que é guardiã da Constituição.”

    Palavra-chiclete

    Fascismo sempre é a palavra da moda nas eleições brasileiras. É um bottom que a esquerda gosta de pregar nos outros. E é multiuso. A loja vendeu o produto errado? O dono é fascista. A lavanderia lavou mal a roupa? O dono é fascista. A mulher te enganou? Ela é fascista. O candidato adversário ganha do seu? É porque ele é fascista.

    Breve aqui

    Não houve tantas comemorações do Dia do Idoso como em anos anteriores. Talvez porque o número deles seja muito grande. E a julgar pela diminuição cada vez maior do número de nascimentos, esse dia chegará.

    Prêmio Visão

    Está na moda no jornalismo impresso – em alguns veículos pelo menos – a moda de publicar anúncios e até textos com fundo vermelho e letras brancas. Dá até a impressão que não querem que se leia o texto e fazem tudo para dificultar a leitura.

    Meio a meio

    Na eleição de 2014, 25 (80,65%) deputados federais da bancada do Rio Grande do Sul tentaram a reeleição. Vinte e dois foram reeleitos e houve uma renovação de nove cadeiras (29,03%). O quociente eleitoral foi de 191.679 votos para um partido eleger um candidato em 2014, aponta o advogado Antônio Augusto Mayer dos Santos.

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  • Há favores tão grandes que só podem ser pagos com a ingratidão.

    • Alexandre Dumas •