Amaro Juvenal sabia das coisas
O povo é como o boi manso,
Quando novilho atropela,
Bufa, pula, se arrepela,
Escrapeteia e se zanga;
Depois. . . vem lamber a canga
E torna-se amigo dela.
Este é um dos versos de uma das melhores coisas já escritas nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, o poemeto campestre “Antonio Chimango”, ou o então presidente do Estado Borges de Medeiros. O autor, que usou o pseudônimo de Amaro Juvenal, foi Ramiro Barcellos. Procurem nos sebos de preferência; em último caso, na internet. Quase todas as edições são antigas, portanto tem cheiro (bom) de livro velho. Como hoje em dia, certo? Aqui vai o verso final.
Home é bicho que se doma
Como qualquer outro bicho;
Tem às vezes seu capricho,
Mas logo larga de mão;
Vendo no cocho a ração,
Faz que não sente o rabicho.
Como as coisas não mudam. Não é mesmo?
PermitE-me replicar trechos de seu blog no facebook? Como os devidos créditos, claro.
Claro, fique à vontade! Abraço