Tarawa, o máximo em burrice
A burrice ou a incompetência regem o mundo. Não é só no Brasil. Os norte-americanos também têm as suas. Pegue-se o exemplo do Atol de Tarawa, uma tripa localizada no Pacífico Sul que, na II Guerra Mundial, era estratégica.
Os japoneses fortificaram a ilha para proteger o aeródromo, vital para eles. Lançaram ataques para alvos fixos ou móveis em toda a região. Sabiam que os americanos precisavam dele, então tomaram suas precauções.
Como não era tão grande, mais ou menos como o Central Park de Nova Iorque, cercaram-na com altos muros feitos de toras de coqueiros, resistentes. Roliços. Por isso, fáceis de transportar, e capazes de aguentar pesados ataques da artilharia ou bombas.
Escolheram 4 mil soldados da elite japonesa e esperaram. Os americanos vieram com lanchões – na maré baixa. Então, encalharam. Não contavam com o muro também.
Para ajudar os marines, mandaram tanques Sherman com um canhão ridículo de 37mm. Nem fazia cócegas nos coqueiros.
Para piorar, a frequência dos rádios dos tanques não era a mesma dos rádios dos fuzileiros navais. Para remendar a situação, depois que perderam 1,5 mil marines, colocaram na lateral dos tanques um telefone para se comunicar com a tripulação do blindado. Tomaram Tarawa dias depois. Mas perderam 1,5 mil marines em três dias.
Nem o Exército Brancaleone faria tantas trapalhadas em espaço tão curto de tempo. Moral da história: nós não caminhamos sós.