O de sempre

18 ago • NotasNenhum comentário em O de sempre

A semana termina como a semana que passou. Batemos sempre nas mesmas teclas no jornalismo. Senado deve votar a reforma fiscal – a imprensa largou de mão o “arcabouço fiscal”, parece que cansaram de usar o termo – a bolsa brasileira cai sem parar a 13 dias, recorde desde que surgiu o Ibovespa, a monotonia dos Rolex ganhos pelo casal Bolsonaro, assunto que o leitor comum já encheu de ler e ver. Cada vez mais os economistas se inquietam com o rombo fiscal e se perguntam como eu de onde virão os R$ 1,7 trilhão do PAC se faltam R$ 100 bilhões para fechar as contas deste ano.

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Mas não se inquietem, aldeões. O Brasil sempre deu um jeito fiscal fingindo que ele não existe, e o pepino fica para o ano que vem. O que o povo sabe de déficit primário, de superávit nas contas? Nada. E nem quer saber.

Já cansei de bater no assunto de que a distância entre os parlamentos e a chamada opinião pública é cada vez maior. Nem eles falam direito e nem o povo os escuta. No meio do caminho, tem um muro acústico, uma mistura de isopor com cimento que impede que o som se propague.

Papo vai, papo vem…

Nos anos 1960, o então deputado federal Carlos Lacerda fez um discurso criticando um deputado governista. E pegou pesado. O atingido pediu um aparte.     

– O que vossa excelência diz entra por um ouvido e sai pelo outro.

Má ideia. Lacerda nunca deixava barato.     

– Impossível, o som não se propaga no vácuo, excelência.

https://cnabrasil.org.br/senar

Os bichinhos do povo

Os brasileiros possuem 168 animais de estimação, incluindo peixes e outros. Os donos agorá, são chamados de tutores, outra besteira do politicamente correto. Ou animalmente correto, como queiram. Só falta a criançada ser chamada de tutoras de bichinhos de pelúcia.

A cidade lua de mel

A imagem é de 9 de abril de 1986, e mostra a entrega de requerimento de emancipação do distrito de Ana Rech de Caxias do Sul na Assembleia Legislativa. O de gravata com listras e o então deputado e futuro governador gaúcho José Ivo Sartori. Ana Rech já era conhecida como destino para recém-casados. Virou febre passar lua de mel na cidade. O apelido dela era o Cemitério das Virgens, mas que tal essa?

Foto: Ednir M. Santos

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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