• No fim das contas…

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    ...mesmo com todo isolamento destes quase quatro meses, nem o vírus foi embora nem enfraqueceu, como se esperava. Apesar de toda a quebradeira e a por vir. Os infectologistas dizem que só um lockdown por um bom tempo evitaria o colapso do sistema de saúde no Rio Grande do Sul.

    Imagem: Freepik

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    Isso significa fechar tudo e mais um pouco. A ironia e que estamos presos por culpa do sistema, em última análise. Em outras palavras, se tivéssemos mais leitos e UTIs, um número que ninguém sabe calcular, poderiamos estar “menos” presos.

    Infectologistas são catastróficos por natureza, mas neste caso não se trata da doença, mas de pura matemática. Agora, se o lockdown vai conseguir represar o vírus já e outro papo. Tudo somado e diminuído, estamos todos mais perdidos que cego em tiroteio.

    PERDIDOS NA NOITE

    Os infectologistas que me perdoem, mas o que restará depois de um lockdown severo? Se um terço dos negócios já quebrou,  depois dele podemos esperar o filme O Dia Seguinte. A saída? Ninguém sabe. Pelo andar da carruagem, até a turma da Geladeira Cheia pode esperar isonomia com a turma da Geladeira Vazia.

    DESILUSÃO

    Há um bocado de vacinas sendo testadas e um bom número delas é promissora. Pularemos de alegria, mas alguns ficarão tristes como macaco em dia de chuva. Adeus vitrine, adeus bons negócios.

    IMOBILIÁRIA PSÍQUICA

    O meu amigo Paulo Motta postou uma frase muito boa, bem ao estilo irreverente que gosto: “Você está muito sensata, precisa consultar um psicopata”. Lembrei de uma dos anos 70: sabem qual a diferença entre um neurótico, um psicopata, um psicótico e um psiquiatra? O primeiro imagina castelos no ar, o psicopata realmente vê os castelos e o psicótico mora neles. O psiquiatra? Cobra o aluguel. Nada pessoal, doutores, são apenas negócios.

    VIDA DIFÍCIL

    Advogados se queixam sobre as dificuldades em exercer a profissão. Primeiro, foi a greve dos serventuários de outubro a novembro. Quando as atividades processuais seriam retomadas, veio o recesso forense. Em seguida, as férias dos dois lados, e o Carnaval. Voltou ao normal efetivamente dia 16 de março. Três dias depois, veio a pandemia.
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  • A foto do fato

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

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    Com a quebradeira das empresas de ônibus de Porto Alegre, esta é uma bela sugestão de sobrevivência viária.

    Imagem do acervo de Afonso Carlos Cramer

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  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Caso do Dia

    Se eu ficasse em ilha deserta, ia querer sal. Tem 14 mil usos conhecidos.

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  • Antes da batalha, o planejamento é tudo; quando ela começa, não vale mais nada.

    • Presidente americano Dwight Eisenhower •

  • O assalto

    Publicado por: • 13 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    Nos gloriosos tempos em que o Centro de Porto Alegre era charmoso, havia três churrascarias com nomes de raças de gado de corte, só na rua Riachuelo. Pois aconteceu que em um certo meio-dia, fregueses de uma delas notaram que a moça do caixa estava aos prantos. Entre soluços, ela contou que fora assaltada. Um criminoso entrou discretamente e foi ao caixa, enquanto outro ficou na porta.

    Foi tudo muito rápido, como sempre. O assaltante abriu o casaco e mostrou um revólver. Passa todo o dinheiro, ordenou. Tão fácil que repetiram a dose semanas depois, mas ampliando o raio de ação. A porta foi trancada e um terceiro assaltante começava a percorrer as mesas quando surgiu um porém. Um dos clientes, completamente bêbado, resolveu fazer tudo pelo social.

    – É isso aí, tem mais é que limpar essa burguesia! Toca ficha que não tô vendo nada, podicrê!

    Os assaltantes se entreolharam preocupados. Afinal, o sujeito falava aos berros e podia chamar a atenção da cana. Um deles teve a má ideia de dar um empurrão no sedizente socialista que quase foi ao chão.

    – Mas o que é isso, meu? Eu aqui dando força e vocês me maltratam? Mas que merda de assaltantes que vocês são!

    Ato contínuo, levantou e, sempre gritando, começou a chutar cadeiras e empurrar um deles com grande estardalhaço. A essa altura, o borracho gritava a plenos pulmões, de tão furioso que estava.

    – E tem mais, seus bostas! Facilita e eu urino no cano desse teu revólver!

    Os gritos do cara já podiam ser ouvidos no IAPI. O trio começou a ouvir as sirenes das viaturas policiais chegando. Nervosos e temendo levar uma azeitona quente saída do cano de um trezoitão, interromperam o assalto e fugiram em desabalada carreira sem levar nada, nem do caixa nem dos fregueses

    Foi assim que um bêbado arruinou um assalto que ia tão bem.

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