Publicado por: Fernando Albrecht • 21 ago • Publicado em: Caso do Dia, Notas •
Sentadito em um banquinho, seu Vilmar tem um mantra: planto, colho e vendo. Graças à sua persistência, já possui uma propriedade em Eldorado do Sul, onde mora, e outra em Alvorada. Em Porto Alegre, vende o que colhe, mel, porongo que serve para cuia de chimarrão ou cabaça, que poucos sabem que serve para transportar água de beber.
Penduradas no poste, esponjas vegetais, usadas por todas as famílias até o aparecimento das esponjas sintéticas. Vêm de uma planta semelhante ao chuchu. Muito as usei. Lavar os pés com vigor é hábito que vai desaparecendo nas cidades.
DA ESPONJA AO PÉ-SUJO
Sempre encanzinei com a expressão usada para definir boteco com aparência pouco recomendável, embora de grande serventia. Acredito que venha do piso encardido e sem lavagem há séculos, restando então essa aparência de pé sujo. Quem não lavava os pés , as “partes” e o sovaco, pelo menos, era considerado sujismundo e tratado como tal.
É o tal “banho de porco”, quando no inverno se enforcava o banho completo.
QUEM CALA, CONSENTE
É notável como ganha força o sentimento que compara o número de casos e mortes causadas por complicações derivadas da gripe comum em anos anteriores na vila e nos palacetes. Colabora o fato das autoridades da saúde nunca terem disponibilizado estes números.
VOX POPULI
Aumenta mais que fogo morro acima, o número de postagens nas redes sociais e artigos de médicos endossando a tese. A desconfiança é alimentada por mais dois fatores: a crença popular de que os números da covid são inflacionados porque o vírus significa muito dinheiro para toda a cadeia.
NO CREO EN BRUJAS…
…pero quas hay, las hay . Já ouvi de gente respeitável e de amigos relatos de parentes próximos que morreram de outras doenças, mas no atestado de óbito consta que morreram de covid, mesmo que não tenha sido feita testagem. Parte pode ser lenda urbana, parte não.
DO LADO DE CIMA
Também caem moscas na sopa. No Norte, Nordeste e Sudeste, os casos já vinham caindo há mais tempo, quando no Rio Grande do Sul só agora caem o número de casos e mortes. Sera que fomos CDFs demais? Os certinhos foram castigados, enquanto os que demoraram para acordar estão no controle?
O CASO BRIGADA MILITAR
Trabalho inédito da Santa Casa de Porto Alegre mostra que, embora os PMs sejam um grupo de risco, o número de infecções que resultaram em complicações foi de apenas 6,7% dos casos, e sem nenhum óbito. E isso que a maioria trabalha nas ruas. Ou é por isso mesmo?
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