• A Guerra de Lamaison

    Publicado por: • 4 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Não é de hoje que o Brasil e Porto Alegre guerreiam contra os mosquitos. A diferença é o “modelo” desse monstrinho alado. Se hoje é o mosquito de pijama, que transmite a dengue, em décadas passadas quem infernizava a vida da população era o culex, o pernilongo, cujo nome já sinaliza que ele tem as pernas longas.

    Era um inferno. Ele atacava preferencialmente à noite. Mas também fazia guerrilha de dia, escondido em lugares escuros.

    A população clamava por uma solução, que até então tinha duas armas: para afastá-lo, o espiral Boa Noite, cujo princípio ativo era a piretrina, extraída de uma planta abundante na região de Taquara, o inseticida Detefon e o Flit, ambos com organo clorado que hoje é banido.

    Quem resolveu a parada foi um advogado, Lamaison Porto, que foi nomeado Secretário da Saúde por Leonel Brizola. A estratégia era a mesma do mosquito da dengue, que usa pijama, mas não dorme de touca, matando os ovos no nascedouro.

    Lamaison reuniu um exército de agentes uniformizados que tinham poder para entrar nas casas, borrifar um inseticida nas águas paradas, no lixo e até mesmo nos vasos e ralos dos banheiros. No início, houve alguma resistência, onde-já-se-viu e coisa e tal.

    Mas os resultados vieram no curto prazo. A Força Aérea do Mal foi dizimada.

    Décadas depois, outro membro da família infernizou a população do interior, especialmente sítios, o mosquito borrachudo. Este modelo vivia na água corrente de riachos.

    Seu predador era o peixe cascudo, praticamente extinto porque seu habitat era a beira dos fios d’água que tinham mata ciliar. De certa forma era o pior, porque coçava e ardia e até infeccionava.

    Uma planta que afasta mosquitos em geral é o gerânio – estes seres detestam perfumes naturais ou artificiais. Quem descobriu este ovo de Colombo foram os franceses quando colonizaram a Louisiana, nos Estados Unidos.

    Os ovos eram transportados no vaivém das mercadorias, e os nativos ensinam que os gerânios os afastam. Por isso, os peitoris das janelas das casas francesas até hoje têm esta flor.

    Hoje, homem bom de trova com as mulheres, mas dificilmente as seduz é chamado de Detefon: tonteia, mas não mata. Mas essa já é outra história.      

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  • O prato dos loucos

    Publicado por: • 4 mar • Publicado em: Notas

    Estou dizendo que a culinária norte-americana loqueou de vez. No canal Food (canal 492 na Sky), o chef Bobby Fly faz pratos cada vez mais estrambólicos. Não bastasse o acúmulo de sabores, ele (e outros do mesmo canal) inventa camarões com bacon – também o colocam em sorvetes.

    Outra maluca do mesmo canal, a Giada, cozinhou fetucine de chocolate com…pancetta. Como dizia aquele grego, aqueles a quem os deuses querem destruir enlouquecem primeiro.

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    Lá atrás começou a cultura de barbecue (churrasco) com açúcar mascavo e molho igualmente doce. Um dia ainda vão dizer que botar bolota de cinamomo na comida é super.

    As bolinhas verdes

    No início dos anos 1980, estive em Salvador (BA) e visitei o Mercado Público da cidade. Gostei.

    Na hora da fome, fui a um restaurante e pedi o cardápio. Um dos pratos era assim descrito: “filé com arroz e bolinhas verdes”. Nossa.

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    Chamei o garçom. Ele me explicou que a sugestão fora de um gaúcho, e significava ervilha, vejam só. Nome do gaúcho: Carlos Araújo, ex-marido de Dilma Rousseff.

    Tempus fugit

    Se você é bastante ativo no e-mail e WhatsApp, calcule quanto tempo gasta por dia para deletar mensagens e ler bobagens sem serventia nenhuma. Vai levar um susto com as horas perdidas da sua vida.

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  • Os inventores do trabalho

    Publicado por: • 4 mar • Publicado em: Notas

    Esta é a famosa turma do Z Café, na rua Padre Chagas de Porto Alegre, que se reúne aos sábados e domingos de manhã. O time não está completo, porque alguns ainda estão em férias nos points de turismo pobre, como Punta Del Este, Aspen, no Colorado (EUA), Paris etc. 

    Foto: Fernando Albrecht

    Na ponta está o mais novo, o artista plástico Vitória Gheno, com 100 anos. Brincando. Gheno ainda pinta e joga golfe. Os demais trabalham em maior ou menor parte do tempo. O trabalho é a farra dos idosos, vocês sabem. Menos para o Gheno, que leva a vida na maciota.

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  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 4 mar • Publicado em: Frase do Dia

    As palavras só me pertencem até eu proferi-las.

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  • Inundação de golpistas

    Publicado por: • 3 mar • Publicado em: Notas

    Clientes de bancos estão recebendo telefonemas supostamente da agência com toda a aparência de ser verdadeira, a mensagem que há uma movimentação suspeita na sua conta. Os bancos não costumam fazer este alerta, então fuja.

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    De Buenos Aires…

    Na entrevista que o empreendedor Sérgio Stein deu para o JC sobraram mais dúvidas que certezas sobre o processo do Novo Cais Mauá. É um investimento de centenas de milhões com projeto a cargo de uma empresa sueca.

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    Nas projeções é bonito. Mas essa de importar projetos que deram certo no exterior não é garantia de dar certo na aldeia.

    …para a Suécia

    Quem não lembra que, no início da ideia, o referencial era o Cais Embarcadero de Buenos Aires. E houve até quem sugerisse o famoso Ver-O-Peso, de Belém do Pará, um despautério misturando chimarrão com frutas.

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    Outro desafio está o de atrair a classe média de volta ao Centro, de onde ela foi expulsa. O Centro, hoje, está contaminado. Experimentem entrar nele depois das 20h.

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