• Inovação contra o mosquito da dengue

    Publicado por: • 10 maio • Publicado em: Notas

     Soluções criativas e eficientes de combate ao mosquito Aedes aegypti serão selecionadas para participar do Braskem Labs, o programa de aceleração de startups da Braskem. Os projetos escolhidos terão quatro meses de mentorias com executivos da Braskem e especialistas da ACE, para que consigam viabilizar suas ideias para eliminar o inseto transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. As inscrições vão até domingo, dia 14/05. O Braskem Labs seleciona ainda projetos ligados ao plástico e à química. Mais informações no site www.braskemlabs.com.br.

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  • As aspas do Boeing

    Publicado por: • 9 maio • Publicado em: Caso do Dia

     Volta e meia algum saudosista lembra da velha Varig e como eram de primeira seus serviços de bordo, a ponto de voos internacionais terem até caviar no cardápio. Verdade que não era caviar beluga, extraído de um raro esturjão do Mar Cáspio, e que hoje o beluga de segunda ronda os R$ 60 mil o quilo – não é 6, é 60 mesmo. Os talheres eram de prata e a tripulação sabia que a maioria dos passageiros os levava para casa.

     A geração atual, que mesmo com salário de uma categoria com salários muito baixos, como jornalista, pode ir a Paris sem problemas. Ocorre que, naquele tempo, anos 1950 e 60, só a elite podia viajar de avião, mesmo em voos domésticos. Então esses manjares e esses afanos estavam embutidos no preço da passagem. Não fiz a conversão, mas um voo para Nova York seguramente não baixava de R$ 20 mil em dinheiro de hoje. De qualquer maneira, era um desperdício que se refletia no lucro.

     O que a Varig não economizava era na beleza das aeromoças. O primeiro Boeing 707 que ela comprou chegou em 1958, e um ano depois foi aberto à visitação pública. A fila era enorme, então se entrava por uma porta e tinha que caminhar rápido porque um comissário (por que nunca o chamavam de aeromoço?) falava algo do tipo “vá em frente porque atrás vem gente!”.

     E eu lá, com meus 16 anos. Então levei um choque ao ver uma aeromoça maravilhosa sentadinha numa poltrona folheando displicentemente uma revista. Meu Deus, que visão! Morena, cabelos lisos e brilhosos presos em coque, maquiada no capricho, ai meu jesuscristinho, por que não tenho mais de 20 anos e não sou rico?

     Cheguei a ter pesadelos com ela. No sonho, ela me traía com o piloto que ria de mim. Os dois riam, os safados. Acordei suado, pijama molhado, então parti para as palavras que consolam. Ainda bem que não tinha mais de 20 anos, não era rico e nem namorava a mulher mais bonita que vi na minha vida que me botaria um par de aspas graúdos da largura daquele Boeing.

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  • Do baú, como se novo fosse

    Publicado por: • 9 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

     (Publicado há três anos)

    Achados analíticos adversos

     Sempre me impressionou o fato de empresas tupiniquins adotarem jargões e terminologias estrangeiras para cargos. Nos anos 70, as agências de propaganda foram além da conta e não demorou muito para que o mundo oficial e burocrático – perdão, é pleonasmo – copiasse essas manias. Ascensorista da Assembleia Legislativa gaúcha passou a ser denominado pelo Diário Oficial do Estado como “oficial de transporte vertical”. Suponho que motorista seja oficial de transporte horizontal.

     A nomenclatura das agências me divertia muito. Durante dois meses, fiz um trabalho para uma agência norte-americana, na qual todo mundo era diretor ou vice-presidente, incluindo a mulher do cafezinho, que eu rebatizei de Vice-Presidente de Cargas Líquidas Ingeríveis. Fosse hoje, teria o acréscimo “logística de cargas líquidas”.

     Então me animei e fui adiante. O boy passou a ser Oficial de Serviços Externos e Internos e o porteiro do prédio foi promovido a Diretor-Adjunto de Controle de Fluxo. Lembro que criei mais alguns cargos, mas as brumas do tempo os ocultaram. Com a consciência ambiental de hoje, certamente que o cara que limpa as lixeiras seria o Oficial Superior de Reprocessamento de Resíduos Sólidos.

     Até mesmo uma simples garrafa térmica poderia ser uma Unidade de Conservação Calórica, dentro do melhor espírito da Segunda Lei da Termodinâmica. Aliás, a segunda veio antes da Primeira, mas essa é outra história.

    Tenho lembrança vaga de ter criado uma vice-presidência para o segundo boy da agência, que era quem fazia os trabalhinhos miúdos como repor sempre as folhas da copiadora xerox: Vice-Presidente de Estoques Termoplásticos.

      Isso me veio à mente quando li a nota oficial sobre o resultado positivo de um exame antidoping de piloto da Stock Car, amaciado para “achados analíticos adversos”.

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  • Quem pode decidir quando os doutores divergem?

    • Poeta Alexander Pope •

  • Propaganda  

    Publicado por: • 9 maio • Publicado em: Notas

     Às vezes, fico com vontade de dizer para as garotas que tatuaram as coxas que esta parte da anatomia da mulher é para ser admirada, não para ser um outdoor. Mas é inútil. Vivem o momento e deu.

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