• A melhor arma é aquela que nunca temos que disparar.

    • Ditado popular   •

  • Notas

    Publicado por: • 1 mar • Publicado em: Notas •

    Estoque finito

    Apareceu mais um neo, o neofeminino. Dizem que tudo começou com o neoclássico. Na política, foi o neoliberalismo – na prática, o neo demoniza a expressão e quem dela faz parte de alguma forma. Quando todas as palavras tiverem neo na frente, qual será o substituto dele? Neoneo?

    Minipraia

    A proposta de alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú, no litoral catarinense promete triplicar a faixa de areia. Vai custar R$ 82 milhões. A cidade é a única praia do mundo que não tem sol por causa dos edifícios. A faixa de areia é um pouco mais larga do que uma calçada estreita.

    O mar teimoso

    Nos anos 2000, também fizeram ampliação. Contrataram uma empresa americana da Flórida com expertise para “criar praia”. Acompanhei o caso na época. Os americanos contaram que não basta botar areia porque o mar leva. Mas me caíram os butiás do bolso quando soube que o alargamento era para dar…mais espaço para a construção de prédios.

    Cherchez la France I

    O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Agence Française de Développement (Agência Francesa de Desenvolvimento) – AFD assinam, nesta quinta-feira (1°/3), um contrato de crédito no valor de € 50 milhões para financiar projetos de impacto positivo sobre o meio ambiente e o clima.

    Cherchez la France II

    A parceria BRDE-AFD apoiará o Programa BRDE PCS – Produção e Consumo Sustentáveis, destinado a cinco eixos prioritários: energias limpas e renováveis; gestão de resíduos e reciclagem; uso racional e eficiente da água; agronegócio sustentável e cidades sustentáveis. Os dois bancos de desenvolvimento empenham-se para mobilizar financiamentos visando ao combate às mudanças climáticas.

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  • A longa jornada até o entendimento

    O entendimento de economia demanda uma longa jornada

    Publicado por: • 28 fev • Publicado em: Caso do Dia •

     Quando a economia vai bem demais, os bancos centrais aumentam os juros porque a demanda aquecida desperta a inflação porque o emprego sobe e, com ele, a demanda por produtos e serviços. Com juros mais altos, a economia desacelera. Caso do Federal Reserve, dos EUA. Um espirro do FED dá gripe em todo mundo. Manda quem pode, obedece quem precisa – percisa, segundo seu Pacheco lá do Alegrete. Mas como explicar isso para o povaréu?

     O povo não entende essa lógica. Não consegue digerir esta informação – se é que a tem…- de que quando a economia vai bem o perigo é a volta da inflação. Vale para muitos jornalistas da nossa grande imprensa. Li outro dia um texto na ZH que falava na intenção do banco Central americano (FED) de subir os juros “apesar do aumento do emprego”.

     Bom, assim fica difícil. Por isso que insisti que o beabá da economia monetária deveria ser pré-requisito para jornalista que entra. Quando caem os índices inflacionários, a primeira coisa que se diz “mas meus gastos no supermercado aumentaram”.

     No fundo, é um problema bem brasileiro, incluindo o nosso, saber fazer abstrações. Não é à toa que somos ruins em matemática desde cedo. Faça um teste simples, pergunte a alguém quanto é 2% mais 2%.

     Claro que não é 4.

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  • O velhote da consignação

    Publicado por: • 28 fev • Publicado em: A Vida como ela foi •

    O velho Eugênio era daqueles que perdia o amigo, mas não perdia a piada. A bem da verdade, era um velhote arruaceiro. Quando se apertava de grana, vendia cortes de tecidos que conseguia em consignação de uma conhecida loja de tecidos.

    Certa noite, entrou numa roda de amigos do Restaurante Dona Maria e ofereceu seu produto para um jornalista, era um pano chamado pele de camelo. Disse que conhecia bem o dono da loja.

    – É importado, coisa muito fina.

    Resolveu comprar. Começou a preencher o cheque quando viu um sorriso debochado no outro. Desconfiou. Aí tem coisa, pensou. E como era daqueles que botava suspensório em cobra correndo e sentia a maldade de longe, colocou a quantia certa em números, mas errou propositalmente o valor por extenso.

    – Não esquece de botar teu telefone no verso, porque tu é daqueles que passa cheque sem fundo.

    Aí já era desaforo. Colocou um número nas costas. O Eugênio olhou ligeiramente o documento. Já na porta, gritou lá de longe.

    – Que importado que nada! Só tu pra comprar uma peça dessas sem conhecer tecido. É produto nacional mesmo!

    Todos riram do otário.

    No outro dia, o velhote entrou brabíssimo no Dona Maria à procura do comprador, que, convenientemente, não estava presente. Se estivesse, seria cena de sangue na avenida São João. Aconteceu que o velhote não conseguiu descontar o cheque no caixa, porque estava mal preenchido.

    Fulo da vida, ligou para o telefone constante no verso e, tão logo alguém atendeu, já foi enchendo o cara de osso. Era de filha da puta para cima. Só que o número do telefone era do seu Rafael. Que vinha a ser o dono da loja que havia entregue o corte em consignação.

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  • Um arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter – quanto mais velha ela fica, mais ele se interessa por ela.

    • Agatha Christie •