•  Resíduos não, matéria-prima

    Publicado por: • 8 maio • Publicado em: Sem categoria

    Ao olhar a fábrica da Celulose Riograndense em Guaíba (RS) funcionar a pleno vapor, não se imagina que, enquanto o grande picador de toras da empresa trabalha, ele produz não apenas os cavacos que se transformarão nas 1,8 milhão de toneladas de celulose que a indústria produz anualmente, mas também aciona uma cadeia de produção de insumos para a agricultura e paisagismo. Esta iniciativa teve pai: o ambientalista brasileiro José Lutzenberger. Ainda nos anos 80, Lutzenberger visitou a então fábrica da Riocell que inaugurava sua estação de tratamento de efluentes, após anos de luta ambiental para melhorias na fábrica de celulose.

    A história de Lutz

       No ano de 1982, o ambientalista foi apresentado, então, para uma iniciativa da própria indústria de construir uma estação de tratamento de efluentes líquidos, com primário, secundário e terciário – coisa que até então nenhuma outra fábrica de celulose no Brasil (e a maioria no Mundo) tinha nesta plenitude -, e os filtros e precipitadores nas chaminés. A partir daí, Lutzenberger passou a ministrar palestras de educação ambiental em reuniões internas da empresa. Foi o início de uma colaboração intensiva que buscava achar meios de aproveitar, para fins agrícolas, os resíduos orgânicos, como o lodo biológico do tratamento dos efluentes líquidos, as cascas de eucalipto e os resíduos minerais com potencial uso como corretivos de solos.

    Trabalho paisagístico

       Paralelamente, Lutz também fez um fascinante trabalho paisagístico, criando um parque ecológico no aterro contíguo às instalações da fábrica, nas margens do lago Guaíba, utilizando adubos orgânicos da compostagem dos resíduos para recuperar o solo local. Hoje, na Celulose Riograndense – ao contrário do que ocorre na maior parte das fábricas no mundo -, os resíduos orgânicos, ao invés de serem depositados em aterros, são transformados em húmus, um substrato agrícola utilizado em hortas, culturas de hidroponia e pomares.

    Central de reciclagem

       À frente deste trabalho, há 30 anos, está a empresa Vida Desenvolvimento Ecológico, fundada por José Lutzenberger e contratada pela CMPC para cuidar da destinação dos resíduos industriais sólidos. Uma Central de Reciclagem de Resíduos Sólidos foi instalada no interior de Eldorado do Sul, em parceria com a Celulose Riograndense. A Central é composta por duas áreas: uma no Horto Florestal José Lutzenberger e a outra no Horto Florestal Boa Vista, com área útil total de 67 hectares.

    Sem essa

       O deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) adverte que nos governos Lula e Dilma não diminuíram a desigualdade no País. “A desigualdade aumentou em todas as pesquisas feitas nestes governos, e quem diz isso é Thomas Piketty, o grande teórico, economista neomarxista dos tempos modernos”.

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  • O grande excluído é o brasileiro honesto, quer seja pobre ou não.

    • Percival Puggina •

  • Matusalém do jornalismo

    Publicado por: • 8 maio • Publicado em: Sem categoria

     roberto brenol de andrade  Jornalista e colega do JC Roberto Brenol de Andrade esteve de aniversário domingo. A idade dele só se saberá pelo sistema de datação Carbono 14.

    Dizem que ele atravessou três séculos. Do ábaco ao chip.

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  • Parabéns pra você

    Publicado por: • 8 maio • Publicado em: Notas

       O blog do Prévidi completa 15 anos de bons serviços prestados à comunidade. Aqui vai sua lembrança sobre essa efeméride.

     previdiNeste ano completo 15 anos neste espaço. Em junho. 

    No mesmo mês, dia primeiro, comemoro 40 anos com a carteira de trabalho assinada como Repórter de Jornal, no Diário de Notícias. Desde então, sempre tive atividades relacionadas com o Jornalismo.

    Como dizia o Brizola, “pisei em todos os tapetes”. Infelizmente – ou não – deixei de aprender muitas lições. Olha, pensando bem, não sei se é “infelizmente”. Cabeça grande e dura.

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  • Os títulos honoríficos

    Publicado por: • 7 maio • Publicado em: Notas

    Sempre me impressionou o fato de empresas tupiniquins adotarem jargões e terminologias estrangeiras para cargos. Nos anos 70, as agências de propaganda foram além da conta e não demorou muito para que o mundo oficial e burocrático – perdão, é pleonasmo – copiasse essas manias. Ascensorista da Assembleia Legislativa gaúcha passou a ser denominada, pelo Diário Oficial do Estado, como “oficial de transporte vertical”. Suponho que motorista seja oficial de transporte horizontal.

    Diretoria

       A nomenclatura das agências me divertia muito. Durante dois meses, fiz um trabalho para uma agência norte-americana, na qual todo mundo era diretor ou vice-presidente, incluindo a mulher do cafezinho, que eu rebatizei de Vice-Presidente de Cargas Líquidas Ingeríveis. Fosse hoje teria o acréscimo “logística de cargas líquidas”. Então me animei e fui adiante. O boy passou a ser Oficial de Serviços Externos e Internos. O porteiro do prédio foi promovido a Diretor-Adjunto de Controle de Fluxo.

    Cargos

       Lembro que criei mais alguns cargos, mas as brumas do tempo os ocultaram. Com a consciência ambiental de hoje, certamente que o cara que limpa as lixeiras seria o Oficial Superior de Reprocessamento de Resíduos Sólidos. Até mesmo uma simples garrafa térmica poderia ser uma Unidade de Conservação Calórica, dentro do melhor espírito da Segunda Lei da Termodinâmica. Aliás, a segunda veio antes da Primeira, mas essa é outra história.

    Vice

       Tenho lembrança vaga de ter criado uma vice-presidência para o segundo boy da agência, que era quem fazia os trabalhinhos miúdos como repor sempre as folhas da copiadora xerox: Vice-Presidente de Estoques Termoplásticos.

    Exame

       Isso me veio à mente quando li a nota oficial sobre o resultado positivo de um exame antidoping de piloto da Stock Car, amaciado para “achados analíticos adversos”. Igual aos exames de urina em que aparece a expressão “leves traços de albumina”. Pois aí mesmo, na leveza, que a bronca é grande.

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