• Um mestre das palavrinhas

    Publicado por: • 23 maio • Publicado em: Caso do Dia, Notas

       Faleceu, aos 86 anos, Alberto Dines, um dos melhores jornalistas brasileiros de sua geração e das que vieram depois dele. Conhecido por manter o Observatório da Imprensa, iniciativa que analisa a atuação da imprensa, passou por vários e importantes jornais brasileiros. Em especial, o velho e querido Jornal do Brasil. Para mim, foi o melhor jornal brasileiro.

    O velho e bom JB

       O JB tinha um visual que, se fosse uma pessoa, dir-se-ia dele que era um cara simpático. O tipo de fonte, a paginação, a diagramação, tudo atraía o leitor. Obviamente, sem falar nos textos. O JB da Condessa Pereira Carneiro só publicava uma foto na capa, sempre ótima.

    Atualidades

       Leio que o asno selvagem de regiões do Tibete está em extinção. Em outros lugares e países do planeta, eles estão em acelerada reprodução. Fora de controle, a população de asnos chegou a um ponto tal que ocupam até cargos e ocupam posições que, não faz muito, eram reservadas aos humanos.

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  • Carnaval com brilho dos carnavalescos

    Publicado por: • 22 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

       No tempo em que Carnaval era uma festa em que brilhavam os carnavalescos como Clóvis Bornay (1916-2005) e Evandro de Castro Lima( 1920-1985), sempre achei graça nos nomes pomposos que eles davam às suas fantasias. No início era Louvor e Glória de Dom Pedro I, por exemplo, mas à medida que os dois levaram a rivalidade a extremos eles foram caprichando. Louvor e Glória passou a ter acréscimos do tipo “Louvor e Glória Ascensão Matutina do Sol Fulgurante de Sua Majestade Heroica Dom Pedro I”. Os nomes que a dupla escolhia eram mais longos que desfile de escola de samba. O jornalista Carlos Coelho sintetizou muito bem essas fantasias exuberantes.

       – No fundo, é tudo pluma e paetê.

      Pois olha, o Coelhinho até que tinha razão. Faltaram só as miçangas. Sempre achei que Bornay fosse militante de um partido de esquerda, porque falava com os erres carregados e tinha língua presa. Já o Evandro era de tradicional e aristocrática família baiana. Claro que a família não gostava dos modos do rapaz, então ele se homiziou em Buenos Aires, então Meca dos alegres rapazes da banda e acolhedora da turma do arco íris.

       Pois não é que justo quando se deu a diáspora gay do Brasil assumiu o poder o ditador Juan Domingos Perón? E uma das suas metas era viver a Argentina livre de gays. Então, passou a persegui-los, logo quando o baiano tinha montado shows, ele como destaque, claro. Em entrevista ao jornal Última Hora do Rio de Janeiro, Evandro contou que tudo mudou da noite para o dia. Tiveram que voltar ao armário. Como ele disse ao jornal, quando eles se encontravam em bares, a cautela era essencial.

       – Tínhamos que fazer gestos tão comedidos…

      Para escapar dessa asfixia, ele e vários outros artistas deram com os costados em Porto Alegre, cidade que ele passou a amar. E aqui ficou por algum tempo dando shows no American Boite, na rua Voluntários da Pátria. Mas essa já é outra história, que conto amanhã.

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  • Terra é Guaíba…

    Publicado por: • 22 maio • Publicado em: Caso do Dia, Notas

       Como já dizia o humorista Carlos Nobre. Fico me perguntando por quanto tempo municípios vizinhos de Porto Alegre, com o Guaíba no meio, serão descobertos para sediar condomínios horizontais e até prédios, moradias inclusive de alto padrão – talvez, principalmente. Eldorado do Sul já conta com dois desses conjuntos, mas o acesso tem que ser via BR-116. Quem tem barco pode ir e vir pela água.

    …a ser descoberta

       O que tenho em mente é a cidade de Guaíba. Já existe um bom serviço de catamarã da CatSul, que faz a travessia em 20 minutos – e é um belo passeio. Rio não tem quebra-molas, ainda mais se for catamarã. Mas, na minha concepção, dependendo do tamanho do condomínio, poderiam ter até serviço próprio, se ficar perto do Guaíba. Aí já imagina um pouco mais à jusante do rio. Ou então, se a demanda for considerável, a própria CatSul poderia aumentar sua frota.

    Fumacê, fumaçá

       Estou cada vez mais convencido de que a letargia da população brasileiro se deve à maconha. Não bastasse sermos fumantes passivos do cigarro comum, esse que SÓ dá câncer, o que se aspira de cannabis caminhando na rua não é fácil. O pior é que o cheiro fica encruado na roupa, dependendo do tempo de exposição. Na Rua da Praia e paralelas do Centro Histórico de Porto Alegre, fuma-se passivamente uns dois baseados por quadra percorrida. Gruda mais que carrapato no boi.

    Campanha

       Proponho uma campanha como a feita quando do Proálcool, nos anos 1980 – carro a álcool, você ainda vai ter um – e no caso o slogan seria: Cigarro de maconha, você já fumou um.

    Encolhimento

       Esse negócio de abreviar palavras não é coisa dos tempos modernos. Para começar, a tendência é encurtá-las e temos muitos exemplo. Na gíria, lembro de uma dos anos 1960: satisfa. Quando se apresentava alguém ou se recebia uma boa notícia, lá vinha o satisfa. De satisfação.

    Novo cartão

       O Banrisul iniciou a comercialização do Cartão Banrisul Mastercard Travel Card Multimoeda, cartão pré-pago agora emitido com até quatro opções de moeda estrangeira: Dólar americano (USD), Euro (EUR), Libra Esterlina (GBP) e Dólar canadense (CAD). O cartão Travel Card funciona como um cartão de débito no formato pré-pago. O cartão é protegido por chip e senha, disponibiliza assistência global 24 horas por dia e sete dias por semana, e cartão adicional. É aceito em mais de 34,5 milhões de estabelecimentos comerciais credenciados pela Mastercard, como hotéis, restaurantes, lojas, farmácias, entre outros.

     

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  • A felicidade é provavelmente uma infelicidade que se suporta melhor.

    • Marguerite Yourcenar, escritora belga •

  • Trabalhando pela honra, para evitar a desonra.

    • F. A. •