• Houve tempo em que frango assado era apenas uma posição, se me faço entender.

    • F. A. •

  • O meu pinheirinho

    Publicado por: • 24 dez • Publicado em: A Vida como ela foi

    O presente de Natal que eu queria não há Papai Noel que me traga. Eu quero de volta minha meninice em São Vendelino, o meu cantinho que eu chamava de felz (rocha), um remanso do arroio Forromeco. Eu queria de volta meu cachorrinho Tupi, meu querido companheiro nas horas alegres, das fantasias de safári, de explorador intrépido pele Curdistão bravio, meu amiguinho que lambia meu rosto com os olhos sorridentes, o que eu devolvia em afagos com juros e correção monetária.

    Quando eu chorava, refugiava-me na Rocha, a poucas dezenas de metros de uma represa artesanal construída por iniciativa do meu tio Sireno Selbach, onde eu e meus primos nos banhávamos. Minha linda represa que uma enchente levou há anos.

    Eu queria de volta meus brinquedos improvisados, o “revólver” feito com a raiz da mandioca que, nas minhas fantasias, tinha munição inesgotável. Eu queria de volta o moinho colonial onde eu comia farinha de trigo e arroz cru.

    Eu queria de volta as histórias de Natal contadas perto do pinheiro com presépio no pé, um espelho deitado e cercado por barba de pau fazendo as vezes de um laguinho. Eu queria de volta minha bicicletinha de três rodas, onde coloquei botões de armário à guisa de faróis. Eu queria de volta as rabanadas de pão de milho que minha mãe fazia, eu queria de volta meus amigos do Grupo Escolar, as brincadeiras feitas no potreiro lomba acima, ao lado da escola.

    Eu queria de volta a nossa casa, a venda do meu pai, a prensa de alfafa movida por um burro, o cheiro da terra molhada e o barulho da chuva caindo no zinco. Eu queria de volta até um lagarto que ficou meu amigo porque mansinho era e dele eu não tinha medo.

    Eu queria de volta minhas pitangueiras da ilha pequena formada por um braço do córrego que movia o moinho. Eu queria de volta meus pais e irmãos por quem eu ainda choro mesmo passados todos estes anos.

    Sobretudo, eu me queria de volta, mas é impossível. Eu desapareci.

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  • Prefeituras na agenda do Piratini 

    Publicado por: • 23 dez • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O governador eleito Eduardo Leite anunciou que criará uma secretaria especial para atender e auxiliar as prefeituras. O presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), André Pacheco, avalia a decisão de governo como assertiva e necessária.

    Aliás, no mês passado, em reunião com o futuro vice-governador Ranolfo Vieira, essa foi uma das propostas sugeridas pela entidade. “Precisamos de um elo entre o Estado e os municípios capaz de desburocratizar entraves, agilizar processos e apontar caminhos”, salienta Pacheco, que também é prefeito de Viamão.

    Serra das Hortênsias

    Do blog do jornalista Miron Neto

    Gramado e Canela são os destinos preferidos para as famílias que usarão o Airbnb como meio de hospedagem neste verão. De acordo com um estudo feito pela plataforma de aluguéis de imóveis para temporada sobre os hábitos e preferências de quem pega a estrada com crianças menores de 12 anos. As duas cidades registraram o maior número de reservas de grupos com crianças para os meses do verão.

    O calendário de programações natalinas e atrações voltadas para as famílias ajudam a explicar a escolha por Gramado e Canela. São os únicos destinos entre os dez primeiros que não estão no litoral. A lista se completa com Florianópolis, Ubatuba (SP), São Sebastião (SP), Guarujá (SP), Cabo Frio (RJ), Rio de Janeiro, Fortaleza, Balneário Camboriú (SC) e Caraguatatuba (SP).

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  • Crônica de tragédia anunciada

    Publicado por: • 22 dez • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Saiu no site Tecmundo

    Drones estão se tornando cada vez mais populares entre as pessoas e, justamente por esse motivo, há uma necessidade de regras bem definidas para o uso seguro dessas aeronaves. Entre os lugares onde é vetado o uso de drones estão os arredores e proximidades de aeroportos, pois um acidente envolvendo algum avião de passageiros pode redundar em uma tragédia.

    Se você ainda não estiver convencido que um simples drone possa causar danos graves a um avião de grande porte, veja o que aconteceu a um Boeing 737 da Aeroméxico na cidade de Tijuana, no México. O voo vinha da cidade de Guadalajara e foi acertado ainda no ar por um drone de origem desconhecida. Os passageiros notaram o barulho da colisão, mas o piloto conseguiu pousar a aeronave normalmente no aeroporto de destino.

    Reflexões natalinas

    Ao escapar do ataque de algum predador refugiando-se numa caverna, nossos ancestrais podem ter exclamado uma frase recorrente que originalmente vem do Soneto do Corifeu, de Vinicius de Moraes, que começa com “São demais os perigos desta vida. Para quem tem paixão, principalmente”. Dezenas ou centenas de milhares de anos depois, nossos predadores atendem pelos produtos e serviços do tipo “compre agora, incomode-se depois”. Nossos ancestrais, pelo menos, tinham uma caverna para se refugiar. Nós não.

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  • Editora Abril

    Publicado por: • 21 dez • Publicado em: Sem categoria

    O empresário Fábio Carvalho, especialista em aquisição e recuperação de empresas, e os atuais acionistas do Grupo Abril assinaram, nesta quinta-feira (20/12), contrato prevendo a aquisição de 100% das ações do Grupo Abril. Ainda há alguns trâmites, como a aprovação pelo Cade e outras formalidades.

    Quem te viu, quem te vê

    As dificuldades do conglomerado dos Civita eram conhecidas no mercado, com dívidas em torno de R$ 1,6 bilhão. Quem viu a Abril no início, como eu, só tem a lamentar. A revista Veja foi um marco – não tem como escapar do jargão – do jornalismo brasileiro. Textos saborosos de se ler, informação de primeira, era o sonho de consumo dos jornalistas. Antes dela, a Realidade, de matérias longas, foi outra grande publicação.

    Em extinção

    Já nem falo das dezenas de títulos dirigidos a setores específicos, como a Exame, que era leitura obrigatória para quem se interessa ou trabalha com economia. Não saberia dizer o que deu errado na gestão. Mas sei do desaparecimento paulatino do público leitor do carro-chefe da Abril, a Veja. O texto era refinado, os redatores sabiam que estavam escrevendo para um público mais seleto, aquele que gosta de ler, tem uma bagagem cultural acima da média, e capta o fino senso de humor e ironia. O que não queria dizer que um leitor comum não captasse a mensagem. Esse Brasil terminou.

    Zé fini

    Eu escrevo sobre o desaparecimento desse leitor há muito tempo, quem me acompanha sabe. E eu escrevo – ou tento – escrever dessa forma tanto neste blog como na página 3 do Jornal do Comércio. Com o terrível enfraquecimento cultural derivado pela falta de leitura, somos cada vez menos. Francamente, estamos em extinção, nós que assim escrevemos e o leitor que curte textos que exige conhecimento, que as novas gerações nem condições têm de captar.

    Brasil…

    Entra Natal e sai Natal e as incongruências são do tamanho do Everest. O Papai Noel vem da Lapônia, mora com Mamãe Noel que ninguém viu, viaja em um trenó que não foi feito para a neve, mas para o voar, puxado (?) por renas que os brasileiros só conhecem pelo National Geographic. Usa roupas apropriadas para o Círculo Polar Ártico em pleno verão escaldante.

    …capital Rovaniemi

    Além disso, presenteamos amigos e parentes com um bolo cuja origem é italiana, cantamos a música Noite Feliz que se chama originalmente Stille Nacht, criada em 1816 que nem alemã é, como a maioria pensa, é austríaca. Isso tudo junto misturado explica a fuzarca eterna que vivemos e então vocês queriam o quê, que o Brasil fosse um país coerente?

    Inovação em saúde

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    A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre anuncia a estruturação de seu Programa de Inovação em Saúde, em parceria com a Techtools Ventures, fundo de investimentos que opera como venture builder para a criação de empresas globais com alto potencial de retorno financeiro e social. O Programa será estruturado em três níveis e tem como objetivo reduzir o impacto causado pelos atendimentos ao SUS na Santa Casa.

    Somente no ano passado, o hospital gaúcho investiu R$ 145 milhões no SUS, tornando-se o maior financiador do Sistema no país. Neste momento, vem para garantir ainda mais qualidade e segurança na medicina nos próximos anos.

    O presente

    O Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento organizou uma apresentação teatral para seus pacientes internados. A peça “O presente”, encenada pela Companhia de Teatro de Bonecos Trupi Di Trapu, celebrará o Natal na pediatria. Conta a história de um menino que esqueceu que participaria de uma festa de Natal e sua aventura em busca de um presente para levar. No final da apresentação, haverá a chegada do Papai Noel.

    Agenda

    • O que: Peça teatral “O presente”
    • Quando: hoje (21), às 15h
    • Onde: Hospital Moinhos de Vento, unidade de internação A2 – Bloco C (Rua Ramiro Barcelos, 910)

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