• Dicas

    Publicado por: • 22 jan • Publicado em: Notas

    “A arte de contar histórias” e “a capacidade dos livros de mudar o mundo” são os temas centrais das palestras de Vitor Bertini. Informações podem ser obtidas em seu site ou pelo email: bertini.palestras@gmail.com.

    Justiça

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    Jornal do Comércio

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  • Medo de cimento

    Publicado por: • 22 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Deu na ZH: um pedreiro processou a empresa em que trabalhava pedindo indenização por mexer com cimento. Em primeira instância, levou 20% de insalubridade, apesar que o TST já pacificou há mais tempo que contato com cimento e cal faz parte do ofício de um pedreiro.

    Caneta

    Depois dessa estou pensando em pedir insalubridade porque uso esferográfica, cuja tinta pode vazar. Vou ver se a legislação trabalhista proíbe jornalista de mexer com esferográfica. De repente, até cancerígena a tinta é, imagina. Sem falar que a ponta pode fazer às vezes de uma arma perfurante.

    Samba de uma nota só

    Os jornais repetem o caso do filho de Bolsonaro dizendo que o próprio presidente está “emparedado”, como diz O Globo. Não entendi. Primeiro que até agora – até agora, insisto – o senador eleito não foi denunciado. E por que Bolsonaro pai estaria emparedado?

    O furo da bala

    Há que considerar outro aspecto. Com as férias às vezes coletivas, não há notícias de vulto na área da economia. Resulta um vazio. Como encher esse vazio explica o foco em determinadas questões.

    Pois é

    Parte da mídia está completamente descontrolada. Outra parte está sendo patrulhada.

    Festas de formatura

    Viu uma, viu todas. É sempre a mesma coisa, especialmente na hora da bailanta. Começa com músicas dos anos 1960 e 1970, depois vai mudando gradativamente para os anos atuais. A essa altura, já não se ouve mais nada porque o som ensurdeceu todo mundo. Acho que eles dançam sentindo a vibração do piso.

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  • As razões do duque

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    Um duque inglês solteirão nos anos 1950, ainda jovem, corpo malhado, cabelos grisalhos, bonitão, seria um aristocrata perfeito não fosse por um detalhe – ele não era casado e nem mesmo se conhecia alguma mulher que tivesse passado por sua vida. Discretas investigações mostraram que ele também não era gay e não tinha qualquer problema de saúde.

    Durante um five o’clock tea depois de ter bebido um chá batizado com generosa dose de um bom brandy, uma dama da alta sociedade tomou coragem e perguntou a ele porque nunca havia se casado e nem mesmo namorada ou amante tivera. Com o dedo mindinho levantado levou a xícara à boca e foi direto ao assunto.

    – Mulheres…

    Sorveu o chá.

    – A posição é ridícula, o prazer é efêmero e o custo, incomensurável.

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  • O teste da maçã

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: Caso do Dia

    Estou pensando em fazer uma degustação às cegas. Com os olhos vendados, os jurados provarão um pedaço de maçã vendida nas boas casas do ramo e outro de isopor. No final se perguntará qual tem o melhor sabor. A maioria dirá que é o isopor.

    Desaparecimentos

    Quando uma marca de produto desaparece em Porto Alegre, desaparece mesmo. Uso o desodorante Bio, que não mancha a roupa, e não o encontro mais. Nem na Raia, nem na Panvel, nem no Zaffari.

    Momento consumista

    Ser consumidor é sofrer uma decepção atrás da outra.

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  • O resgate

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Meio dia, sexta-feira. Caminho pela Rua da Praia, nas imediações do Zaffari, quando um sujeito troncudo mas zero aparência de morador de rua emparelha comigo e diz:

    – Já leste o livro O Resgate? Muita gente não leu e se ferrou.

    Ameaça, birutice? Saberei quando pedirem o meu.

    O tríplex…

    Os jornais gaúchos têm um conceito estranho sobre o que vem a ser um prédio luxuoso. No final de semana, saiu uma nota dando conta que a Polícia prendeu, em Santa Cruz do Sul, um homem de 35 anos que fazia a contabilidade de uma quadrilha de traficantes “e morava num tríplex avaliado em R$ 1 milhão”. Vamos combinar uma coisa. Um milhão em três andares dá R$ 333 mil por andar, é quase o valor de um apartamento do Minha Casa, Minha Vida.

    …a suíte

    A metragem total provavelmente não deve ultrapassar 70 m2. Ah, dirão, mas tinha piscina e banheira com hidromassagem. Neste caso, a tal banheira deveria ocupar um andar inteiro. Nesses apartamentos minúsculos, que estão construindo, tem que entrar com muito sono no quarto de casal. Perdão, “suíte”. Não esqueçam que, em muitos, o que antes se chamava de quarto da empregada também virou “suíte”.

    …e sardinhas

    Outra coisa nestes pequenos apartamentos em que tem que entrar de lado e se esgueirar nas peças: biblioteca nem pensar. Se botar em prateleira não cabe mais que meia dúzia de livros. E dos fininhos. Ah, é tendência, dizem os corretores. Claro que é. Tendência de virar sardinha em lata.

    Eternamente condenados

    Não sei porque as gentes se horrorizam tanto com a baixa qualidade dos nossos parlamentares. É o retrato fiel da sociedade brasileira, ora, e como tal tem gente boa, safados, ladrões, gente de respeito, pessoas acima da média, gênios, idiotas, malucos, sem-noção. E à pergunta que sempre fazem “Mas onde vamos parar?”. Vamos parar onde este país vai parar. Não vai parar, já parou, deitado eternamente em berço esplêndido. O Brasil resiste à qualificação. Não é pessimismo. É constatação.

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