• Onde estava Robson?

    Publicado por: • 19 dez • Publicado em: A Vida como ela foi

    Ano 1976. O Robson chegou animadíssimo na barulhenta Mesa Um do Bar e Rotisserie Pelotense, na rua Riachuelo, Centro de Porto Alegre. O jornalista contou à roda que o avião que levava Normal Borlaug, Prêmio Nobel da Paz e pai da agricultura moderna com sua Revolução Verde, havia feito uma parada técnica no aeroporto Salgado Filho pouco antes.

    – Vocês sabem o que o doutor Borlaug perguntou assim que foi cercado por jornalistas?

    Robson havia ciceroneado Borlaug quando ele passou uma temporada no Estado, anos antes.

    – Não temos a mínima ideia.

    Robson inflou o peito com todo o ar e orgulho que disponíveis.

    – Ele perguntou “cadê o Robson?”

    E o Pedruva, na maior ingenuidade:

    – Estava na Pelotense, ora!

    O brilho assassino no olhar do jornalista atravessou as paredes do bar.

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  • Time poderoso

    Publicado por: • 19 dez • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    C

    Especializada em operações cambiais financeiras para o mercado de middle market bancário brasileiro, a Abrão Filho Banking e Câmbio informou ter angariado e viabilizado junto às instituições financeiras bancárias – às quais é credenciada junto ao Banco Central do Brasil – uma quantia superior a R$ 1,7 bilhão. O que chama atenção na foto da diretoria não é apenas a juventude, mas o estilo descolado da rapaziada. Vai longe o tempo em que era obrigatório usar terno e gravata e ter pelo menos 50 anos de idade para ter um negócio de cachorro grande.

    Da esquerda para a direita: Luan Almeida (CCO); Leonardo Abrão (CEO); Marcus Vinicius (CFO) e Eduardo Domingues (COO).

    MORRO ACIMA

    Segundo a empresa, o fato de a mesma ter implementado uma política de possuir mesa de câmbio própria, com 11 corretores internos, que foram agenciados no mercado, e as investidas internacionais de constituir dois escritórios de representação internacional, um nos EUA e outro em Portugal, fizeram com que o volume em moeda estrangeira transacionado escalasse substancialmente o diretor executivo, Leonardo Abrão. Ele não abriu os números da receita bruta, porém, informou que, pelo 2º ano seguido, a empresa escala seu faturamento em um patamar acima de 100%, se comparado com o mesmo período anterior.

    ONTEM E HOJE

    Nos tempos em que era bancário, anos início dos 1960, se um grupo de jovens como esse dissesse que negociou esse ervanário todo os gerentes e diretores dos bancos chamariam a Polícia. Não só pelo que eles chamavam de impossibilidade para se ter traquejo para operar um mercado complicado como esse, mas também por pura e simples inveja. Aliás, mesmo hoje eles devem sofrer essa condição.

    LAVANDERIA PREMIADA

    O MPF já negou o benefício da delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral, mas ele insiste – agora junto ao Supremo –  que sabe de muita linguiça debaixo do pirão. O MP acha que ele nada tem de novo. Segundo o jornalista Carlos Brickmann, do blog Chumbo Gordo, Cabral atingirá não apenas os que já foram atingidos pela Lava Jato: o que se comenta é que entregará juízes, ministros (até do Supremo), além de diretores de meios de comunicação.

    Por isso mesmo, duvido que sai coelho desse mato. A ser verdade que ele tem mesmo esse material acusatório e não apenas de ouvir falar, chacoalharia o país mais que barman preparando um dry Martini no capricho.

    INFORTÚNIOS DO OSNI

    Mais uma do meu colega azarado de jornal, Osni Machado. Ele tirou dois saquinhos de leite da gôndola do supermercado, colocou um na cesta e, ao apanhar o outro, tomou um banho de leite, porque a embalagem estava furada. No ato de pegar o saquinho furado esguichou. Banho de vaca, mais essa.

    ATIVISMO NATALINO

    A esquerda, mormente o PT, nunca esteve tão ativa desde antes da eleição de Bolsonaro. Adota a estratégia morde-assopra. Enviam mensagens carinhosas, visitam as redações e se cercam de ingenuidade celestial, mas na hora do pau, é pau puro. Abraçaram ao vivo e a cores todos os protestos e lhes dão cunho ideológico embora o neguem. Bem, sempre foi assim.

    No caso da greve dos professores, dos policiais civis e dos PMs da Brigada Militar, escolhem o campo do Judiciário para guerrear. Eles têm boas relações com alguns magistrados.

    A INJUSTIÇA

    Greve de servidores públicos é uma tremenda de uma injustiça para com o cidadão comum obediente às leis e pagador religioso dos impostos insonegáveis. Brigam governos e as categorias e quem apanha é ele. Sem colégio para os filhos, sem Brigada Militar, sem Polícia Civil, sem poder se deslocar por causa das diárias passeatas e bloqueio de ruas.

    GRANDE CIDADE, VEREDAS

    Na sua obra Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa escreveu que o sertanejo, antes de tudo, é um forte. Fosse hoje, certamente as veredas sejam urbanas.

    PENSAMENTO DO DIAS

    Miséria mesmo em vila é velório sem cachaça.

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  • O desejo do homem é pela mulher, mas o desejo da mulher é pelo desejo do homem.

    • Madame de Staël •

  • #Grafite nota 10

    Publicado por: • 19 dez • Publicado em: Artigos

    Por Antônio Carlos Côrtes *

     “Não há noite fria de inverno, nem suadas

    tarde de verão que façam adormecer

     nossa alma africana”

    (Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva)

    A tradição da Rua Mariante me remete a lembranças de outras  artérias da região: Esperança, Casemiro, Vasco, Liberdade e Cabral. Na primeira, junto ao nº909 observo lindo grafite com expressivo rosto amoroso de mulher, por obra do talentoso traço do artista Kelvin Koubik que assina no canto superior do painel. Passantes se detêm para admirar, fotografar e registrar o momento de arte pura que contrasta à cidade cinzenta. Ali, outrora foi a Colônia Africana, recorte da geografia viva perante o retrato do tempo. É bom viajar na mitologia da cultura universal desta saga de espírito que fixa metamorfose que vai do coração a mente humana, como ensina o Neurologista Edilson Prola. O recente livro da psicanalista e historiadora Elisabeth Roudinesco – Dicionário amoroso da psicanálise- (Zaharvai ao encontro de minha imaginação no percurso da arte que ajuda a entender a alma humana.

    Desde nosso tempo de Conselheiro Estadual de Cultura, deitamos olhar sobre a arte do grafite. Alhures afirmamos ser manifestação artística sim. Apesar de alguns  torcerem o nariz. O conceito diz que o grafite é tipo de inscrição esculpida em paredões. Estudos aprofundados alcançam pretéritos laços da arte lá no Sacro Império Romano. Contemporaneamente chega aos anos de 1970, Nova Iorque, Estados Unidos. Certos adolescentes deixavam simplesmente sinais nas paredes da cidade. Logo progrediu com técnicas e desenhos de elevado padrão de arte  dos autodidatas.

    O grafite tem laços com o Hip Hop talvez advenha daí o preconceito. É também meio de registrar a violência que sofrem de toda ordem, especialmente os desfavorecidos. O grafite é a voz das ruas. Chegou ao Brasil em meados década de 1970, em São Paulo. A obra do Kelvin que enseja este artigo mostra porque o grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores do mundo no padrão de arte.

    Sei que muitos vão criticar este artigo, visto que não enxergam a qualidade artística. Empacotam tudo na vala comum. Adianto desde logo, que não apoio a pichação e vandalismo, que realmente mostram algo não recomendado para dizer menos, colocado em muros, altos dos edifícios, praças, monumentos, leito de ruas e avenidas. As causas  destes merecem  outros estudos.

    (*) Advogado, Escritor e Psicanalista

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  • O Brasil que dá certo

    Publicado por: • 19 dez • Publicado em: O Brasil que funciona

    PRAIA do Cassino, localizada em Rio Grande (RS), será palco de uma série de atividades para a comunidade local por meio de ações culturais e esportivas. Até o dia 22 de dezembro, próximo domingo, acontece o CMPC Surf Day, ação proposta pela empresa de celulose e papel e que oferece aulas gratuitas do esporte, além de dinâmicas de meditação e yoga para mulheres a partir de 15 anos.

    As atividades usarão como base uma metodologia que liga o esporte a técnicas terapêuticas e meditativas, desenvolvidas pelo coletivo Longarina. O objetivo é conectar a mulher com sua essência por meio da prática do surf. Entre os dias 18 e 20, as vagas são reservadas para mulheres das comunidades do município de Rio Grande, como BGV, Santa Teresa, Vila Mangueira, além dos bairros do Cassino, Querência II Atlântico Sul e Leopoldo e as meninas do CCMAR, do munícipio de Pelotas. No sábado e domingo, a participação se dará mediante inscrição no local. As atividades ocorrem próximo à Estátua de Iemanjá, na beira-mar.

    “Levar a prática do surf para as mulheres é promover uma experiência super positiva de qualidade de vida para elas, além oportunizar o que para muitos é um  sonho antigo, que é praticar o esporte pela primeira vez. O surf é uma verdadeira terapia, que além de esporte, desperta a importância do cuidado com a natureza”, destaca Daniel Ramos, surfista e diretor de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da CMPC.

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