O Santo Prepúcio

14 abr • A Vida como ela foiNenhum comentário em O Santo Prepúcio

Quando Jesus era um bebê, ele, como qualquer outro menino judeu, teve seu pênis circuncisado. Mas como ele era Jesus, seu prepúcio era muito mais especial do que o dos outros.

Na verdade, as pessoas achavam que tinha poderes mágicos. Durante a Idade Média, houve inúmeras reclamações de pessoas que possuíam o prepúcio sagrado.

Em um ponto, havia 18 deles pelo mundo, o que quer dizer ou que Jesus tinha 18 pênis, ou que prepúcios de bebês aleatórios estava sendo penhorado como se fosse o legítimo de Cristo.

Carlos Magno, por exemplo, supostamente deu o prepúcio ao Papa Leão III como um presente de Natal em 800, quando este o coroou imperador. O negócio foi roubado em 1527. Bem, mais ou menos. Foi redescoberto em Calcata, Itália, em 1557, e foi autenticado pela Igreja.

Só que, em 1100, Balduíno I, de Jerusalém, trouxe um prepúcio de Jesus diferente (mas presumivelmente “legítimo”) para a Palestina, durante a primeira cruzada. Esse também desapareceu.

Em seguida, reapareceu no século XII, e depois desapareceu de novo. E aí apareceu de novo em 1856. Então, o prepúcio de Jesus pode viajar no tempo, ou alguém (ou todo mundo) mentiu.

Em 1900, o Vaticano declarou que quem falasse ou escrevesse sobre o Santo Prepúcio seria excomungado. No mais novo episódio da obsessão pela carne pobre do pênis de um bebê, um padre em Calcata roubou o suposto verdadeiro prepúcio em 1983, como contava o amigo Davi Castiel Menda.

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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