O segredo do condenado
Nos tempos dos gladiadores em Roma, antes das contendas eram promovidos espetáculos terríveis em que os cristãos eram jogados na arena para serem devorados pelos famintos leões. Em determinado dia, o cristão colocado ao centro, aguardou, sentado sobre os calcanhares a entrada do bichano.
A fera adentrou e foi cheirá-lo antes. Mas ouviu breve recadinho ao pé do ouvido, proferido corajosamente pelo cristão.
Depois de ouvir o que ele murmurou, olhou-o firmemente, recuou erguendo a juba em direção à ruidosa plateia em volta, dando giro de 180 graus. Deu ainda forte urro e abandonou o cristão.
De inopino, dirigiu-se rapidamente para o buraco de onde havia saído. Cabeça baixa e rabo entre as pernas.
O povo em volta reagiu e começou a aplaudir, pedindo clemência e vida ao cristão. O Imperador Júlio César, diante daquilo tudo, ouviu o clamor popular e concedeu a vida e liberdade ao cristão.
Intrigado com o que tinha visto, perguntou ao cristão, também ao pé do ouvido, o que havia dito ao leão. Simples disse o cristão:
– Apenas falei que depois do banquete, haveria discurso.