Normal
Por volta dos anos 1970, quando o mundo tomou o rumo crescente da autodestruição, ouvi pela primeira vez a pergunta “O que é ser normal?”. Fazia sentido porque a imprensa mundial passou a contar com o auxílio dos satélites para acompanhar guerras, guerrilhas, atrocidades e a loucura que – sabemos hoje – começou a crescer. Ela é o que hoje chamamos de sem noção.
Os testes nuclares se intensificaram. E até países pobres, como o Paquistão, já criaram suas bombas atômicas.
O mundo começou a ficar radioativo e não é de se estranhar que corações e mentes o acompanhassem. Notícias da destruição ambiental paulatina e crescendo. A par disso, a medicina teve notáveis avanços, mas a medicina mental nem tanto.
O impressionante, de lá para cá, foram menos os avanços tecnológicos e mais a velocidade com que aconteceram. A novidade de hoje fica obsoleta amanhã.
O smartphone passou a ser a escola errada da via e da educação. Alterou hábitos e comportamentos.
O que mudou na mente humana ao longo dessas décadas? Nada. Continuamos sendo dois, o humano controlado e o inconsciente descontrolado e livre para pensar e executar maldades.
Aliás, desde que descemos das árvores é assim., o que mudou foi verniz. Então o normal de hoje é o anormal de ontem e o anormal de amanhã.