O grandalhão sai de cena

31 jan • NotasNenhum comentário em O grandalhão sai de cena

A Uber anunciou que sairá do mercado de delivery de comida a partir de 7 de março, o que abre uma brecha para a concorrência existente ou nova. As razões da gigante devem ter origem na rentabilidade, mas nunca saberemos se ela é pouca por si sim ou em comparação com outros negócios. O que sabemos é que até o ano passado o negócio Uber como um todo dava prejuízo em todo mundo, e não era coisa recente, devido à pandemia.
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É difícil concorrer com o IFood.

A luta do lambari

tubarão

O mundo real do brasileiro depende de decisões empresariais macro. Não há espaço para médios, ou alguém toca o mercadinho de bairro ou vira supermercado grandalhão. O médio é engolido pelo tubarão ou continua lambari. É curioso como pensávamos lá atrás, que não haveria espaço para lambaris, com gigantes engolindo outros gigantes. Só que não tanto. Sempre há frestas por onde a água entra.

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Ok, seria melhor se os peixes médios também tivessem espaço para nadar, gerando mais empregos e, consequentemente, criando cadeias econômicas, que por sua vez criariam outras. Mas não adianta chorar o leite derramado. O ruim é que os preços são determinados pelos tubarões.

Ser pequeno é sobreviver com pouco espaço. Engrenagens gigantescas não se interessam por miudezas até que elas deixam de sê-las.

Times no vestiário

Todo santo dia tornam-se curiosidades repetidas sobre quem ganha as eleições brasileiras. Grupos no Whatsapp travam discussões intermináveis a ponto de quase-brigas para sempre. Digo e repito: é cedo para bater o martelo em qualquer prego. As chapas nem estão formadas e homologadas. Ora, os times ainda estão no vestiário.

Este fevereiro marca o início da transição dos entretantos para os finalmentes. São três os atores principais, Lula, Bolsonaro e Moro. No imaginário do eleitorado, a briga será com e entre esse trio. Mas não. Ainda está indefinido se os demais bolos vão abatumar ou crescer.

Os indecifráveis

Dizem que a senadora Simone Tebet, do MDB, não tem chance. Achamos, mas não sabemos. E se ela entrar em campo e fizer gol aos 45 do segundo tempo? Certo, é SE. M. Mas se surpresas não existissem, o mundo não seria mundo. Vale o mesmo para João Dória e Ciro Gomes, uma voz à procura de uma ideia. E há outros candidatos no forno.

Tirem o SE e sobra uma verdade: o eleitor médio não-engajado gostaria de um candidato expressivo chamado terceira via. Esse é o único cenário que não tem SE.

Santinhos de procissão

Sem falar que é apenas o primeiro turno. No segundo, é outro papo. Portanto, devagar com o andor porque o santo é de barro.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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