O grandalhão sai de cena
É difícil concorrer com o IFood.
A luta do lambari
O mundo real do brasileiro depende de decisões empresariais macro. Não há espaço para médios, ou alguém toca o mercadinho de bairro ou vira supermercado grandalhão. O médio é engolido pelo tubarão ou continua lambari. É curioso como pensávamos lá atrás, que não haveria espaço para lambaris, com gigantes engolindo outros gigantes. Só que não tanto. Sempre há frestas por onde a água entra.
Ok, seria melhor se os peixes médios também tivessem espaço para nadar, gerando mais empregos e, consequentemente, criando cadeias econômicas, que por sua vez criariam outras. Mas não adianta chorar o leite derramado. O ruim é que os preços são determinados pelos tubarões.
Ser pequeno é sobreviver com pouco espaço. Engrenagens gigantescas não se interessam por miudezas até que elas deixam de sê-las.
Times no vestiário
Todo santo dia tornam-se curiosidades repetidas sobre quem ganha as eleições brasileiras. Grupos no Whatsapp travam discussões intermináveis a ponto de quase-brigas para sempre. Digo e repito: é cedo para bater o martelo em qualquer prego. As chapas nem estão formadas e homologadas. Ora, os times ainda estão no vestiário.
Este fevereiro marca o início da transição dos entretantos para os finalmentes. São três os atores principais, Lula, Bolsonaro e Moro. No imaginário do eleitorado, a briga será com e entre esse trio. Mas não. Ainda está indefinido se os demais bolos vão abatumar ou crescer.
Os indecifráveis
Dizem que a senadora Simone Tebet, do MDB, não tem chance. Achamos, mas não sabemos. E se ela entrar em campo e fizer gol aos 45 do segundo tempo? Certo, é SE. M. Mas se surpresas não existissem, o mundo não seria mundo. Vale o mesmo para João Dória e Ciro Gomes, uma voz à procura de uma ideia. E há outros candidatos no forno.
Tirem o SE e sobra uma verdade: o eleitor médio não-engajado gostaria de um candidato expressivo chamado terceira via. Esse é o único cenário que não tem SE.
Santinhos de procissão
Sem falar que é apenas o primeiro turno. No segundo, é outro papo. Portanto, devagar com o andor porque o santo é de barro.