No braço

4 fev • NotasNenhum comentário em No braço

Foto: Soraya Siviero

Foto: Soraya Siviero

Foi dada a largada para mais um ano de eventos em águas abertas no Rio Grande do Sul. Na manhã deste domingo, 30 de janeiro, os nadadores do Projeto Nadando Pelos Cartões Postais nadaram no Rio Taquari em um percurso de 4,5 Km de extensão, na cidade de Estrela.

Meu querido diário

Querido diário, eis-me aqui para prestar contas dos últimos dias tentando entender esse país maravilhoso de macunaímas & espertinhos. Sabes muito bem que a melhor maneira de ficar mentalmente são é não se levar a sério e tentar rir da própria desgraça. Sei que, nos anos recentes, vingaram o nem sempre bravo brasileiro em bilhões, até acho que pode ser em dólares, mas águas que se enfiaram nas bocas de lobo jamais voltarão.

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Na política, está tudo na mesma, muita galinha e pouco ovo. A tchurma está procurando vices para seus cabeças de chapa esquecendo que quem ser cabeça é o vice que eles pretendem emplacar. Complicado? Sim. Mas quem não é, como dizia o Chico Anysio. Com ypselone, letrinha greco-portuguesa, que um dia pode ser o nome de mais uma variante da subvariante da variante que sucederá outra variante.

A velha expressão “variações sobre o mesmo tema” bem que poderia ser o lema do coronavírus, esse diabinho que enriquece e ainda está enriquecendo muita gente. Se o vírus falasse, poderia estar matutando algo do tipo “não era bem essa a ideia”. Conversinha. Vírus – doenças em geral – sempre andam de braços dados com o dinheiro. Muito dinheiro.

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Meu querido diário, vi uma pesquisa do PoderData mostrando que o presidente Capitão melhorou um pouco mas intenções de voto. Fato atribuído à boca fechada ou menos aberta, nas últimas semanas. É, faz sentido. Se tiver outra vida queria fazer uma experiência: ser candidato sem falar nada durante toda a campanha. Nem mesmo no horário eleitoral gratuito. No máximo, um cartaz pendurado no pescoço com nome e número. De repente, eu venço a eleição.

Pelo menos nunca poderão dizer que sou um boca-aberta.

Querido diário, quem me dera poder obedecer aquele decalco “Tá nervoso? Vá pescar”. Deves lembrar, meu diário, quando éramos crianças, tu com poucas páginas escritas e milhares a preencher, que éramos ruins nessa arte. Mesmo com duas minhocas no anzol, até lambari nos esnobava. Pelo menos, muito peixe deve sua sobrevida a nós.

No mais, meu querido diário, o mundo e o Brasil seguem no mesmo tranco. Somos médicos e monstros ao mesmo tempo.

Palavras maravilhosas

Olerículas é uma delas. Diz respeito ao cultivo de hortaliças. No singular, daria um belo nome para os humanos, homens e  mulheres. Olerícula da Silva Sampaio. Que tal? Só não casa bem com línguas estrangeiras, como o inglês. Olerícula Jackson, credo. No alemão, depende. Olerícula Schneider, talvez. Ou, quem sabe, Olerícula Merkel?

Gato

Recebo essa missiva do jornalista Gilberto Jasper: “Depois de semanas sem abrir as janelas aqui do trabalho, resolvi aproveitar o clima ameno dos últimos dias. E tive uma surpresa: entre os “brises” (pás metálicas móveis para proteger a sala do sol) uma pomba se alojou e montou um ninho onde está chocando dois ovos. Por ironia, bem abaixo do aparelho de ar condicionado.

pombas no ar condicionado do Jasper

Caro Jasper,

Não é ironia não, é esperteza. Fizeram “gato” do teu ar.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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