A bola da vez

13 out • NotasNenhum comentário em A bola da vez

É a Rede Globo. Não passa um dia sem que sites e blogs especializados em muita bobagem e pouca informação real não declaram sua falência ou compra de estatal chinesa. Na maioria das vezes, a chamada (manchete) induz a erro, porque, vai ler, e o texto e não é nada disso. Separado o joio do trigo, é preciso dizer que a Globo realmente não navega em mar de almirante.

A gênese

Como todas as suas colegas, a economia em marcha lenta antes da pandemia reduziu consideravelmente o faturamento publicitário. Com o fim da publicidade legal e das estatais, por ordem do presidente Bolsonaro, mais um baque. Então veio a pandemia para colocar pimenta ardida no bolo.

https://cnabrasil.org.br/senar

Não bastasse isso, a rede optou por atacar Bolsonaro 24 horas por dia em todos os programas da grade. Quando você briga com um terço da população, prepare-se para reveses comerciais. Porque empresário também é povo. Bater  diuturnamente em alguém exige dosar os ataques, sob pena de criar um sentimento que o povo chama de enchimento o saco.

https://euacredito.banrisul.com.br/?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=promo_eu_acredito&utm_content=centro_600x90px

Então vieram os cortes brutais de custos,  pessoal e salários. Nos bons tempos, a emissora criada por Roberto Marinho chegou a ter dois mil atores no seu elenco, alguns ganhando salário mesmo sem trabalhar por dois, três ou mais meses. Nada a ver com generosidade, era estratégia para segurar a turma.

Tempestade perfeita

Quando a tempestade perfeita chegou, começou a era da fadiga dos metais. De repente, o telespectador em casa ficou mais crítico, a concorrência dos canais pagos e YouTube captou parcela do público. Fórmulas que há dois ou três anos pareciam boas, perderam atratividade e ganharam bocejos. Junte-se a isso a rejeição e a antipatia, a nave vá. Saídas como a de Fausto Silva criaram buracos enormes, daqueles que fazem executivos coçar a cabeça.

É a fase do Nada Dá Certo. Como essa novela vai acabar não se sabe, mas ela ainda é um canhão. A questão é que levantar e mais difícil que subir.

Paradoxo final

A Globo é um caso ímpar na historia das comunicações. Apesar de bater sem dó nem piedade em Bolsonaro, é malvista e até odiada pela esquerda.

Sábios na cozinha

Tenho assistido o canal Food (492 na Sky) para ver o que não gostaria de comer. Os americanos fazem coisas incríveis, tais como a delicada ostra com um fatia enorme de bacon frito por cima, o que configura assassinato de sabor.

Tem uma apresentadora que ensina fazer um prato em 30 minutos, geralmente com uma mistureba de ingredientes que, no Brasil, a levaria a ser internada. Ela já botou alho no sorvete, acreditem. O hedonismo norte-americano é extremo.

No feriado me aparece um Chef churrasqueiro (churrasco deles, com molho de açúcar mascavo e alho) que proferiu uma frase que levaria os filósofos gregos à loucura: “A primeira impressão não volta”.

Pai nosso que estás no céu, bendito seja…

A migração dos gnus

Aproxima-se a época em que os veranistas gaúchos migram em massa da cidade grande, que começa a esvaziar com destino ao Litoral, que começa a encher.

No final de fevereiro, os gnus deixam as cidades do Litoral, que começam a esvaziar, para voltar para a cidade grande, que começa a encher.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »