Grilos e vagalumes

28 mar • A Vida como ela foi1 comentário em Grilos e vagalumes

Quem mora pra fora ou tem mais de 50 anos vai entender porque gosto tanto do coaxar dos sapos, do cri-cri dos grilos e do brilho dos vagalumes. Todos  estavam presentes na minha infância e juventude, principalmente. Sapos e grilos também batiam ponto na praia, em quintais e áreas ainda não construídas. Como lembro deles em Tramandaí, antes da cidade virar paliteiro de cimento. O coaxar severo dos sapos anunciava chuva.

Há tempos, adotei um que apareceu na minha garagem, e ameacei de morte quem o espantasse. Já os vagalumes penso que estão extintos. Lembro deles no início das noites, quando os adultos tomavam chimarrão e nós – crianças – mate doce de capim cidró.

Vagalumes e pirilampos têm diferenças, vocês sabem. Um tem lampejos esverdeados intermitentes e outros luz contínua. Às vezes, as noites eram mágicas na minha pequena São Vendelino.

Acho que estão quase extintos. E não estão sozinhos.

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Grilos e vagalumes

  1. MARIA LUCIA disse:

    A última vez que ouvi estes sons foi em Capão da Canoa, mas na velha Capão, antes dos edifícios e da poluição visual.
    Também sinto saudade.
    Abraço

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