• A ajuda da mãe

    Publicado por: • 15 jan • Publicado em: Notas

     Como escape, o menino se refugiava no colo da mãe, Jennie Jerome, que tentava protegê-lo da fúria do marido. Sofreu muito quando ela morreu. Para provar ao pai que ele poderia ser um homem notável, foi para a guerra e virou até ministro da Guerra. O resto da história todos conhecem.

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  • Mas, e se?

    Publicado por: • 15 jan • Publicado em: Notas

     Agora vem a grande pergunta. Se Lord Randolph fosse um pai amoroso, se tivesse incentivado o filho a seguir a carreira militar e depois política, será que Churchill passaria para a história como a figura notável que foi?

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  • Dia D

    Publicado por: • 15 jan • Publicado em: Notas

     Confesso que estou doido para que chegue e passe logo o dia 24 de janeiro. Não aguento mais o clima de bravatas e ameaças da esquerda em geral e do PT em particular sobre o julgamento do seu líder. Por mim, já disse, queria que ele fosse absolvido para perder a eleição. Aí começaríamos um novo Brasil.

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  • As 52 cartas

    Publicado por: • 12 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

     Um baralho de cartas pode fazer um mal danado numa relação. Nas minhas idas ao interior do Rio Grande do Sul, conheci um familiar distante, sujeito simpático e contador de histórias da primeira divisão. Por várias vezes nos encontramos ao longo das últimas décadas e ele sempre tinha um causo novo para contar. Quando ele já tinha passado dos 65 anos, encontrei-o num bolicho, molhando as palavras. Já tinha gasto duas cervejas nesse trabalho, então elas saíam leves, livres e soltas.

     Homem cumpridor dos afazeres conjugais, começou a perceber que a perpétua já não tinha o mesmo apetite sexual, ao passo que o dele só aumentava, especialmente depois de ler o Kama Sutra, presente de Natal de um afilhado. Na ponta dos cascos, descobriu na argentina Libres uma livraria que vendia um baralho erótico. Cada carta dos quatro naipes mostrava no verso foto de variações sexuais entre home e mulher. Os 50 tons de cinza na versão hard.

     Teve uma luminosa ideia. Quando ele não estava, espalhou todas as cartas em lugares estratégicos da sua casa, debaixo da travesseiro, da fronha, no armário do banheiro, na penteadeira, no guarda-roupa e até no forno do fogão a gás. Quando a mulher voltou, esperou que o conteúdo fotográfico a excitasse.

     Nem 15 minutos depois ela apareceu, furibunda. Deu-lhe uma sumanta de toalha molhada, tinha visto a que ele pôs na penteadeira. Com as costas doendo resolveu cair de banda, mas eis que ela achou uma segunda carta posta embaixo do travesseiro.

     Para encurtar a história, levou pau por dias. Nunca suas costas doeram tanto. Afinal, um baralho tem 52 cartas.

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  • Síndrome de Estocolmo

    Publicado por: • 12 jan • Publicado em: Caso do Dia

     Fui seduzido quando adolescente. Pronto. Sem meias palavras. Uma empregada doméstica o fez quando eu mal tinha 15 anos. Visto-me simbolicamente de preto para narrar essa história e a contarei com detalhes quando for premiado no Globo de Latão. Vocês não têm ideia do que passei naqueles verdes anos. Pior. Não foi só uma vez, foram várias. Na calada da noite, a perversa entrava sorrateiramente no meu quarto e fazia coisas inimagináveis, pelo menos assim pareciam na época.

     Quando confessei, o padre me ameaçou com o fogo do inferno. Da segunda vez que ela me mostrou os pecados da carne, o padre queria saber quem tinha feito tamanha ignomínia. Não entreguei o nome. Provavelmente, queria saber para exorcizar o demônio que havia nela. Por causa desses pecados mortais repetidos, tive certeza que assaria no inferno e Belzebu me trincharia com um kit de churrasco da Tramontina.

     Que pavor. Quantas noites e madrugadas miseráveis passei por causa dos pecados da carne! Eu era um ingênuo, e quando ela falava “vai ser tão bom…” pensava que era alguma sobremesa especial que faria no almoço de domingo. E eu ia contar para quem? Para a Polícia? Seria preso. Afinal era a palavra dela contra a de um pirralho. Meus pais? Jamais!

     A bem da verdade e para aumentar meu tormento, preciso dizer que gostei de ser seduzido. Sonho com os peitos dela até hoje. Tenho vergonha de confessar. Ainda mais que, depois desse trauma todo, não passei a odiar as mulheres.

     Bem pelo contrário.

     Imagem: Freepik

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