Um dia de 25 anos
Uma coisa deixei bem claro para o meu eu interior: se não estou me divertindo em pelo menos um terço do tempo do meu trabalho, algo está muito errado. Esse tem sido meu norte, sul, leste e oeste.
Acho que também prolonguei minha vida na mesma proporção nestes 25 anos de Começo de Conversa. Agradeço a mim mesmo por ser fiel a esse princípio.
Confesso que a fórmula embute uma pitada de sacanagem aqui e acolá. É preciso sacar um sorriso para atravessar esse vale de lágrimas, a vacina que só dá reação positiva.
Como respondeu a atriz Tônia Carrero quando perguntaram se ela era feliz: “Eu sou feliz várias vezes por dia.” É verdade que, entre uma felicidade e outra, há muita tristeza e tragédia. Nessas horas, pensamos que Deus nos largou de mão.
E em quanto tempo devemos completar a travessia? Bom, isso depende de vários fatores. Verdade que esses tempos esculpem rugas de preocupação e a revolta dos bichinhos microscópicos também não ajudam.
Mas estamos aí, como dizia o chargista Sampaulo. Ou, como abria os trabalhos nas reuniões da diretoria o poderoso Roberto Marinho, já aos 90 anos: “Se um dia eu vier a falecer…”
São 9.125 dias (dentro da margem de erro), 25 anos ou um quarto de século, dependendo da ampulheta de cada um. Para mim, foi ontem.
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