Veneninho, veneninho meu

3 maio • NotasNenhum comentário em Veneninho, veneninho meu

Vi uma longa matéria sobre defensivos agrícolas, no canal francês TV5. A folhas tantas, enumeraram as frutas e legumes consumidos na França que mais têm resíduos destes produtos. A conclusão é alarmante, cerca de 50% deles são consumidos pelos europeus em geral.

https://cnabrasil.org.br/senar

Na ponta da lista francesa, está a maçã. Depois o pêssego e o moranguinho. Nos legumes, o pepino. Curioso é que aqui no Brasil eles também são citados.

Nas maçãs eram usados mercúrio. Hoje não sei. O mercúrio é um metal pesado, desnecessário falar do enorme perigo. Esses resíduos ficam na casca, justo onde está fruta tem mais propriedades nutritivas. Por via das dúvidas, corte a casca bem fundo.

Do pêssego também ouvi falar. Sua casca enrugada dificulta a remoção dos venenos. E o pepino também tem má fama. Neste caso, usam-se produtos para exterminar nematoides.

https://banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=279&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=ir_2023&utm_content=escala_600x90px


Ocorre que, pelo menos nos pepinos, as sementes já vêm modificadas geneticamente para impedir a penetração destes bichos. Os outros não sei.

Por isso, aumenta a produção e consumo dos orgânicos. O problema é que, em larga escala, não há produção, caso dos cereais e leguminosas.

Na Europa, o prazo para que estas substâncias sejam eliminadas é ano de  2030. Desde 2011 já há redução paulatina.

No caso dos orgânicos, que eu prefiro, fica a dúvida se são mesmo orgânicos – existem regras rigorosas – ou alguns vendem gato por lebre. A fiscalização é falha.

O sonho da Conceição

Nos anos 1970, uma das mais famosas economistas da esquerda foi Maria Conceição Tavares, portuguesa de nascimento. Era boa de polêmica, tinha intimidade com as câmeras de TV,  inflamada ao falar, propagava uma volta radical à esquerda.

Um dia, ela chutou o pau da barraca. Disse em alto e bom som que havia desistido da mudança de regime para o socialismo.      

– Nunca vi um país tão arraigado ao capitalismo!

Até hoje a esquerda alimenta o sonho de Maria Conceição. Enquanto o tempo passa e voa, tenta embaralhar o jogo. É contra tudo que dá certo, a começar pelo agronegócio.

Para falar a verdade, o capitalismo brasileiro ainda é tímido. O que temos por aqui é um regime controlado pelo governo que usa a burocracia para manietar esperanças empreendedoras. 

Noel, Imortal da Rosa

Em 4 de maio de 1937 morreu o cantor e compositor carioca Noel Rosa. Apesar de ter morrido jovem, aos 26 anos, vítima de tuberculose, compôs mais de 200 músicas.

Entre os grandes sucessos, estão Conversa de Botequim e Com que Roupa, as mais lembradas. Há obras-primas como João Ninguém (João Ninguém/Que não é velho nem moço/Come bastante no almoço/Pra se esquecer do jantar) o Samba do Gago entre tantas outras. 

Uma das que ele compôs é a triste e bela, a  Felicidade:

 Eu fico triste
quando vejo alguém contente
Tenho inveja dessa gente
Que não sabe o que é sofrer.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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